sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Interessante e Importante


"Deus não manda Seu povo escolher entre Calvinismo, Arminianismo, Luteranismo, wesleanismo ou qualquer outro 
" ismo"! A Bíblia diz “Examinai tudo. Retende o bem” (1Tes. 5:21). A Bíblia mesma é o teste da verdade, não a teologia sistemática de quem quer que seja. Tenho o direito e a responsabilidade de testar cada teologia pela Bíblia e tenho a liberdade e o direito assegurado por Deus diante Dele de rejeitar qualquer parte ou até tudo de qualquer teologia. Não preciso escolher entre teologias humanas. Eu posso ficar firme exclusivamente com a Bíblia mesma. Ela é a única autoridade para a fé e a prática". 
MdC

A Música na Igreja

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Não se pode negar o papel destacado que a música tem na vida humana. Ela é uma atração presente em todas as atividades do homem. Em toda a história da humanidade tem ele se expressado através da música. O povo de Deus também sempre se comunicou musicalmente em expressões de júbilo, louvor, gratidão e adoração a Deus.
1. A MÚSICA É UMA FORMA DE EXPRESSÃO DO CORAÇÃO CRENTE
a. A alma crente se compraz em apresentar a Deus os seus cânticos expressando as experiências da sua fé, as alegrias ou tristezas, a sua apreciação de Deus e a sua confiança nEle.
b. Estas manifestações consistem em invocação, gratidão e louvor a Deus. 
c. A música, como expressão de louvor, gratidão e adoração, é agradável a Deus (2 Cron. 5:12-14).
Alguns exemplos bíblicos:
No Velho Testamento:
I Moisés, após o livramento na travessia do Mar Vermelho (Êxodo 15:11).
II Débora e Baraque, após a vitória contra Sisera (Juizes 5:1). 
III Os salmistas. O saltério hebraico era o “hinário” dos judeus. Muitos dos salmos são cânticos de louvor e adoração a Deus pelo que Ele é e pelo que Ele faz como Criador supremo (Salmos 95 e 100), ou pelas bênçãos por Ele concedidas (Salmo 103 e muitos outros).
IV Os exemplos bíblicos tanto expressam experiências pessoais (Salmos 23, 40, 63 entre outros), quanto experiências coletivas do povo de Deus (Salmos 95,100, 105 a 107, entre outros)
No Novo Testamento:
I Cristo “entoou um hino” após celebração da Páscoa (Mat. 26:30).
II Paulo e Silas, na prisão, “cantarem louvores a Deus” (Atos 16:25).
III Tiago recomenda ao crente que, ao sentir-se alegre, “cante louvores a Deus” (Tiago 1:13b).
IV A Bíblia termina com entoação de louvores e tanger de harpas em louvor ao bendito cordeiro de Deus (Apoc. 5:9; 14:2-3; 15:2-3).
2. O OBJETIVO DA MÚSICA NA IGREJA
a. Adoração e louvor a Deus. Para isto devem ser entoados “hinos e cânticos espirituais” (Ef. 5:19; Col. 3:16).
b. Edificação, instrução e encorajamento do povo de Deus. Hinos que apresentam doutrina correta atingem este objetivo.
c. Testemunho da fé cristã e divulgação do Evangelho. Muitas pessoas têm sido atraídas a Cristo através da mensagem de um cântico.
d. O canto na igreja deve ser “com a mente” (1 Cor. 14:15), ou seja, com o entendimento. Sem isto, o objetivo não será alcançado.
3. ALGUNS ERROS A EVITAR
a. Gloriar-se com a própria voz. Não devemos cantar somente porque gostamos de cantar, mas porque queremos louvar a Deus.
b. Exibir o talento musical. A igreja não é auditório de televisão, nem palco de teatro.
c. Comparar a própria voz à voz dos outros. Cada um de nós deve cantar o melhor possível, mas nosso objetivo não deve ser superioridade sobre os demais. Se a voz do nosso irmão ou irmã é superior ou inferior à nossa, isso não importa. O que importa é que estejamos louvando “de todo coração como para o Senhor, e não para os homens” (Col. 3:23)
4. CONSIDERAÇÕES COMPLEMENTARES
a. Quanto à música instrumental.
É muito comum no Velho Testamento e está intimamente relacionada ao culto judaico. Neste, além do canto, encontramos harpas, alaúdes e címbalos (1 Cr. 25:1), trombetas e outros diversos instrumentos (2 Cr. 5:12-14). E assim por diante ...
Não é mencionado, porém, em relação à igreja. Sempre que o assunto é mencionado com relação à comunidade cristã a referência é ao canto e, não, a instrumentos. Paulo em 1 Co. 14:6-9, menciona a flauta e a citara, como também a trombeta usada nas operações militares, mas é claro que o que ele tem em vista é ilustrar a sua argumentação sobre o uso indevido de línguas na igreja. È claro que ele não está se tratando do uso de instrumentos na igreja. Ouvimos também o tanger de harpas em Apocalipse, mas ali será em ocasião posterior à dispensação da Igreja.
Visto que nas instruções dadas pelo Espírito Santo à igreja de Deus é tão notável a ausência de instrumentais musicais, embora não haja proibição, devemos tomar cuidado para não exagerarmos nessa área, pelo uso excessivo de instrumentos, de modo que o canto de louvor que deseja ouvir seja sufocado. 
b. Quanto à qualidade dos hinos que entoamos.
Há um tipo de música que o mundo aprecia, mas será esta a música que Deus aprecia? Quando cantamos em nossas reuniões dá para os de fora saberem que não se trata de um baile, de ruído de roqueiros, mas de um grupo de cristãos que está louvando a Deus? Muitos dos “cânticos”modernos contêm verdadeiras aberrações doutrinárias, como, por exemplo, orar ao Espírito Santo, pedir o Espírito Santo, admitir a possibilidade de perder a salvação, afirmar que Canaã é o céu, afirmar que Cristo é um mártir, e muitos outros. Não devemos entoar estes cânticos, nem permitir que eles sejam entoados entre nós.
O excesso de repetições, quantas vezes sem sentido, as palmas, os gemidos (Huuum, Aaaa, Oooo) será que agradam a Deus? São para o Seu louvor ou para agrado do nosso ego? Edifica alguém? Instrui alguém? Inspira à fé, ao amor, à santidade? Glorifica a Cristo? Parece que o mundo está impondo em nosso meio o seu ritmo frívolo e irreverente, o seu palavreado oco e sem sentido. É um recurso de Satanás para destruir o nosso louvor. Devemos permitir-lhe isso?
Concluindo, a música tem o seu lugar nos ajuntamentos do povo de 
Deus. Mas esse lugar é de serva, não de senhora! Infelizmente, esta ordem está sendo invertida, com incalculável prejuízo. O que deve predominar em todas as nossas reuniões é a Palavra de Deus e se dermos ao livro sagrado a preeminência devida, a música será uma excelente assessora, trazendo bênção e alegria genuínas, honra e louvor ao Senhor.
Que sejamos iluminados pelo Seu Espírito Santo nesta área tão importante!
Por Luiz Soares  * 1930  + 2002
MdC