segunda-feira, 22 de agosto de 2016

O vale de ossos secos

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Mortos e apáticos restaurados
Texto básico: Ezequiel 37:1-14
INTRODUÇÃO
Podemos aprender deste estudo que não existe situação sem solução para Deus. Até mes­mo igrejas mortas podem reviver, mesmo quando todas as circunstâncias são desfa­voráveis. Não há nada nem ninguém que possa impedir o agir de Deus.
O profeta Ezequiel registra no capí­tulo 37 uma visão vinda de Deus que dizia respeito à terrível situação enfrentada pelo povo da aliança durante o cativeiro. Os judeus tinham sido mortos e destruídos, juntamente com suas cidades, vilas e até o templo de Jerusalém. Os que restaram tinham sido levados cativos por Nabucodonosor em três gran­des levas. Não havia qualquer esperança de retorno e restauração. Dois fatores tornavam isso ainda mais improvável:
1) os judeus estavam dispersos entre seus inimigos, destituídos de quaisquer recursos que pudessem encorajá-los ou ajudá-los a sair de seu cativeiro;
2) eles estavam divididos entre si. A rivalidade entre os reinos do Norte e do Sul perma­necera viva durante o cativeiro. No capítulo 36, vemos que Deus predisse que o povo retomaria a terra, que homens e animais seriam multiplicados, que Deus os traria de todas as nações pelas quais ti­nham sido espalhados, purificaria o povo e lhe daria coração novo e espírito novo. No capítulo 37, Deus dá a Ezequiel uma visão de como isso seria feito.
I - Total e absoluta desesperança
A visão que Deus concedeu ao profeta Ezequiel foi de morte. As pessoas são tão assustadas com a questão da morte, que algumas chegam a dizer: “Se a morte for um descanso, prefiro viver cansado”.
Deus mostra, naqueles ossos secos, uma situação de total e absoluta desesperança. Deus coloca Ezequiel diante de um cenário desesperador para indicar-lhe a condição em que se encontrava o povo da aliança.
Qual foi o cenário encontrado por Ezequiel naquela visão?
1.             Morte,
2.             sepultura e cemitério,
3.             mau cheiro,
4.             enterro,
5.             ossos secos, que indica que já morreu há muito tempo.
II-Resposta para situações desesperadoras
Deus sempre tem uma resposta para cada situação desesperadora assim como teve para com o seu povo no passado. Deus usou três elementos na restauração de seu povo:
1.             O profeta,
2.             A palavra e
3.             O Espírito Santo
O PROFETA (Vs 4a) – Quando ainda não existia a bíblia como hoje em nossas mãos Deus falava com seu povo através dos profetas por isso a expressão usada por eles: - assim diz o Senhor.
Ezequiel foi um profeta usado por Deus para a obra de restauração.
Os ossos secos espalhados no vale representavam a situação de decadência espiritual de Israel.
Deus precisava restaurar o seu povo e o 1° elemento usado por Deus foi o homem de Deus, o profeta Ezequiel.
A PALAVRA (Vs 4) - “Profetiza sobre estes ossos e dize-lhes: ossos secos ouvi a palavra do Senhor”.
Deus restaura por meio de sua palavra! Jamais haverá restauração, jamais haverá avivamento se não houver a exposição da palavra de Deus!
É a Palavra de Deus que apresenta o Senhor: “e porei nervos sobre vós, e farei crescer carne sobre vós e sobre vós estenderei pele e porei em vós o espírito, e vivereis e SABEREIS QUE EU SOU O SENHOR”.  (Vs 6). A bíblia diz que: a fé vem pelo ouvir e ouvir a palavra de Deus. (Rm 10:17). É a  Palavra que revela a Vontade de Deus.
É o poder da Palavra de Deus que Ajunta e congrega membro a membro: - “então profetizei como se me deu ordem; e houve um ruído, enquanto eu profetizava; e eis que se fez um reboliço, e os ossos se ajuntaram cada osso ao seu osso”. Vs 7). Essa é a razão porque Deus nos manda nunca abandonar sua palavra (Jos 1:8). A palavra de Deus é nossa única regra de fé e prática.
O ESPÍRITO - É impossível haver restauração sem o agir do Espírito Santo de Deus, na verdade estes 3 elementos atuam juntos.
Profeta sem palavra não é profeta, e a palavra sem a unção do Espírito é só letra e a bíblia diz que a letra mata, mas o espírito vivifica. (2 Co 3:6).
A visão do vale de ossos secos é um retrato da situação espiritual de Israel; necessitava de uma restauração urgente.
É o Espírito Santo que da vida ao que está morto (Vs 9c).
É o Espírito Santo que dá movimento ao que esta inanimado e inerte.
É o Espírito Santo que transforma um cemitério num  exército poderoso e de pé pronto para a batalha.
Irmãos! Quem sabe sua vida esta como os ossos secos espalhados no vale, quem sabe você se sente como o povo de Israel que dizia de si mesmo:
“... secaram-se os nossos ossos pereceu nossa esperança...”.
Se esta é sua situação é porque você esta necessitando de uma restauração; talvez esta restauração seja  na sua vida espiritual, na sua família, no seu ministério, no seu trabalho.
III - O processo da restauração e do avivamento
1. Ruído - Houve um ruído, um barulho, uma agitação. Mas isso ainda não é vida. Restauração, avivamento não é barulho, agitação, estardalhaço, gritaria, emocionalismo. Não se gera vida com propaganda e com marketing. Ezequiel não confundiu barulho com criação, nem atividade com unção, nem agitação com avivamento.
2. Ajuntamento - Houve um processo. Os ossos que estavam espalhados, dispersos, se ajuntaram. Voltaram às suas origens. Ficaram em ordem, mas ainda eram ossos secos, sem vida, sem fôlego. Talvez ficássemos satisfeitos com isto. Ezequiel não. De que vale um bando de esqueletos? Eles poderiam por acaso lutar as guerras do Senhor?
3. Tendões e carne - Eles agora estavam de pé. Agora tinham uma estrutura. Agora pareciam gente. Mas ainda estavam mortos. Podemos ter estrutura, doutrina, preceitos, mas ainda nos falta vida. Podemos ter religião, podemos freqüentar igreja, mas precisamos de vida!
4. Pele - Agora eles tinham aparência, beleza, formosura, mas ainda estavam mortos. Eram, ainda, cadáveres. Você pode parecer filho de Deus, pode saber um vocabulário evangeliquêz e ter aparência de filho de Deus e ainda não estar vivo.
5. O Espírito – O Espírito entrou neles e viveram e se puseram em pé, um exército sobremodo numeroso. Só Deus por meio do homem de Deus, da palavra e do Espírito Santo pode regenerar a alma, transformar a vida, pode trazer restauração em nosso meio, pode fazer jorrar rios de água viva dentro de nós.
IV Os atributos de Deus para a restauração
Nosso Deus é o Deus da esperança. Diante das pressões do mundo, vem o desânimo e às vezes nos perguntamos: Vale a pena ser um crente? Vale a pena prosseguir? Vale a pena investir na obra de Deus? Nos sentimos como ossos secos.
Em Deus está toda a nossa esperança.
Ezequiel 37:1 - 2. "Veio sobre mim a mão do Senhor".
Deus é o Deus do impossível.
Ezequiel 37:3. Poderão viver esses ossos?
Ilustração: Abraão e Sara (Gn 18:14) “Existe alguma coisa impossível para o Senhor? Na primavera voltarei a você, e Sara terá um filho".  Existe coisa difícil ao Senhor?
A resposta humana à pergunta de Deus é não.
A resposta do profeta: "Tu o sabes Senhor". É uma resposta de um homem de Deus.
Nosso Deus é o Deus que vivifica.
Ezequiel 37: 6 "...e poreis o espírito e vivereis "
Nosso Deus fala e cumpre.
Ezequiel 37:14b. "Eu o Senhor disse e fiz".
Isaías 43: 13 "...operando eu, quem impedirá?
Só ele tem o poder para cumprir o que fala.
V. Condições usadas por Deus para operar transformação
1º. Enxergar - Enxergar com honestidade nossos ossos secos, nossos erros. Temos a tendência de justificar, racionalizar e contemporizar nossos erros, na expectativa de justificar o injustificável, explicar o inexplicável.
Possuímos uma casca dura que esconde a nossa realidade, uma máscara muito que esconde nosso interior, um verniz que disfarça nossas falhas. Foi preciso a intervenção do Senhor.
Longe de Deus a visão que temos de nós mesmo é muito enganosa. Enxergar nossos “ossos secos” requer esvaziamento de nosso orgulho, mentiras, prepotência, etc..
2º.  vencer a incredulidade - Deus dirige a Ezequiel e a nós uma pergunta crucial: “... acaso poderão reviver estes ossos? Ao que o profeta responde: “Senhor, Tu o sabes!”Ezequiel vivia em meio aos cativos, sentia de perto a angustia, o desanimo, a dúvida, a tristeza, o sentimento de incapacidade, de humilhação que nutriam e expressavam. É difícil manter a confiança quando estamos cercados de desanimo e quando tudo parece ir mal.
3º. ouvir e obedecer a voz de Deus - Nem sempre é fácil obedecer à voz de Deus. Muitas vezes significa romper com o que eu penso, andar na contramão das crenças e das práticas; quer a nível sociológico, filosófico e não poucas vezes teológico e religioso. Temos por meio de Asafe no Salmo 81, Deus revelando seu sentimento em relação a atitude de seu povo; “Ah! Se o meu povo me escutasse, se Israel andasse nos meus caminhos! Eu, de pronto, lhe abateria o inimigo e deitaria mão contra os seus adversários.”
A voz de Deus sempre nos chama a endireitar nossos caminhos e a rever nossos atos.
CONCLUSÃO - Antes de Deus agir soberanamente para restaurar Israel, o povo teve de reconhecer que não havia mais esperança em seus próprios recursos. Não havia mais esperança humana. Era preciso reconhecer sua dependência total e absoluta de Deus. É tempo de nós igreja do Senhor Jesus fazer o mesmo. Nossa esperança não pode e nem deve estar em nossas programações elaboradas nem em nossa capacidade, mas unicamente em Deus. Que possamos dedicar mais tempo ao estudo da Palavra e à oração. Peçamos ao Senhor que quebrante o nosso coração e a nós como igreja, que pela Palavra e pelo Espírito ele avive aqueles que estão frios e apáticos.
MdC



sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Assemelhando-se a Cristo

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Filipenses 3:4-19

INTRODUÇÃO: Como é que o crente se torna mais semelhante a Jesus Cristo? O que é que você, eu, cada um de nós estamos fazendo a esse respeito?
Os cristãos confrontam-se com dois grandes problemas neste aspecto de suas vidas.
Primeiro: Alguns acreditam que podem, na verdade, tornar-se semelhantes a Cristo nesta vida, isto é, chegarem a um estado de perfeição.
Segundo: Há crentes que, buscando alcançar a maturida­de instantânea, tentam todos os tipos de vias de acesso automáticas.
Vejamos o que Paulo pensa sobre o "tomar-se semelhantes a Cristo.
Paulo começa falando da:
I – Sua experiência Passada (versos 4-6)
Paulo parecia dizer: "Se vocês desejam um bom exemplo da perspectiva da religião centralizada no
homem, olhem para mim! É como tivesse a dizer: Desafio a qualquer pessoa a medir-se comigo tanto em herança quanto em realizações!"
1. Sua herança religiosa - "Circuncidado ao oitavo dia". Ou seja: cumpridor da lei Mosaica (Levítico 12:3). Além disso,
"Da linhagem de Israel". Ele não era prosélito, não era convertido ao Judaísmo; ele fazia parte da raça escolhida por nasci­mento.
"Da tribo de Benjamim" Uma tribo altamente respeitada em Israel por causa de sua inusitada fidelidade à lei de Deus. O primeiro rei de Israel, Saul, também foi benjamita.
"Tudo isso", disse Paulo, "é meu por herança." Ele nada havia feito para merecê-lo. Ele simplesmente recebeu esta posição pelo fato de ter nascido numa raça e família religiosa.
2. Suas realizações religiosas - Paulo não era um hebreu comum, mas "hebreu de hebreus". Havia dado o duro para chegar a ser um afamado erudito, um homem de letras e de alta cultura. Ele falava hebraico e aramaico, um sinal de distinção em
Israel. Saulo de Tarso tinha proeminência sobre seus pares na estatura religiosa, era fariseu, o que representava a seita mais conservadora do Judaísmo.
II – Sua experiência Presente (Versos 7-11) Quando Paulo se converteu, sua experiência religiosa e mensagem passaram da centralização no homem para a centralização em Cristo. Ele passa descrever seu relacionamento com Deus.
1.  Sua visão do passado - Para ele tudo fora uma perda total. Ele considerava toda a sua herança e todas as suas realizações "como perda" (Ler 3:8).
Ele não considerava todas as coisas ruins em si mesmas, mas tinha convicção de que impediam seu relacionamento com Deus. Além do que; sua experiência com Cristo era tão maior e tão mais significativa, que ele estava disposto a desistir de tudo:
Sua cidadania, seu status, seus amigos e sua riqueza para ter essa experiência com Cristo.  "Considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Jesus Cristo meu Senhor" (3:8).
2.  Sua nova fonte de justiça - Quando Paulo se converteu, descobriu uma nova fonte de justiça, Diz Paulo: “não a justiça que procede da lei, senão a que é mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus, baseada na fé" (Filipenses 3:9). Esta é claro, a verdadeira justiça porque, disse Paulo ao escrever aos Gálatas "por obras da lei ninguém será justificado" (Gálatas 2:16).
3.  Seus novos alvos para a vida - Paulo veio a conhecer a Cristo mediante a experiência inicial de salvação, mas "conhecer a Cristo" também é uma experiência contínua e crescente. O apóstolo conclui dizendo: "Para o conhecer e o poder da sua
ressurreição e a comunhão dos seus sofrimentos, conformando-me com ele na sua morte; para de algum modo alcançar a ressurreição dentre os mortos" (3:10, 11).
III - Seu exemplo pessoal (Versos 12-14)
1. Ainda não completei minha experiência cristã Depois de sua conversão, Paulo desistiu de tentar ser justo guardando a lei e partiu para uma nova perspectiva de vida. Tendo descoberto a verdadeira justiça, mediante a fé na morte e ressurreição de Cristo, ele definiu um novo alvo de vida: "conhecer a Cristo". E ele disse:
Ainda não alcancei o alvo. Ainda não me tornei perfeito como Cristo. Mas é meu alvo, mesmo aqui na terra, tornar-me como Cristo, tornar-me no que ele me chamou para ser. Como disse, ainda não o atingi, mas tenho um único desejo: ser como Cristo em todos os aspectos da vida.
2.  Não olho para minha experiência anterior - Não permito que meu passado me detenha. Pelo contrário, sigo a toda velocidade para frente, para o alvo. Quando Cristo me chamar para o lar no céu, receberei o prêmio: serei como Cristo.
3. Contínuo a olhar e a dirigir-me para o alvo da maturidade cristã – Note o exemplo de Paulo: "Prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus".
Isso exige que a pessoa se esqueça "das coisas que para trás ficam" e avance "para as que diante de si estão”. Paulo faz analogia de uma corrida. O atleta que olha diretamente para a frente, para a linha de chegada e põe cada grama de esforço possível na competição. Paulo desprendia energia humana para tomar-se como Cristo; era necessário estabelecer alvos, motivação e ação. Aqui, Paulo apresenta o equilíbrio entre a capacitação divina e a responsabilidade humana. Deus jamais vai forçar alguém a ser conforme a imagem de Cristo; esta é uma responsabilidade humana.
Paulo deixa isso claro aos Romanos quando "roga" aos cristãos; ele não exige nem ordena que eles apresentem "os seus corpos por sacrifício vivo" (12:1).
O mesmo é verdade em sua carta aos Efésios: "Rogo-vos que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados" (4:1). E, mais tarde, nesta carta aos Efésios Paulo disse que deviam "esforçar-se diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz". Deviam "despojar-se do velho homem" e "revestir-se do novo homem". Mais
especificamente, deviam "despojar-se da falsidade e falar a verdade". Deviam livrar-se de "toda a amargura, e cólera, e ira, e gritaria, e blasfêmias, e bem assim toda a malícia" (Efésios 4:3, 22-32).
Percebam que tudo isto tem a ver com responsabilidade humana e ação pessoal, baseadas em novos alvos de vida.
IV -  A Exortação Geral de Paulo (Versos 15-19)
O exemplo pessoal do apóstolo tornou-se a base para uma exortação aos crentes de Filipos e a nós também. Vejamos:
1."Não fiquem satisfeitos com seu nível presente de experiência cristã"
Verso15aTodos, pois, que somos perfeitos, tenhamos este sentimento...” Isto é, todos os crentes, até mesmo os maduros, jamais devem estar satisfeitos com seu nível presente de semelhança a Cristo.. Acima de tudo, jamais devem sentir que já alcançaram o estado de perfeição.
2."Estejam preparados para aprender diretamente do Senhor"
Verso 15b "E, se porventura pensais doutro modo, também isto Deus vos esclarecerá". Nesta afirmativa de Paulo, parece estar a estratégia sobrenatural que Deus usa para revelar aos crentes que ainda não são perfeitos. Paulo o afirmou com propriedade aos crentes coríntios: "Aquele, pois, que pensa estar em pé, veja que não caia" (1 Coríntios 10:12).
3.“Não percam inadvertidamente o que ganharam, pensando já ter atingido o alvo”
Verso 16a - 'Todavia, andemos de acordo com o que já alcançamos."
4."Sigam bons exemplos de comportamento cristão"
Verso 17Irmãos, sede imitadores meus e observai os que andam segundo o modelo que tendes em nós”. Isto é, não pensem já estarem perfeitos. Esqueçam-se das coisas que para trás ficam e prossigam para o alvo para ganhar o prêmio da suprema santificação.
Paulo prossegue exortando-os a imitar o exemplo de outros que seguiam este padrão de vida, assim como Timóteo e Epafrodito. Paulo já havia apresentado estes dois homens como exemplos admiráveis de maturidade cristã (2:19-30), mas como vimos, ambos possuíam fraquezas humanas. Ambos possuíam problemas físicos e psicológicos que interferiam em sua eficiência ainda que fossem líderes cristãos maduros.
5."Estejam em guarda contra maus exemplos
Verso 18Pois muitos andam entre nós, dos quais repetidas vezes eu vos dizia, e agora vos digo até chorando, que são inimigos da cruz de Cristo”. Com lágrimas a correr-lhe pelas faces, ele chamou os maus exemplos de "inimigos da cruz de Cristo". Sua linguagem era forte, mas seu coração estava despedaçado. Enquanto chorava, ele especificou que "o destino deles é a perdição".
Três coisas, disse Paulo, caracterizam a vida dos inimigos de Cristo.
Primeiro, "o deus deles é o ventre” - eram glutões e beberrões;
Segundo, "a glória deles está na sua infâmia" - glorificavam a imoralidade e o procedimento sensual; 
Terceiro, "só se preocupam com as coisas terrenas" - possuíam uma filosofia materialista de vida.
Este era o "padrão do mundo". Crentes maduros e que estão a crescer, não permitem que sua vida se conforme com este padrão; antes, são "transformados" e "renovados". Então, disse Paulo, vocês poderão experimentar "qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus" (Romanos 12:2).
CONCLUSÃO - Hoje, como no primeiro século, muita gente anda confusa a respeito da maturidade espiritual, o que é e como alcançá-la. Alguns acreditam que podem chegar a um estado de perfeição enquanto na terra; a maioria, contudo, sabem que ainda não são perfeitos. Os próprios cristãos, se forem honestos consigo mesmos, também sabem.
A maioria dos cristãos hoje, porém, tem outro problema. Muitos tentam todos os tipos de fórmulas mágicas para alcançar a maturidade instantânea: morte do ego, viver pela fé, ser cheio do Espírito. Juntamente com estas vão as fórmulas da leitura da Bíblia e da oração.
O fundamental a tudo isto se encontra no processo que Paulo apresentou tão claramente nesta passagem. Tomar-se um cristão SEMELHANTE A CRISTO requer a determinação de alvos, motivação e ação. Não há uma solução mágica e automática para a maturidade cristã. O tomar-se como Cristo é um processo, um processo que dura a vida toda.

MdC