sábado, 13 de outubro de 2018

A minha graça te basta!


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(2ª Co 12:9 – 10)
E disse-me (o Senhor): a minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo. Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco, então sou forte." INTRODUÇÃO:
Irmãos! Quando olhamos para os versículos finais do capítulo 11 de 2ª Corintios temos um contra ponto com o que é dito nos primeiros versículos do capítulo 12. Ou seja: temos:
I – UM GRANDE CONTRASTE – (Cap 11:32-33) “Em Damasco, o governador preposto do rei Aretas montou guarda na cidade dos damascenos, para me prender; mas, num grande cesto, me desceram por uma janela da muralha abaixo, e assim me livrei das suas mãos”.
(Cap 12:2-4) “Conheço um homem em Cristo que, há catorze anos, foi arrebatado até ao terceiro céu (se no corpo ou fora do corpo, não sei, Deus o sabe) e sei que o tal homem (se no corpo ou fora do corpo, não sei, Deus o sabe) foi arrebatado ao paraíso e ouviu palavras inefáveis, as quais não é lícito ao homem referir.
Outra tradução diz: Aquele que “teve que escorregar através de uma janela”. Aquele que havia descido, agora foi arrebatado para o céu. E não apenas para o céu, MAS até o 3º céu.
Temos aqui um servo de Deus perseguido, ultrajado, maltratado, humilhado que desceu para escapar, mas que subiu para enxergar a glória de Deus. Ele desceu para se esquivar da perseguição humana, mas Ele subiu para escutar coisas indizíveis, coisas que ultrapassam a capacidade humana de se compreender.
ESSE CONTRASTE: Descendo, para depois subir! Esse episodio na vida de Paulo nos lembra que a vida é cheia de altos e baixos.
Deus nos obriga a atravessar terrenos bem diferentes.
Louvamos a Deus que Ele é imutável! (Tg 1:17) nos diz que “...não há mudança no nosso Deus, nem sobra de variação”. O que ELE foi ontem, ELE é hoje e há de ser para sempre. ELE é imutável. Com ELE não há variação.
MAS IRMÃOS’ As experiências as quais Deus nos obriga a passar são diferentes, são distintas. Você já parou para pensar? Todos os dias de nossas vidas são diferentes; Cheios de altos e baixos, como foia vida de muitos servos do Sr. No passado. Se cada dia de nossas vidas fossem iguais, com certeza seriam dias monótonos!
EXEMPLOS DE ALTOS E BAIXOS
1) JESUS
O Sr. Jesus quando aqui esteve e andou com os seus discípulos, experimentou as mais variadas situações:
Em algum momento estava com os discípulos no deserto,
Outras vezes caminhando com eles a beira mar,
Outras vezes, estavam com eles num barco a atravessar um lago,
Outros momentos estava num lar com uma família,
Outras vezes o encontramos num vale,
Também o encontramos no alto dos montes.
A transfiguração do Sr. Jesus no alto monte e quando lá estavam, Pedro disse: “Bom é estarmos aqui”. E é como se Jesus tivesse dito: Não Pedro! Temos que descer! Existem almas lá em baixo que precisam ser libertas do poder de satanás!
IRMÃOS a vida de fato é assim!
Deus nos leva até aos altos montes para depois nos conduzir ao mais profundo vale. Ele permite dias de sol para depois nos conduzir a noites escuras. Noites que talvez estejamos a passar. Provações, aflições, dor e sofrimento, perdas. Graças a Deus que essas escuras noites, são iluminadas pela presença de Deus e de sua Palavra conosco.
Ele nos dá saúde, para depois nos mandar um sofrimento. Há momentos em que navegamos em mares tranqüilos; outras vezes enfrentamos oceanos bravos e agitados.
2) JOSÉ DO EGITO
A vida de José começou com ele:
Na casa dos pais,
Depois o encontramos, no campo, trabalhando com os irmãos. (E eram irmãos maldosos).
Vemos José jogado dentro de uma cisterna
Em seguida o vemos fazendo parte de uma caravana sendo levado cativo para o Egito,
Lá no Egito colocado numa praça para ser vendido como escravo,
Comprado, tornou-se criado de um homem chamado Potifar, oficial do Rei Faraó,
Para depois ser acusado falsamente por uma mulher perversa e lançado num cárcere por longos anos.
Mas de lá ele foi conduzido à côrte de Faraó. Tornou-se o 1º ministro do Egito e colocado numa carruagem pelas ruas sendo aclamado como herói e salvador da pátria.
Irmãos! A vida de José não era uma vida estagnada ou enfadonha. José passou por emergências e experiências difíceis em sua trajetória de vida.
Mas uma coisa permaneceu constante na vida de José! Sabe o que foi? O CONTROLE DE DEUS NA SUA VIDA!
Queridos! Deixe-me perguntar: A sua vida está nas mãos de Deus? O mesmo Deus de José?
Quem está a dirigir a sua vida? É Deus que está a controlar a nossa vida? Nosso trabalho? As nossas ações e atitudes?
E em todas essas situações lemos: “E DEUS ERA COM JOSÉ”.
ILUSTRAÇÃO: Certa vez o exercito de Israel tiveram que enfrentar o inimigo e foram vitoriosos, a batalha foi travada nas montanhas e o inimigo disse: Da próxima vez nós vamos atacar no vale, porque o Deus de Israel é o Deus das montanhas, mas não é o Deus dos vales!
E houve outra guerra no vale e Deus, de novo, deu-lhes a vitória, provando que DEUS, não é apenas o DEUS das montanhas, MAS ELE É TAMBÉM O DEUS DOS VALES.
APLICAÇÃO:
Irmãos! Pode ser que os dias que nos esperam, nos trará, ainda mais provações, mais altos e baixos, mais diferentes experiências, muitos questionamentos. MAS precisamos como José estarmos certos de que DEUS ESTARÁ SEMPRE CONOSCO.
Assim poderemos atravessar esses dias em completa segurança sob o auxilio do Senhor.
IRMÃOS! Deus não quer que a nossa vida seja uma vida monótona, uma vida maçante, mas ELE deseja que cada situação que nós enfrentamos, que nós aprendamos DELE, cada lição ensinada por ELE produza em nós, MATURIDADE E ESPIRITUALIDADE.
Essas experiências as quais Deus permite enfrentarmos nos faz lembrar das palavras do escritor aos (Hebreus 12:5-6) “...Filho meu, não menosprezes a correção que vem do Senhor, nem desmaies quando por ele és reprovado; 6 porque o Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem recebe”
II – O ARREBATAMENTO – Se você observar o contexto em que Paulo vivia quando foi arrebatado ao Paraiso, vai perceber que a vida Dele estava sendo assolada por um grupo de pessoas chamadas “judaizantes”, inimigas da cruz de Cristo. Eles acusaram-no de não ser apostolo, de servir a Deus por interesses impróprios. Haviam aqueles que o acusavam de servir a Deus por motivos financeiros e Paulo sentiu-se na obrigação de defender o seu caráter. Veja (Cap 11: 6-9)
“E, embora seja falto no falar, não o sou no conhecimento; mas, em tudo e por todos os modos, vos temos feito conhecer isto. 7 Cometi eu, porventura, algum pecado pelo fato de viver humildemente, para que fôsseis vós exaltados, visto que gratuitamente vos anunciei o evangelho de Deus? 8 Despojei outras igrejas, recebendo salário, para vos poder servir, 9 e, estando entre vós, ao passar privações, não me fiz pesado a ninguém; pois os irmãos, quando vieram da Macedônia, supriram o que me faltava; e, em tudo, me guardei e me guardarei de vos ser pesado”.
Também em (2ª Co 2:17) Paulo se defende dizendo: “Porque nós não estamos, como tantos outros, mercadejando a palavra de Deus; antes, em Cristo é que falamos na presença de Deus, com sinceridade e da parte do próprio Deus” Ele se recusou de baixar a esse nível: MERCADEJAR A PALAVRA.
Enquanto os acusadores de Paulo se preocupavam em construir castelos aqui neste mundo, em acumular tesouros aqui, Paulo dizia: A minha ambição não é terrena; A minha ambição é espiritual PROVA DISSO é que:
* Uma vez fui arrebatado ao céu, e disso ele tinha certeza. Porém não sabia se no corpo ou fora do corpo.
* Paulo quando arrebatado ao céu viu o Sr. face a face. Essa deve ser a nossa esperança!
Irmãos! Um dia seremos levados para o céu, vamos ver o Sr. face a face, mas não será por um breve momento como fora com Paulo. Vemos pelo texto que Paulo voltou daquele lugar para onde foi arrebatado.
A Palavra de Deus diz que quando o Sr. Vier nos buscar, ESTAREMOS PARA SEMPRE COM ELE
APLICAÇÃO – Quando nos depararmos com situações de contrastes, semelhantes a Paulo, José e Jesus; Situações de altos e baixos. Um tempo nas montanhas, outras épocas no vale da sombra da morte. Um tempo de fartura, outros de escassês. LEMBRE-SE: Um dia seremos Levados pelo Sr. para sua presença.
• Estaremos para sempre com o nosso Senhor,
• Haveremos de ouvir coisas inefáveis, que a homem nenhum (aqui no mundo) é lícito falar,
• Palavras que ultrapassam a capacidade humana de descrever
IRMÃOS! Nós não somos capazes de descrever o que o céu será. Pensamos na beleza do lugar, na beleza das ruas de ouro, MAS EU CREIO QUE A BELEZA DO CÉU, está no fato de que estaremos para sempre com o Sr.
LEMBRAM DA CRUCIFICAÇÃO? O que foi que Jesus disse ao ladrão arrependido? Hoje estarás no paraíso... FOI ISSO QUE ELE DISSE? NÃO FOI! Ele disse: Hoje estarás COMIGO no paraíso.
Quando Deus por meio de sua palavra descreve o céu ELE não o descreve por aquilo que lá terá, mas por aquilo que não vai haver no céu.
O QUE NÃO VAI TER NO CÉU? O QUE?
Choro, lágrimas, dor, luto, morte, maldição, doenças, pecado, sofrimentos etc...
Quem aqui hoje não quer estar num lugar assim? Que essas verdades acerca do CE no faça dizer: AMÉM, ORA VEM SENHOR JESUS!
CONCLUSÃO: A volta de Cristo, meus irmãos, deve ser a nossa esperança!
Se você como Paulo, vive um momento em que está sendo descido por um cesto para escapar,
Se você como José do Egito, vive um momento dentro de uma cisterna ou numa masmorra,
Se você como Davi anda pelo vale da sombra da morte; QUE VOCÊ POSSSA, DORAVANTE, VIVER COM OS OLHOS E OS PENSAMENTOS FITOS NO FATO DE QUE:
ELE VEM,
ELE NOS LEVARA PARA ESTAR COM ELE
E como diz a canção que as vezes cantamos:
Este mundo jamais pode me separar
Dos valores celestiais que eu vou receber
Meu tesouro e esperança estão no meu novo lar
Sou herdeiro com Cristo, vou com Ele morar
Céu, lindo céu! Céu, lindo céu!
Há mansões celestiais, todas feitas por Deus
Céu, lindo céu! Céu, lindo céu!
Eu vou pro céu, lindo céu
Com Cristo vou morar no lindo céu!
Já estando além rio, minha luta findou
Eu não tenho mais pecado, pois Jesus me lavou
Oh que glória na subida, nas alturas dos céus
Cantarei a linda história do Cordeiro de Deus

terça-feira, 21 de agosto de 2018

Valorizando seus dons e talentos servindo ao senhor


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Texto base: “Por esta razão te exorto, a que despertes o Dom de Deus que há em ti...”  II Tim 1:6

Josué 22:5 “Tende cuidado de guardar com diligencia o mandamento e a lei que Moisés servo do Senhor vos ordenou: Que AMEIS ao Senhor vosso Deus, ANDEIS em todos os seus caminhos, GUARDEIS os seus mandamentos e vos ACHEGUEIS a Ele, e o SIRVAIS de todo vosso coração e de toda vossa alma.”

SERVIR – “...e o SIRVAIS de todo vosso coração e de toda vossa alma.”
Diante dos acontecimentos atuais do mundo que apontam para a proximidade da volta do Sr Jesus para buscar sua igreja, somos levados a pensar com seriedade na maneira como estamos desenvolvendo nossos dons e talentos. Será que estamos desenvolvendo nossos dons e talentos, remindo o tempo, encarando de fato que o dia do Senhor se aproxima? Uma das maneiras que podemos valorizar nossos dons e talentos é SERVINDO AO SENHOR: COMO SERVIR?

I – Servir com diligencia – II Tim 2:4 “Nenhum soldado em serviço se envolve em negócios desta vida, porque o seu objetivo e satisfazer aquele que o alistou.”
Diligente: astuto, capaz, equilibrado, cuidadoso, zeloso.
Diligencia no serviço não é mero ativismo (levantar tal hora, trabalhar o dia todo, preencher um programa para contar pontos) como fazem os Escoteiros: Cada dia uma boa ação. O Objetivo daquele que serve com diligencia e satisfazer  aquele que o alistou, I Tim 4:15.
Diligencia no serviço não é fazer para ser, e sim o ser para fazer. Muitos querem fazer alguma coisa para o seu Deus para serem vistos, aplaudidos, para terem reconhecimento humano ou para terem a primazia.
Diligencia no serviço não é isto. Fazemos a obra do Senhor não para sermos, mas porque somos do Senhor e porque maior obra Jesus fez por nós. Porque temos uma posição no Senhor.
II – Servir com perspicácia – Ler Mat 9:35-38. Perspicácia fala de agudeza, alguém visionário, inteligente. Vemos essa agudeza, essa perspicácia no Senhor Jesus aqui neste texto. Note:
Verso 35 – “Percorria Jesus todas as cidades...” Sua Estratégia.
Verso 36 – “Vendo Ele as multidões...” Sua visão (era um visionário).
Verso 36 – “...compadeceu-se deles...” Sua compaixão, Tinha paixão por almas perdidas.
O serviço do Sr Jesus era marcado por sua perspicácia. Não era algo solto, aleatório, sem compromisso. Jesus estava afinado com a vontade do Pai. João 6:38.
III – Servir com disciplina – I Cor 9:24 “Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos na verdade correm, mas um só leva o premio? Correi de tal maneira que o alcanceis. Todo atleta em tudo se domina.
Disciplina fala de organização –controle –domínio próprio. Como fazem os atletas para conquistar uma coroa de flores, muito mais nós crentes no Senhor Jesus. A coroa que nos espera não é de flores que daqui a pouco há de murchar. Nossa coroa diz a P.D é incorruptível.
Disciplina no sofrimento – Hoje em dia as igrejas estão cheias de teologias  que ensinam que o crente não pode sofre, ficar doentes, nem pegar um resfriado. Irmão! SOFRIMENTOS é algo que está reservado  a quem quer servir a Cristo. Leia comigo  II Tm 3:12 “Ora todos quantos desejam viver piedosamente em Cristo  Jesus, padecerão perseguições.” Isto sim é que é sofrer. O que você , eu já sofremos por causa de  Cristo?
Disciplina na honestidade – Domínio próprio. O padrão do mundo para os nossos dias é: “Temos que ficar ricos a qualquer custo. Mesmo que para isto tenhamos que ser HONESTOS”. Observaram o padrão? Honestidade nunca!!!
IV – Servir com fidelidade – I Cor 4:2 “Ora além disso, o que se requer dos despenseiros e que cada um seja achado fiel.”
Que precisamos de fidelidade é algo inquestionável, mas para servirmos bem, precisamos diligenciar nossa fidelidade em pelo menos  duas direções:
a)   Fidelidade ao senhor Jesus
b)   Fidelidade à verdade bíblica..
Como posso saber se estou sendo fiel ao Senhor e à sua palavra?
Eis aqui alguns questionamentos que podemos fazer a nós mesmos:
-Quem é que ocupa o centro de minha vida ?
-Quem é que ocupa o centro de minha alma?
-Quem é que ocupa o meu coração?
-É realmente o Senhor Jesus? Se a resposta para estas perguntas for JESUS CRISTO. Isto é FIDELIDADE.
CONCLUSÃO ´Temos estudado ao longo dessa série o que  é Dom, o que é Talento e o modo como, como cristãos, podemos usar nossos dons e talentos para a glória do nosso grande Mestre e Salvador Jesus Cristo. Que possamos abrir nossas mentes e corações para receber essas instruções da palavra de Deus acerca dos dons e Talentos e praticar tudo que temos aprendido durante esse tempo.
A Deus somente seja a glória
Roney Miguel
Mdc


segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Valorizando seus dons e talentos achegado-se a Deus


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Texto base: “... Por esta razão te exorto, a que despertes o dom de Deus que há em ti...” II Tim 1:6
“Tende cuidado de guardar com diligência o mandamento e a lei que Moisés servo do Senhor vos ordenou: Que AMEIS ao senhor vosso Deus, ANDEIS em todos os seus caminhos, GUARDEIS os seus mandamentos. E vos ACHEGUEIS a Ele, e o SIRVAIS de todo vosso coração e de toda vossa alma.” Josué 22:5

ACHEGAR – “...vos achegueis a Ele...”
Chegar – atingir certo lugar.
De acordo com a nossa gramática o prefixo A quando usado em palavras que não existem outra forma para elas, não possui nenhuma significação, ex: assentar. Já no caso de palavras como Achegar o prefixo A muda o sentido ou da outra significação para a palavra. O prefixo A aqui nesta palavra indica movimento para aproximação, passagem para outra situação. Daí pensar que não é apenas atingir certo lugar, mas mudar de, Mudar para perto.
Pensemos nesse ACHEGAR como o grande privilégio que temos, como povo escolhido, como povo exclusivo. Hebreus 10:19-25
COMO NOS ACHEGAR OU APROXIMAR?
1-Com ousadia – Verso 19 “Tendo pois irmãos, ousadia para entrar no Santo dos Santos”.
Ousadia – Intrepidez, coragem, confiança, audácia.
Quando não tínhamos Jesus não podíamos nos aproximar dele, estávamos com nosso acesso restrito. O Profeta Isaias disse que os pecados faziam separação entre nós e o nosso Deus. Is 59:1-2.
No tempo V.T além dos vários lugares que havia no tabernáculo, Ex:
Havia o Lugar santíssimo ou Santo dos Santos. Esse lugar só podia entrar o Sumo sacerdote, uma única vez por ano, no dia da expiação para oferecer sacrifício pela expiação do pecado. Qualquer outro que não o Sumo sacerdote, que ousasse entrar ali morria.
Qdo Jesus veio e se entregou na cruz, diz a P.D que o véu do templo se rasgou de alto a baixo; Mat 27:51 e que o caminho agora está aberto e o acesso ao Santíssimo lugar é imediato. Ap 1:6 “E nos fez reino e sacerdotes, para o seu Deus e Pai, a Ele seja a glória e o poder para sempre...”
O caminho foi aberto, basta ousadia, audácia para nos aproximarmos, para nos achegar ao trono da GRAÇA.
2 – Com sincero coração – verso 22: “...aproximemos com sincero coração...”
Sincero coração – franco, leal, verdadeiro. Jô 4:24 “Deus é Espírito, e importa que os que o adorem, o adore em Espírito e em verdade.”
3-Em plena certeza de fé – verso 22 “...aproximemos com sincero coração e plena certeza de fé...”
4- Com corações purificados – verso 22 “...tendo os corações purificados.”
Corações purificados – Isto diz respeito à necessidade de uma vida sem pecado. Não que somos perfeitos e não iremos mais pecar, mas fala do esforço que temos que ter em manter nossos corações purificados. A P.D nos ensina que se pecarmos temos o recurso a nosso dispor I Jô 2:1
Exemplo do rapaz que depois de ter pecado buscava aconselhamento com o pastor e Ele o convidava a orar confessando os pecados, mas ele os confessava no atacado,  e quando os havia cometido tinha sido no varejo.
As vezes não podemos exercitar nossos dons e talentos porque estamos impossibilitados de nos achegar, nos aproximar do nosso grande e poderoso Deus. Veja o que Deus diz por intermédio do profeta Isaias 1:13b “...não posso suportar iniqüidade (pecado) associado ao ajuntamento solene.”
5- Com consideração mútua – verso 24 “Consideremo-nos uns aos outros para nos estimularmos ao amor e às boas obras.”
Consideração mútua – Amor recíproco ou seja uma rua de duas mãos.
Não podemos nos achegar a Cristo se nossa comunhão com o irmão está rompida, machucada, dilacerada.
A comunhão horizontal precisa estar em pleno funcionamento para que a comunhão vertical não seja interrompida. Uma depende da outra.
Vejamos : Fip 2:3-4 Comentar.
Nossa vida de aproximação a Deus deve ser um culto diário .
“SE NÃO HOUVER CULTO NA VIDA, NÃO HAVERA VIDA NO CULTO”
Como então desenvolver nossos dons e talentos se não somos nem chegados nem achegados a Cristo?
Roney Miguel
MdC
A continuar...


domingo, 5 de agosto de 2018

Valorizando seus dons e talentos guardando a Palavra de Deus


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Texto base: “...Por esta razão te exorto a que despertes o dom de Deus que há em ti...” II Tim 1:6

“Tende cuidado de guardar com diligencia o mandamento e a lei que Moisés servo do senhor vos ordenou: Que AMEIS o senhor vosso Deus, ANDEIS em todos os seus caminhos, GUARDEIS os seus mandamentos, e vos ACHEGUEIS A Ele, e o SIRVAIS de todo vosso coração e de toda vossa alma.” Josué 22:5
GUARDAR – Vigiar protegendo, vigiar, defender, montar guarda. No contexto do cap 22 de Josué essa palavra é usada com o significado de obediência, ou cumprimento daquilo que anteriormente fora determinado.
OBEDIÊNCIA – É o ato ou estado de submissão à vontade de alguém. É necessário portanto que haja alguém investido de autoridade para que haja obediência . Em nosso caso esse alguém é o nosso Deus. Ele exige dos que são filhos obediência. “...hoje o senhor teu Deus te manda cumprir.” Não existe na esfera do cristianismo verdadeiro a opção de guardar ou não a palavra de Deus. Temos uma determinação divina, da qual ninguém pode fugir.

GUARDAR A P.D É PROVA QUE SOMOS DELE.

 “Ora sabemos que o temos conhecido por isto: Se guardamos os seus mandamentos. Aquele que diz: Eu o conheço e não guarda os seus mandamentos é mentiroso e nele não está a verdade.” I Jo 2:3-4
A maior prova que podemos oferecer de que conhecemos a Deus , não é apenas conhecer a P.D. mas sim quando guardamos essa palavra, quando lhe somos obedientes.
GUARDAR A P.D É A GARANTIA DE COMUNHÃO COM ELE  “Respondeu Jesus: Se alguém me ama guardará a minha palavra e meu pai o amará e viremos para ele e faremos Nele morada.” Jo 14:23. O que o Senhor quer nos ensinar aqui é que quando guardamos a sua palavra temos a garantia de sua presença contínua em nós, COMUNHÃO COM ELE.  Dons Espirituais só podem ser usados a serviço do reino, só podem ser desenvolvidos se a comunhão com o Céu estiver completa. E só estará se guardarmos a sua palavra, diz o texto sagrado.
GUARDAR A P.D É UMA DECLARAÇÃO DO NOSSO AMOR A ELE. “Aquele que tem os meus mandamentos e os GUARDA, esse é o que me ama...” Jo 14:21 Quando guardamos a P.D em nossos corações , quando obedecemos a Ele, estamos dando provas que de fato e de verdade o amamos.

EXEMPLOS DE HOMENS DE QUE FORAM OBEDIENTES

Josué 11:15b “...e assim Josué o fez, nenhuma só palavra deixou de cumprir de tudo que o Senhor ordenará a Moisés.”
Deus havia dado ordens a Moisés para a tomada da parte norte de Canaã. Moisés as transmite a Josué e diz a palavra de Deus, que Josué não deixou de cumprir uma só palavra que lhe fora ordenado.
II Reis 18:6 “Porque se apegou ao Senhor, não deixou de segui-lo, e guardou os mandamentos que o Senhor ordenará a Moisés.” Aqui tratando do Rei Ezequias quando reinava sobre Judá.
Atos 26:19 “Pelo que ó Rei Agripa, não fui desobediente a visão celestial.”  Aqui nesse texto temos Paulo em sua defesa, perante o Rei Agripa.
Filp 2:8 “Ele foi obediente até a morte e morte de cruz.” O Sr Jesus o maior e mais perfeito exemplo de obediência.
DINAMICA DE GRUPO: Fale um defeito seu que considera necessário melhorar e fale sua principal qualidade.
Roney Miguel
MdC
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sexta-feira, 27 de julho de 2018

Valorizando seus dons e talentos em Amor


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Texto base: “...Por esta razão te exorto a que despertes o dom de Deus que há em ti...”  II Tm 1:6

INTRODUÇÃO: No primeiro estudo falamos sobre especificamente o que é um Dom e o que é um Talento. Falamos ainda dos objetivos para os quais Deus nos da os dons, os perigos  relacionados aos dons e o desenvolvimento dos dons e talentos. Veremos de agora em diante como podemos valorizar nossos dons e talentos, extraindo lições de um versículo no V.T  (Josué 22:5) “Tende cuidado porem, de guardar com diligencia o mandamento e a lei que Moisés, servo do Senhor vos ordenou: Que AMEIS ao Senhor vosso Deus, ANDEIS em todos os seus caminhos, GUARDEIS os seus mandamentos, e vos ACHEGUEIS a Ele, e o SIRVAIS de todo vosso coração, e de toda vossa alma”.
I – AMANDO AO SENHOR – O Versículo lido faz parte das palavras usadas por Josué  na ocasião  em que ele se despedia dos Rubenitas, Gaditas e também da meia tribo de manasses. Nesta ocasião Josué os lembra  de sua contínua responsabilidade espiritual, usando cinco verbos  para chamá-los à responsabilidade, que em síntese é o mesmo que mostrá-los como VALORIZAR SEUS DONS E TALENTOS.
Embora o texto aponte para o amor ao Senhor, falaremos do amor sob dois aspectos:
1.   Nosso Amor para com Cristo – Três expressões nos chama a atenção nesse verso                                                                              
Tende cuidado – Fala-nos de nosso capricho
Diligentemente – Fala-nos do zelo e aplicação,
Que Ameis – Fala-nos do nosso amor ao Senhor.
2.   Como deve ser o nosso amor para com nosso Senhor Jesus?
Em alegria – “Não havendo visto amais, não o vendo agora credes Nele e exultais com ALEGRIA indizível...” ! Pd 1:8
Em obediência – “Se me AMAIS, guardareis os meus mandamentos.” João 14:15
Em sofrimento – “Pois Eu lhe mostrarei quanto importa sofrer pelo meu nome.” Atos 9:16
Em morte – “Pois nós que estamos vivos, somos sempre entregues à morte, por amor a Jesus..” II Co 4:11 NVI
Em loucura – “Nós somos loucos por causa de Cristo...” NVI
Este é o amor que Cristo espera de nós, mesmo sem tê-lo visto continuamos amando. Um amor que nos leva a EXERCÍTAR  NOSSOS DONS.
II – AMANDO UNS AOS OUTROS – A palavra de Deus não condiciona o amor de uns para com os outros  a aparência, cor, nacionalidade, conta bancária, atitudes ou comportamentos. Então como deve ser  esse amor?
a)    Altruísta – “...amarás o teu próximo como a ti mesmo.” Mat 22:39.  Pensa e ama o próximo como se estivesse amando a si mesmo.
b)    Sincero – “O amor seja não fingido, aborrecei o mal e apegai-vos ao bem.” Rom 12:9 . Fingido – hipócrita, falso.
c)   Fervoroso – “...amai-vos ardentemente uns aos outros de coração.” I Pd 1:22b (Fervorosamente).
d)   Abundante – “O Senhor vos aumente, e vos faça crescer em amor uns para com os outros  e para com todos, como também nós para convosco.” I Ts 3:12.
e)   Constante – “Seja constante o amor fraternal...” Heb 13:1-2.
f)     Imparcial – “Amai o estrangeiro, pois fostes estrangeiro na terra do Egito.” Deut 10:19.
CONCLUSÃO: Acabamos de meditar em uma maneira prática de valorizarmos nossos dons e talentos que é AMANDO a Deus e ao próximo. Percebemos por meio de nosso estudo o quão variadas maneiras existem, na esfera do amor, para pormos em prática  nossos dons e talentos. Se atentarmos com diligência para esas possibilidades, estaremos na esfera do amor, valorizando a cada diaos nossos dons e talentos.

QUEBRA GELO 

1-   De acordo com o texto estudado o que devo fazer para reavivar o meu amor a Deus e para com o próximo?
2-   Cite alguma maneira prática de se usar os dons praticando o amor.
A continuar...
Roney Miguel
MdC

quinta-feira, 26 de julho de 2018

Valorizando seus dons e talentos


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INTRODUÇÃO

Texto base: “Por esta razão te exorto a que despertes o Dom de Deus que há em ti...” II Timóteo 1:6a

INTRODUÇÃO: Esse é o tema sugerido para estudarmos durante o tempo que vamos passar juntos aqui. “VALORIZANDO SEUS DONS E TALENTOS”. Tratar desse tema implica uma série de coisas. Precisamos esclarecer o que é um Dom e o que é um Talento, isso do ponto de vista de Deus, da sua santa palavra. Só então vamos descobrir quais são nossos dons e talentos,   e então iremos valoriza-los. 
Definição das palavras:
TALENTOS -  São aptidões naturais ou habilidades adquiridas, que todas pessoas possuem. As aptidões naturais o individuo já nasce com  elas. As habilidades adquiridas podem ser aprendidas. Por exemplo: A oratória, falar em público, cantar, tocar um instrumento, jogar futebol ou qualquer outro esporte.
DONS -  São capacidades especiais  dados pelo Espírito Santo para o ministério espiritual. Por exemplo: A capacidade de pregar, é um dom do Espírito Santo, a capacidade de aconselhamento, da exortação, de pastorear, são capacidades vindas do Espírito santo de Deus. Outro exemplo: Um bom professor na escola secular não significa necessariamente que será um bom ensinador na EBD. Expor as verdades da palavra de Deus para a edificação dos outros é um dom de Deus I Cor 12:28 – doutores; Ef 4:11; I Tim 3:2, e isso é diferente  do que expor uma aula na escola secular. Aparentemente pode parecer a mesma coisa mas não é. Alguns estudiosos da P.D vêem talentos como “canais” ou “possibilidades” que o Espírito Santo pode transformar em dons espirituais, quando consagrados a Deus.
OS OBJETIVOS PARA OS QUAIS SÃO DADOS OS DONS        I Co 12:7
A - Para o aperfeiçoamento dos santos – Ef 4:12
1-   Para a evangelização ( a obra missionária)
2-   Para a santificação ( a edificação dos crentes em geral)
B – Para sermos úteis – 1 Co 12:7
C -  Para servir uns aos outros – 1 Pd 4:10
D -  Para glorificar a Deus – 1 Pd 4:11; Jo 15:8;16:14
E -  Para confirmar a palavra de Deus – Mc 16:17-20
F -  Para fortalecimento e conforto mútuo – Rm 1:11-12
QUANDO O CRENTE RECEBE OS DONS DO ESPÍRITO SANTO?
A palavra de Deus não explica claramente como e quando recebemos os dons do Espírito Santo. Há porém algumas possibilidades:
a)   Salvação – Alguns trechos bíblicos indicam que o crente recebe os dons no momento da conversão, quando o Espírito Santo passa ter habitação nele. Exs: Paulo começou imediatamente a pregar a Jesus Cristo, confundindo assim os lideres judeus. Atos 9:20-22.
b)   Consagração – Alguns trechos bíblicos indicam também que o crente recebe os dons quando recebe a “unção” ou “poder” do Espírito Santo ( Lc 4:18; At 1:8) Explicar o que seria esse poder. Pode ser entendido como autoridade, bem como capacidade.
PERIGOS RELACIONADOS COM OS DONS –
A - Orgulho dos dons possuídos e ciúmes dos dons dos outros. Essas referências nos ajudarão a evitar esses dois perigos. 1 Cor 3:4-10; 4:7;9:16-17;  2 Co 3:5; 4:7 .
B – Descontentamento com os dons recebidos; 1 Co 12:12-26; 1 Tm 4:14.
C -  Imitação falsa dos dons dos outros. 2 Co 11:13-15 Satanás é o grande imitador de Deus. Ele não é criativo. Um dia no futuro, ele vai imitar a trindade santa, formando a trindade ímpia (Ap 13).
O QUE FAZER COM OS DONS E TALENTOS RECEBIDOS?
a)   ZELAR – Procurar com zelo os melhores dons I Cor 12:31.
b)   VALORIZAR – Não desprezar não negligenciar o dom que temos I Tm 4:14.
c)   DESPERTAR -  Os dons que temos  II Tm 1:6
(1)                   Descobrir,
(2)                   Dedicar,
(3)                   Desenvolver nossos dons através de:
(1)         Oração,
(2)         Aconselhamento com outros,
(3)         Experiência – verificando que tipo de ministérios na igreja nos da prazer ou satisfação em realiza-los e que tipo edifica os outros. Outros crentes no corpo de Cristo são CHAVES para nos ajudar a  identificar nossos dons.
CONCLUSÃO: Já que abordamos todas essas questões relacionadas aos dons e talentos vamos numa espécie de QUEBRA GELO, tentar identificar ou ajudar nosso irmão a identificar o seu ou seus dons e talentos.
Assentados em circulo o 1º jovem apontará para o colega que estiver a sua direita e dirá que dom ou dons identifica nele, depois o indicado fará o mesmo com o que estiver a sua direita e assim sucessivamente até chegar ao primeiro que falou.
Por que dessa estratégia?
Porque achamos mais fácil falar do dom que nosso irmão possui do que de nós mesmos e também porque, sempre será o nosso irmão que perceberá com mais clareza que dom cada um de nós temos.
A continuar...
Roney Miguel
MdC

sexta-feira, 27 de abril de 2018

Por que não pensamos em nosso último dia?



Nós últimos meses, semanas e dias tenho recebido inúmeras notícias de pessoas, amigos meus, parentes, colegas que a meu ver, eram novos ou de pouca idade, nos deixando por meio da morte. Alguns doentes, outros tragicamente vitimados por assaltos, acidentes etc.
Esses episódios de profunda tristeza tem me levado a refletir na pergunta em epígrafe. Estamos sempre a alguns minutos da eternidade, e que por mais que queiramos não temos o controle da vida e nem do nosso tempo. O apóstolo Tiago sob a inspiração Divina escreveu: “vós não sabeis o que sucederá amanhã. Que é vossa vida? Sois, apenas, como neblina que aparece por um instante e logo se dissipa” (Tiago 4.12).
·       vós não sabeis o que sucederá amanhã
·       Sois, apenas, como neblina
·       logo se dissipa.
A ausência de percepção da finitude e da efêmera vida que vivemos nos faz desperdiçarmos o nosso valioso tempo, tornando nossas vidas desprovidas de propósito e da importância que a mesma significa para nós.
A exortação bíblica nos remete a um exame sobre a sucessão dos dias em que vivemos e a relação da vida com a utilização do tempo “remindo o tempo porque os dias são maus” (Efésios 5.16). A vida deve ser vivida de uma maneira que o tempo utilizado jamais seja perdido. O nosso viver aqui, só será proveitoso, quando vivemos disciplinados e conscientes de que a morte é amante do tempo e que após ela, segue-se um inescapável encontro com DEUS.  Quem pode garantir outro tempo, ou outro instante?
Todo o esforço de nossas vidas deve ser empreendido no sentido de aproveitá-la de tal maneira que colhamos os frutos para além desta vida, Para a vida ETERNA! Viver para a eternidade é algo que deve nortear a vida dos salvos. Viver com consciência da brevidade da vida e a preciosidade do tempo deve ser algo primordial na vida de todo ser humano.
O Salmista escreveu: “acabam-se os nossos anos como um breve pensamento” (Salmo 90.9 p.b). O que eu e você temos feito com o tempo? Como tem sido gasto, ou aproveitado? Diante do “desconhecido amanhã”, aqui na esfera terrena, o tempo no hoje deve nos levar a responsabilidade de saber administrar a vida vivendo para a eternidade fazendo no tempo as devidas coisas necessárias e importantes.
Se o nosso tempo tem sido gasto na ociosidade e sem nenhum proveito, não poderemos voltá-lo para ser recuperado. Nesta vida, é mais importante não perder tempo do que não perder dinheiro. Que possamos viver como se ESSE tempo AGORA fosse o nosso último aqui.
Roney Miguel
27 de abril de 2018

quarta-feira, 28 de março de 2018

A CEIA DO SENHOR


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Propósito Principal
As igrejas dos tempos apostólicos celebravam a Ceia do Senhor no primeiro dia da semana (At 20.7), acompanhando-a com louvores, adoração e outras atividades espirituais (1ª Co 14).
Com o passar do tempo e com a influência romanista trazida da reforma protestante, a observação da ceia se degenerou e a significação dela se perdeu.
O Senhor Jesus, através da Ceia, deu ao Seu povo uma recordação simbólica, pela qual temos o privilégio de refrescar a memória, ter comunhão com Ele e mostrar confiança na Sua volta.
A Palavra de Deus, especialmente na dispensação da igreja, não estabelece ritual nem procedimento para esta reunião. Em (1ª Co 11.23-29) temos que, o essencial, é que se recorde do Senhor, cada um participando do pão e do cálice como Ele mesmo ordenou.
O motivo pelo qual o Sr. Jesus instituiu a Ceia é para recordação do Senhor, porém muitas vezes Ele é o ultimo a ser lembrado. Infelizmente durante as reuniões para a Ceia do Senhor há discursos sobre a gloriosa posição dos crentes, e longas "ações de graças" por bênçãos materiais recebidas tais como: saúde, emprego, promoções, aquisições etc; mas a recordação devia ser de Cristo na Sua perfeição – a maravilha da Sua encarnação e da Sua vida imaculada, o valor da sua morte expiatória, para Deus e para os homens, a glória da Sua ressurreição e exaltação, a suficiência do Seu ministério sacerdotal, e a esperança da Sua volta e do Seu reino eterno.
É Cristo mesmo e não nós e as nossas bênçãos que devem encher os nossos pensamentos e ser o centro da nossa adoração no momento da Ceia do Senhor. A Ceia deveria oferecer a oportunidade para adoração coletiva como fruto da meditação espiritual que nos conduz à verdadeira adoração ao Pai e ao Filho, o que infelizmente não acontece, em razão da herança romanista, onde apenas um realiza tudo.
Não é prudente no momento da Ceia do Senhor, ocupar muito tempo contemplando "nosso passado negro e triste"; o adorador, purificado pelo sangue, deixou pra trás os seus pecados, sabendo que Deus "Se esqueceu deles" (Is 44.22).
Deus procura adoradores, e o nosso privilégio é exatamente esse: Adorar! Sem dúvida, a Ceia não é a única ocasião em que adoramos "em espírito e em verdade", ou "entramos no santuário", pois estas expressões da Palavra de Deus não se referem primariamente a reuniões e, sim, à atitude constante de adoração e comunhão que deve caracterizar a vida do crente. Contudo, na Ceia a adoração e o ministério sacerdotal do Povo de Deus podem e devem ser amplamente exercitados.
Quando na Ceia, somos dirigidos pelo Espírito Santo (como devíamos ser em qualquer outra reunião e em tudo em nossa vida), nela reinam a ordem e a decência: ordem espiritual nos louvores, nas orações e nas exposições (ou simples leitura) das Escrituras.
O momento da Ceia do Senhor não é para ensinar, exortar, apresentar, promover etc, e sim o momento onde toda a atenção do crente deve se voltar para Cristo, quem Ele é e o que Ele fez.
Existe um hino de J.I. Freire, que traz a seguinte expressão: "Tu és o imã que nos atrai" uma referência sem dúvida às palavras do Senhor Jesus Cristo quando, falando aos judeus com respeito à Sua morte, Ele disse: "Eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a Mim" (Jo 13.32).
A figura do imã, empregada pelo autor do hino, aparentemente descreve a poderosa atração que o Senhor Jesus exerce para com o coração do crente, ou melhor, dizendo, para com os corações dos crentes unidos como o Seu rebanho, com referência especial à Ceia do Senhor. Ali, atraídos e comovidos pela recordação do Seu amor, sentimo-nos impelidos ao louvor e a adoração.
Mas afinal o que é um imã? Um pedaço de metal, geralmente ferro ou aço, que tem propriedade magnética, que atrai para si outros objetos metálicos.
Jesus disse: "Eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a Mim".
Mesmo depois de mais de dois mil anos, os crentes atraídos como que pelo imã, não cessam de meditar, falar, discutir e escrever sobre o grande feito de Cristo como prova do grande amor de Deus para com eles (Rm 5.8).
Na Ceia, os dois símbolos sagrados nos falam da Sua morte por nós, da nossa comunhão com Ele na Sua morte, e da Sua presença conosco "todos os dias até a consumação do século". Será que o amor do Senhor verdadeiramente nos atrai nessa ocasião, fazendo os nossos corações "arder em nós" (Lc 243.32) para louvor e adoração?
Será que como crentes verdadeiros, ficamos cada vez mais atraídos pelas constantes provas do Seu amor e da Sua fidelidade para conosco?  
Quanto mais O conhecemos, tanto mais Ele Se mostra o verdadeiro IMÃ que nos atrai.
"Até que Ele venha" (1ª Co 11.26) – assim a igreja deve se lembrar Dele na Ceia. E então?... Naquele último dia da igreja na terra, "O Senhor descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois nós, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles... para o encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor" (1ª Ts 4.16-17). O nosso IMÃ atrair-nos-á para Si, levando-nos para  os céus, para estarmos eternamente com o Senhor.
CONCLUINDO, Que possamos ter sempre como motivo principal da Ceia  a recordação do Senhor, pois assim a Igreja "anuncia a morte do Senhor, até que Ele venha". "FAZEI isto, em memória de Mim".
Fonte de Pesquisa:
Bíblia Sagrada ERA
Comentários de Richard Jhones
MdC

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Teologia Unilateral Calvinismo - Arminianismo

 Recebemos recentemente uma longa carta trazendo uma prova muito clara do efeito desconcertante da teologia unilateral. O nosso correspondente está, evidentemente, sob a influência daquilo que é denominado alta teologia ou teologia calvinista. Por isso ele não consegue enxergar a razão de se convidar o não convertido para “vir”, “ouvir”, “arrepender-se” ou “crer”. Para ele é como ordenar a um marmeleiro que produza algumas maçãs para se tornar macieira.


Ora, acreditamos totalmente que a fé é dom de Deus e que não está sujeita à vontade do homem ou ao poder humano. Além disso, cremos que nenhuma alma jamais iria a Cristo se não fosse atraída a Ele, sim, compelida pela graça divina para que assim o fizesse. Portanto, todos os que são salvos devem agradecer pela graça livre e soberana de Deus por isso, e sua canção é, e sempre será, “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao teu nome dá glória, por amor da tua misericórdia e da tua fidelidade.” (Sl 115:1).

Cremos nisso, não como parte de algum sistema de doutrina, mas como a verdade revelada de Deus. Por outro lado, acreditamos tão completamente, na verdade solene da responsabilidade moral do homem, na medida em que é claramente ensinada nas Escrituras, embora não a encontremos entre os chamados “cinco pontos da fé dos eleitos de Deus”. Acreditamos nestes cinco pontos, mas só até onde eles alcançam, todavia eles estão muito longe de conter a fé dos eleitos de Deus. Existem amplos campos de revelação divina que esse sistema atrofiado e unilateral não aborda e nem remotamente sugere. Onde encontramos o chamado celestial? Onde a gloriosa verdade da Igreja como o corpo e a noiva de Cristo? Onde a preciosa esperança santificadora da vinda de Cristo para receber Seu povo para si mesmo? Onde temos, naquilo que é tão pomposamente denominado “a fé dos eleitos de Deus”, o grande escopo da profecia que abriu a visão de nossas almas? Buscamos por um traço sequer dessas coisas em todo o sistema ao qual nosso amigo está ligado, porém em vão.

Será que poderíamos, ainda que por um momento, supor que o abençoado apóstolo Paulo aceitaria como “a fé dos eleitos de Deus” um sistema que deixa de lado esse glorioso mistério da Igreja da qual ele foi especialmente designado como ministro? Suponha que alguém tivesse mostrado a Paulo “os cinco pontos”do calvinismo, como sendo uma afirmação da verdade de Deus. O que ele teria dito? “O quê?! ‘Toda a verdade de Deus’? ‘A fé dos eleitos de Deus’? ‘Tudo o que é essencial para ser crido’? E ainda assim nenhuma sílaba sequer sobre a posição real da Igreja — sua vocação, sua posição, suas esperanças, seus privilégios?! Nenhuma palavra sobre o futuro de Israel?! Uma total ignorância ou, na melhor das hipóteses, uma alienação completa, das promessas feitas a Abraão, Isaque, Jacó e Davi?! Todo o corpo de ensinamentos proféticos submetidos a um sistema falsamente chamado de espiritualização, por meio do qual Israel é roubado da parcela que lhe cabe, e os cristãos arrastados para um nível terreno — e isso apresentado a nós com a pretensão de ser ‘A fé dos eleitos de Deus’?!”

Mas graças a Deus não é assim. Deus, bendito seja o Seu nome, não Se prendeu aos estreitos limites de alguma escola de doutrina, seja ela alta [calvinista], baixa [arminiana] ou moderada. Deus Se revelou. Ele expôs os profundos e preciosos segredos de Seu coração. Ele descortinou Seus conselhos eternos relativos à Igreja, a Israel, aos gentios e à criação como um todo. Os homens podem tentar confinar o oceano em baldes que eles próprios inventaram, do mesmo modo como tentam confinar o vasto espectro da revelação divina dentro dos frágeis recipientes dos sistemas humanos de doutrina. É impossível fazê-lo e jamais deveria ser tentado. O melhor é deixar de lado os sistemas e escolas de divindade e aproximar-se como uma criança da eterna fonte das Sagradas Escrituras, e ali beber dos ensinos vivos do Espírito de Deus.

Nada é mais prejudicial à verdade de Deus, mais estéril para a alma, ou mais subversivo para qualquer crescimento e progresso espiritual do que a mera teologia, seja ela alta ou baixa — calvinista ou arminiana. É impossível que alguém progrida além dos limites do sistema ao qual está ligado. Se sou instruído nos “cinco pontos” como sendo “a fé dos eleitos de Deus”, não poderei sequer pensar em buscar algo além disso, desaparecendo assim de meu campo de visão o mais glorioso campo de verdade celestial. Fico atrofiado, estreito, parcial, e corro o risco de cair naquele estado de espírito estéril e pedregoso que acaba me deixando ocupado com meros pontos doutrinários ao invés de ocupar-me com Cristo. Um discípulo da alta escola de doutrina, ou calvinista, não ouvirá falar de um evangelho anunciado a todo o mundo —do amor de Deus para o mundo — das boas novas para cada criatura sob os céus. Tudo o que terá é um evangelho para os eleitos. Por outro lado, um discípulo da baixa escola, ou arminiana, não escutará da segurança eterna do povo de Deus. Sua salvação dependerá em parte de Cristo e em parte de si mesmo. De acordo com esse sistema doutrinário, a canção dos redimidos deveria ser alterada. Ao invés de dizer apenas “Digno é o Cordeiro” seríamos obrigados a acrescentar “...e dignos somos nós”. Poderíamos estar salvos hoje, porém perdidos amanhã. Tudo isso desonra a Deus e priva o cristão de qualquer paz verdadeira.

Não escrevemos isto com a intenção de ofender o leitor, longe de nós tal pensamento. Não estamos falando de pessoas, mas de escolas de doutrina e sistemas de divindade, os quais gostaríamos sinceramente de exortar nossos amados santos a abandonarem de uma vez para sempre. Nenhum deles contém a completa verdade de Deus. Existem certos elementos de verdade em todos eles, mas a verdade geralmente está neutralizada pelo erro, e mesmo que encontrássemos um sistema que não apresentasse nada além da verdade, ainda assim ele não conteria toda a verdade. O efeito desses sistemas sobre a alma é o mais pernicioso possível, pois leva as pessoas a se gabarem de possuírem a verdade de Deus, quando na verdade possuem apenas um sistema humano parcial.

Então, volto a dizer, raramente encontramos um mero discípulo de qualquer escola de doutrina que possa encarar as Escrituras como um todo. Textos favoritos serão citados e continuamente reiterados, mas um grande corpo das Escrituras será deixado de lado como quase que totalmente impróprio. Por exemplo, tome passagens como as seguintes: Agora, porém, [Deus] notifica aos homens que todos, em toda parte, se arrependam” (Atos 17:30). E mais uma vez: “[Deus] deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade.” (1 Timóteo 2:4). Assim também, em 2 Pedro, “O Senhor... é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento.” (2 Pedro 3:9). E bem no final da Bíblia, lemos:  e quem quiser, tome de graça da água da vida.” (Apocalipse 22:17).

Devemos considerar estas passagens pelo que elas são? Ou devemos introduzir palavras qualificadoras ou modificadoras para torná-las adequadas ao nosso sistema? O fato é que elas estabelecem a grandeza do coração de Deus, as atividades graciosas de Sua natureza, o amplo espectro de Seu amor. Não está em conformidade com o coração amoroso de Deus que qualquer de Suas criaturas deva perecer. Não há, nas Escrituras, qualquer coisa que se assemelhe a um decreto de Deus consignando certo número da raça humana para a condenação eterna. Alguns podem ser entregues judicialmente à cegueira devido à rejeição deliberada da luz. (Ver Romanos 9:17; Hebreus 6:4-6; 10:26-27; 2 Tessalonicenses 2:11-12; 1 Pedro 2:8.), mas todos os que perecerem só poderão culpar a si mesmos. Todos os que chegarem ao céu terão de agradecer a Deus.

Se quisermos ser ensinados pelas Escrituras, devemos acreditar que todo homem é responsável segundo a luz que possui. O gentio é responsável em dar ouvidos à voz da Criação. O judeu é responsável no terreno da lei. A cristandade é responsável sobre o fundamento da revelação completa que está contida em toda a Palavra de Deus. Se Deus ordena a todos os homens, em todos os lugares que se arrependam, ele quer dizer exatamente o que diz. Ou será que estaria dizendo isso apenas aos eleitos? Que direito temos nós de acrescentar ou alterar, reduzir ou acomodar a Palavra de Deus? Nenhum sequer. Encaremos as Escrituras tal como são, e rejeitemos tudo o que não passar no teste. Podemos muito bem questionar a solidez de um sistema que não possa atender a toda a força da Palavra de Deus como um todo. Se algumas passagens das Escrituras parecem conflitar entre si, é só por causa da nossa ignorância. Sejamos humildes nisso e aguardemos mais em Deus para termos mais luz. Podemos agir assim, e este será um lugar moralmente seguro para ocuparmos. Ao invés de nos esforçarmos em reconciliar discrepâncias, curvemo-nos aos pés do Mestre e justifiquemo-Lo em todas as Suas palavras. Assim colheremos uma colheita de benção e cresceremos no conhecimento de Deus e de Sua palavra como um todo.

Alguns dias depois, um amigo colocou em nossas mãos um sermão recentemente pregado por um clérigo eminente pertencente à escola de doutrina calvinista. Encontramos nesse sermão, tanto quanto na carta do nosso correspondente norte-americano, os efeitos da teologia unilateral. Por exemplo, ao se referir a essa magnífica declaração de João Batista em João 1:29 — “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” — o pregador a citou assim: “O Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo inteiro do povo escolhido de Deus”. Leitor, pense nisso: “O mundo do povo escolhido de Deus!” Não há uma palavra sequer sobre povo na passagem. Ela se à grande obra propiciatória de Cristo, em virtude da qual todo traço de pecado ainda será obliterado da ampla criação de Deus. Só veremos a plena aplicação daquela escritura abençoada nos novos céus e na nova terra em que habita a justiça. Limitar-se ao pecado dos eleitos de Deus só pode ser visto como fruto desse viés teológico. Não existe nas Escrituras tal expressão como “Tirar o pecado dos eleitos de Deus”. Sempre que é feita menção ao povo de Deus temos os pecados sendo levados — a propiciação pelos nossos pecados — o perdão dos pecados. As Escrituras nunca confundem essas coisas, e nada pode ser mais importante para nossas almas do que sermos ensinados exclusivamente pelas próprias Escrituras, e não pelos dogmas deformados, amassados e murchos de uma teologia unilateral.

Às vezes, ouvimos João 1:29 citado, ou melhor, deturpado por discípulos da baixa escola de doutrina, ou arminiana, desta maneira, “O Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo”. Se assim fosse, ninguém poderia se perder. Tal declaração proporcionaria uma base para a terrível heresia da salvação universal. O mesmo pode ser dito sobre a má tradução de 1 João 2:2, “pelos pecados do mundo inteiro”. Esta não é a tradução correta, mas uma doutrina fatalmente falsa que não duvidamos que nossos tradutores tenham repudiado tão fortemente quanto qualquer outra.* Sempre que ocorre a palavra “pecados”, refere-se a pessoas. Cristo é a propiciação para o mundo inteiro, mas o Substituto apenas para o Seu povo.  
Traduzido de "One-sided Theology - Calvinism and Arminianism" - C. H. Mackintosh.
MdC

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

A CARTA DE JUDAS



A saudação. 
O autor desta Epístola não se diz apóstolo (entre os quais houve dois com o nome de Judas), mas simplesmente se chama "servo de Jesus Cristo e irmão de Tiago" e, geralmente, se entende que ela foi escrita por Judas, um dos irmãos de Jesus Cristo (Mateus 13:55; Marcos 6:3) e irmão do autor da Epístola de Tiago (veja Atos 1:14;15.13).
Temos na saudação do apóstolo àqueles a quem se dirigia uma tríplice descrição dos leitores, bem como também uma tríplice benção proferida:
 Tríplice descrição dos leitores:
a) V. 1 - "Chamados" - por Deus. para a salvação (Romanos 8:30).
b) "Amados" - em Deus Pai, por serem filhos dEle (Romanos 8:15-16; 1a. João 3.
c) "Guardados" - em Jesus Cristo e por Ele; o crente esta seguro, nas mãos do Salvador (João 10:28-30).
Tríplice benção:
   a)  V. 2 - "Misericórdia" - quão essencial! (1a. João 2:1).
   b) "Paz" - a paz de Deus no coração, no meio das tribulações desta vida (Filipenses 4.7).
  c)  "Amor" - o mandamento do Senhor (João 15:12; 1a. João 4.19).
VERSÍCULOS 3-4
O perigo iminente.
Eis o motivo da Epístola. Judas achou que a mais urgente necessidade era avisar os cristãos acerca de ensinadores falsos e ímpios que já tinham entrado nas igrejas, negando o Salvador e incitando os crentes a praticarem os mais graves pecados.
Os "falsos mestres" indicados em Mateus 24:11 e em 2a. Pedro 2:1-2 já se tinham introduzido nas igrejas e os crentes tinham o dever de "batalhar" pela doutrina evangélica - isto é, manter fielmente e defender resolutamente os ensinos fundamentais e básicos da fé cristã. Aqui não se trata da fé individual que é para a salvação, mas, sim, do total dos ensinos específicos que formam o cristianismo e o distinguem do judaísmo e das demais religiões.
Já entraram nas igrejas "homens ímpios" chamando-se cristãos, mas negando duas doutrinas principais do Evangelho:
a) a divindade de Jesus Cristo;
b) a vida santa como prova da fé em Cristo - pois eles "transformaram em dissolução (libertinagem) a graça de Deus".
Judas salienta a divindade de Jesus - "nosso único Soberano e Senhor, Jesus Cristo". Aqueles mestres" diziam "se somos salvos pela graça e não pelas obras, então podemos pecar à vontade!" - esquecendo-se que o pecador arrependido e crente em Cristo não terá "vontade" de pecar (Romanos 6.2, 17; 8.4-5; 1a. João 3 6-9).
VERSÍCULOS 5-7
O castigo dos ímpios.
Aqui Judas cita três exemplos do castigo divino, nos tempos passados:
a) Os incrédulos e rebeldes em Israel, durante os quarenta anos no deserto. A nação foi salva do Egito e consagrada a Deus pelo batismo no Mar Vermelho, em Moisés seu chefe (veja 1a Coríntios 10:2). Porém, a maioria mostrou-se incrédula e desobediente e ficou destruída em períodos sucessivos (Êxodo 33:25-28; Números 33 etc.). Veja também 1a. Coríntios 10:5-8.
b) Anjos. A referência aqui é misteriosa, sendo semelhante à de 2a. Pedro 2:4. Os anjos rebeldes serão julgados, junto com Satanás, no fim do Milênio (Apocalipse 20:10).
c) Sodoma e Gomorra. Os habitantes destas cidades praticavam toda perversidade sexual (Gênesis 19:5, 8; veja também Romanos 1:27) O fogo que os destruiu é tornado como profético do fogo eterno reservado para todos os ímpios (Apocalipse 20.14-15).
VERSÍCULOS 8-11
Mestres ímpios.
Eis uma descrição detalhada dos ensinadores apóstatas que entraram nas igrejas:
a) São indisciplinados. Não reconhecem autoridade superior, na família, na igreja ou no país; praticam a fornicação; rejeitam o ensino apostólico e difamam governos (v. 8). Mesmo Satanás, sendo de posição superior no mundo angélico, não foi injuriado pelo arcanjo Miguel (este incidente é mencionado somente aqui; porém, essa gente zomba do que não entende e moralmente se comporta pior do que os animais.
b) No v. 11 os apóstatas são comparados com Caim, Balaão e Coré.
O primeiro Caim, não governou suas paixões - ciúmes e raiva;
Balaão, pelo amor ao dinheiro, desobedeceu a Deus e depois fez que o povo pecasse gravemente (Números 25:1-9- 31:8, 16);
Coré difamou a Moisés e a Arão e rebelou-se contra eles (Números 16).
VERSÍCULOS 12-16
Ensinadores perigosos.
a) Uma sétupla descrição do caráter destas pessoas (vs. 12-13).
São como "rochas submersas" perigosas para navios;
São "glutões" nas festas da igreja;
São "pastores interesseiros";
São como "nuvens sem chuva e sem direção".
São inúteis como "árvores infrutíferas" que são marcadas para serem destruídas;
São como "ondas bravias do mar" que sujam as praias com o lixo que depositam;
São "estrelas sem rumo", dirigindo-se para as trevas eternas.
b) Estas pessoas foram previstas por Enoque, na sétima geração depois de Adão (Gênesis 5:21-24); ele "andou com Deus" e mesmo antes do Dilúvio predisse a Vinda do Senhor para julgar os ímpios conforme as suas obras e as suas palavras. Note que esta profecia não está mencionada em Gênesis, mas (como a contenda entre Miguel e Satanás no v. 9) foi confirmada pelo Espírito ao escritor desta Epístola.
c) As palavras dos apóstatas são murmurações, arrogâncias e adulações e as suas obras são o fruto da carnalidade, impureza e ganância (v. 16).
VERSÍCULOS 17-25
Ensinos espirituais:
a) Judas dirige-se novamente aos crentes - "Vós porém, amados" - como também no v. 20 Adicionalmente a profecia de Enoque, os apóstolos já tinham avisado a igreja acerca dos "mestres" ímpios. Aqui Judas cita textualmente as palavras de Pedro (2a. Pedro 33) e há referência também a Romanos 16:17-18 e a 2a. Timóteo 3:1-8. Provavelmente todos os apóstolos ensinavam estas coisas no seu ministério entre as igrejas; veja Atos 20.29-31.
b) Os "pastores ímpios" não têm o Espírito Santo (v 19) - pois nunca se converteram a Cristo. nunca nasceram de novo. São "sensuais sem percepção espiritual" e causam divisões entre os cristãos; fundam "igrejas" e "congregações" que são deles mesmos e não de Cristo.
c) Vemos aqui a maneira de "batalharmos pela fé" para mantermos nas igrejas a sã doutrina e a conduta digna do Senhor (vs. 20-23). O escritor indica quatro meios de conseguir-se este fim:
1. Edificação na "vossa fé santíssima" (v 20) Isto se faz pelo estudo da Palavra e pela obediência a seus ensinos. Crentes que negligenciam as reuniões para estudo bíblico e para ministério da Palavra são geralmente os primeiros a serem seduzidos por falsos mestres e divisionistas, pois não são firmados nem edificados na doutrina de Cristo.
2. Oração. Aqui se contempla a igreja reunida em oração; os que regularmente se ausentam destas reuniões, raras vezes são crentes dados a oração particular em casa!… Porém, a oração "no Espírito Santo" é realmente a maior proteção contra o falso ensino e a carnalidade.
3. Firmeza no amor de Deus (v. 21). Esse amor foi mostrado no Evangelho da nossa salvação: "Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito" (João 3:16) - "Pela graça sois salvos mediante a fé" (Efésios 2:8). Esperamos a Vinda do Senhor e a perfeição da nossa redenção (Romanos 8:18, 23). Somos salvos para a santidade, não para o pecado.
4. Compaixão para crentes fracos e enganados (vs. 22-23). Em vez de censurá-los, esforcemo-nos para guardá-los na fé. orando por eles, aconselhando-os com amor. Quanto aos que parecem já perdidos, seguindo o pecado (embora ainda chamando-se cristãos, "mais liberais"), tenhamos dó dos tais, porém, cuidando de nós mesmos, separando-nos inteiramente do mal.
A doxologia (vs. 24-25). A Epístola termina com uma notável peroração de louvor a Deus "Àquele que é poderoso para guardar e apresentar": guardar de tropeçar e apresentar perfeitos diante do Seu trono. No v. 25, eterno louvor ("antes de todos os séculos, e agora, e por toda a eternidade") se oferece ao "único Deus. Salvador nosso" mediante "Jesus Cristo, Senhor nosso" - palavras que nos mostram tanto a unidade de Deus, como a igualdade de Jesus Cristo com Deus o Pai.
Assim finda esta Epístola curta, mas importante e solene. Como temos visto (v. 4), os libertinos entraram nas igrejas nos tempos apostólicos. Durante os séculos da Idade Média, o seu joio estragou quase completamente a moralidade e a espiritualidade do cristianismo. Hoje em dia, há pregadores e seitas inteiras que negam "a fé uma vez dada aos santos" que é a palavra completa de Deus, desprezando a autoridade da Bíblia e relaxando assim o padrão cristão de moralidade e de piedade.

Sejamos vigilantes. Sejamos fieis. Sejamos santos, em toda a nossa maneira de viver.
Copilado por MdC
autor
Richard Dawson Jones (1895 - 1987)