segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Dirigindo o culto cristão


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“sirvamos a Deus de modo agradável, com reverência e santo temor” Hebreus 12.28

Aquele que dirige um culto cristão precisa ter em mente que o Culto é para Deus. É de suma importância ter consciência que a centralidade do Culto cristão está na Pessoa de Jesus Cristo o autor de nossa salvação. Foi o sacrifício dEle que nos permitiu termos livre acesso ao Pai e não as nossas vontades e desejos. Diante disto, um culto cristão deve ser conduzido com excelência, entregando para Deus o melhor. Todo o dirigente do culto numa congregação deve estar convicto de que dirigir é um ministério, um serviço e que todo serviço para Deus deve ser conduzido de modo agradável, com reverencia e santo temor, como nos ensina o escritor aos Hebreus. O apostolo Paulo também nos adverte que tudo quanto fizermos para Deus deve ser feito “... com ordem e decência” I Co 14:40.
Não pretendemos aqui exaurir todos os ensinos e conselhos que diz respeito à boa condução de um culto cristão, mas sim, a luz da palavra de Deus apresentar o que podemos chamar de “bons conselhos”

Preparação antes do culto

1.A responsabilidade do dirigente é tornar alegre e solene o momento dos cânticos, para preparar a congregação e levá-la a um espírito pronto para a mensagem.
2. É necessário, portanto que o dirigente do culto se prepare em oração tanto como o pregador. Gaste tempo em oração.
3. Escolha cânticos que sejam adequados para cada culto que irá acontecer.
4.Escolher os cânticos com antecedência é de suma importância e demonstra para o público que você é organizado e não faz a obra do Sr. relaxadamente. Não fique procurando o que cantar diante da congregação.
5.Faz-se necessário ensaiar os louvores com antecedência, a fim de encontrar o tom a ser cantado, de modo a não tornar para a congregação, o ato de louvar em algo insuportável.
6.O Dirigente do culto, bem como qualquer um que vá a frente da congregação, deve estar bem penteado e com a roupa em ordem e limpa. (A limpeza do corpo vem logo após a salvação da alma.)

Regendo a congregação

1.Ao subir ao púlpito, faça-o com firmeza, com confiança, para não tropeçar, e sem acanhamento.
2.Se, quando cantamos, a congregação vai à sua frente ou se conduz o cântico ao gosto dela, você é inútil como dirigente e tudo pode se descontrolar.
3.Procure ser agradável e educado, porém com autoridade (nunca autoritário).
4. Controle o nervosismo, não pense em si mesmo, nem chame a atenção do público para sua pessoa. Afinal o momento do culto não é um show.
5.Tenha boa postura, não deite sobre o púlpito.
6. Não se curve; olhe a congregação; abra os olhos para manter a atenção.
7.Esforce-se para que todos cooperem nos cânticos, então estarão prontos para a mensagem.
8.Anuncie o número do hino com clareza ou o nome do louvor a ser cantado.
9.É interessante dizer: “Vamos cantar o hino número.. .” Não cantamos páginas, e, sim, hinos. Ou dizer: “Vamos cantar o cântico que tem por título ...” Assim se ganha a atenção da congregação.
10.É bom e importante anunciar o número ou o nome do cântico uma segunda vez.
11.Quando quiser que a congregação se ponha em pé, faça um gesto com as mãos para cima para indicá-lo.
12.Diga sempre à congregação quando deve levantar-se ou sentar-se. Há situações em que depois de um cântico o dirigente não avisa que a congregação deve sentar-se e fica metade da congregação em pé, aguardando um comando de quem dirige, enquanto o restante da igreja vai se sentando as prestações. LEMBRE-SE: Não é necessário fazer a congregação levantar-se para cada hino ou cântico. Alguns irmãos podem estar cansados do trabalho, pela idade ou até mesmo por problemas de saúde e não necessitam dessa “ginástica santa”.

Regendo o hino

1.Não esconda o rosto com as mãos ou com o microfone quando estiver regendo a congregação. A igreja precisa saber para onde você está indo na condução do louvor.
2.Mova a mão livremente e mantenha a posição.
3.Faça os movimentos da mão de maneira natural, não com a mão rígida, nem com os dedos inflexíveis. Não faça gestos com as mãos que possam parecer obsceno.
4.Para reger o coro pode-se indicar cada tempo, porém para reger uma congrega­ção não é muito importante.
5.Pode-se usar ambas as mãos.
6.Não seja exagerado com os movimentos para não chamar atenção sobre você mesmo. Afinal você não é uma “estrela” e o culto não é um “show”

CONCLUINDO

Claro que este estudo está muito simplificado e não tratou de todos os aspectos que envolvem a direção de um culto a Deus. Porém, se você tomar ciência de tudo o que este trabalho abrange, tem uma boa base para dirigir qualquer culto, quer seja no templo, em casa num aniversário ou até mesmo num culto fúnebre.
O momento de louvor no culto cristão é um momento exclusivamente para Deus. O sentido é mais importante do que a execução, por isso você deve orar e pedir para que Deus lhe toque o coração para que ao dirigir uma congregação no momento do louvor, tudo que vier a acontecer ali seja de fato, agradável a Ele. /
Use tudo o que aprendeu!
A Deus somente seja toda a glória
MdC


domingo, 14 de janeiro de 2018

SACERDÓCIO UNIVERSAL DO CRENTE


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SACERDÓCIO UNIVERSAL DO CRENTE

Lemos que no AT a Lei de Moisés separou a tribo de Levi e a família de Arão para serem os sacerdotes da Nação. Estes homens usavam vestes diferentes, tinham privilégios especiais e constituíam uma casta a parte, entre Deus e a congregação de Israel. Só eles podiam entrar no lugar santo e oferecer os sacrifícios prescritos pela Lei.
Quando voltamos nossa atenção para o Novo testamento descobrimos que no Cristianismo é tudo diferente. Lemos sobre o apóstolo Pedro ensinando que todos os crentes são sacerdotes do Deus altíssimo. Observe:
"Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo para oferecer sacrifícios espirituais, agradáveis a Deus por Jesus Cristo" (1ª Pedro 2:5).
"Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz" (1ª Pedro 2:9).
Temos também João fazendo menção ao mesmo fato em (Ap 1:5-6)
"Àquele que nos ama, e em Seu sangue nos lavou dos nossos pecados, e nos fez reis e sacerdotes para Deus e Seu Pai; a Ele glória e poder para todo o sempre. Amém".
Afirmar que existe outro tipo de sacerdócio ou defender uma classe distinta dentro da igreja do Senhor como sendo uma casta diferenciada para o sacerdócio, não tem base alguma na Palavra de Deus; Essa afirmação seria meramente humana e ou em tradições humanas.
O dever do sacerdote desde o tempo do A.T é oferecer sacrifícios. No Velho Testamento os sacrifícios consistiam em animais imolados, enquanto que na dispensação da igreja, os sacrifícios dos sacerdotes, que são todos os crentes em Cristo Jesus são:
* O sacrifício do seu corpo - (Rm. 12:1); não um sacrifício morto, mas "vivo, santo e agradável", oferecido exclusivamente a Deus.
* O sacrifício de seus bens materiais - "Não vos esqueçais da beneficência e comunicação, porque, com tais sacrifícios, Deus se agrada". (Hb. 13:16).
* O sacrifício de louvor - "Portanto, ofereçamos sempre por Ele, a Deus, sacrifícios de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o Seu Nome". (Hb. 13:15).
Estes sacrifícios podem ser oferecidos, individualmente ou coletivamente.
Quando olhamos para o modelo de sacerdócio praticado no meio cristão hoje em dia, parodiando um linguajar do meio futebolístico, o que vemos em sua maioria, é o mesmo jogador cobrando o escanteio e correndo pra dentro da área pra fazer o gol. Vemos cristãos sendo privados de liberdade na participação da adoração pública, privados da liberdade que a palavra de Deus dá para o exercício do sacerdócio universal.
Recentemente em visita a um ajuntamento cristão vi um denominado “pastor” fazendo a abertura do culto, tocando instrumento, dando avisos, fazendo orações, pregando, cantando e ainda correndo pra chegar a porta do templo pra saudar a todos pessoalmente; ou seja: cobrando o escanteio e correndo para fazer o gol.
Infelizmente o SACERDÓCIO UNIVERSAL DE TODO CRENTE foi eliminado e substituído pelos monótonos serviços regulamentados e orientados dos nossos dias, prática herdada do romanismo ou judaísmo, que resulta numa multidão de sacerdotes mudos, apenas ouvintes.
Os deveres e privilégios dos sacerdotes à luz da bíblia, incluem oração pública, o testemunho para glória de Deus, o cuidado do povo de Deus, a pregação pública da palavra de Deus, o ensino público etc. A palavra de Deus em (Rom. 8:14; Gál. 5:18; João 16:13), revela com muita clareza que todos esses deveres devem ser postos em prática o tempo todo, e não apenas aos domingos. Não se limitam aos ajuntamentos da Igreja, sejam reuniões de adoração, de estudo bíblico ou de oração, mas abrangem toda a vida do crente, tanto dentro como fora dos lugares das reuniões, sejam eles salões, capelas, templos como queiram denominar. De acordo com o Novo Testamento, todo o povo de Deus é: "um reino sacerdotal e uma nação santa", (Êxodo 19:6; 1 Pedro 2:5-9).
Embora todos sejamos sacerdotes, não podemos esquecer que cada crente precisa dum Sacerdote diante de Deus, MAS não um líder religioso ou eclesiástico que detém todo o poder e autoridade na condução do culto a Deus. Esta necessidade é plenamente suprida na pessoa de nosso Senhor Jesus Cristo. O escritor aos Hebreus apresenta JESUS CRISTO como o nosso grande Sumo-Sacerdote, que se compadece das nossas fraquezas, porque em tudo foi tentado como nós, mas sem pecado. (Hb. 4:15).
Se de fato somos apegados a fiel palavra de Deus precisamos reconhecer o Senhor Jesus como nosso Grande Sumo-Sacerdote, um sacerdote santo e real. Será isto que encontramos na cristandade hoje em dia? Pelo contrário, a igreja, na sua maioria, voltou ao sistema romano-judaico de sacerdotes. Embora os crentes confessem crer no sacerdócio de todos os crentes, muitas “igrejas” criam um sacerdócio todo seu, fundamentados, não na palavra de Deus, mas nos seus regimentos, códigos de condutas, estatutos humanos etc, tornando assim:
a) Um grupo de homens escolhidos para o Serviço Divino; já há lugares em que nesse grupo de escolhidos tenha mulheres.
b) Uma hierarquia eclesiástica com títulos honoríficos que os distingue dos leigos. Títulos, muitas vezes, emprestados dos dons.
c) Vestes especiais para indicar que eles pertencem a uma casta diferenciada.
Deus ainda hoje conclama o Seu povo a separar-se destas práticas e se unirem simplesmente no Nome do Senhor Jesus em quem encontramos toda a suficiência.
Quando num ajuntamento verdadeiramente cristão todos atuam segundo o ensino bíblico do Novo Testamento, em relação ao sacerdócio universal, essa igreja será:
·                 Uma igreja cheia do Espírito, onde os seus membros participam regularmente das reuniões de oração;
·                 Uma igreja em que todos os membros são auxiliares práticos e colaboradores dos servos do Senhor na Sua Seara através do mundo;
·                 Haverá atitude e não ativismo na disseminação do Evangelho.
·                 Os membros de tal igreja serão constrangidos a viver num ambiente de amor, e não de disputas, no qual cada crente procura ajudar os outros em amor e num espírito de devotada consagração, estimulando-se uns aos outros ao amor e às boas obras.
Igrejas que se esforçam por agir de modo bíblico e escriturístico, no que tange ao sacerdócio universal, seus cultos, reuniões e serviços são dirigidos pelo Espírito Santo; e os dons distribuídos pelo próprio Senhor, desenvolvidos conforme a variedade da mesma, em comunhão fraternal e na dependência e liberdade de Cristo (1ª Cor. 12:4-l1; 14:26); a adoração sacerdotal subirá até ao Santuário celestial, que é o mais alto privilégio do sacerdócio da Igreja.

Fonte de pesquisa:
Bíblia sagrada,
Comentários de
William MacDonald
MdC

quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

ROMANOS 9:6-18 Versículo a versículo

ROMANOS 9:6-18
Versículo a versículo


VERSO 6. Não que a palavra de Deus haja faltado, porque nem todos os que são de Israel são israelitas;

“a palavra de Deus” – Neste contexto esta frase se refere às promessas da aliança do VT. As promessas de Deus são firmes (Nm 23.19; Is 40.8; 55.11; 59.21).
“haja faltado”
ARC “não que haja faltado”
ARA “não pensemos que a palavra de Deus haja falhado”
NTLH “não estou dizendo que a palavra de Deus tenha falhado”
BV “as promessas... ficaram sem valor?”
BJ “não é que a palavra de Deus tenha falhado”
Esta expressão (ekpiptō) foi usada na Septuaginta diversas vezes para referir-se à falha de algo (Is6.13) ou de alguém (Is 14.12).
É um INDICATIVO ATIVO PERFEITO, o que denota um estado do ser que tem resultados duradouros (mas isso é negado).
“porque nem todos os que são de Israel são israelitas”

ARC “porque nem todos os que são de Israel são israelitas”
ARA “porque nem todos os que são de Israel são, de fato, israelitas”
NTLH “nem todos os israelitas fazem parte do povo de Deus”
BV “os que vêm a Ele. Estes são verdadeiramente o seu povo.”
BJ “porque nem todos os que descendem de Israel são Israel”
O significado desta declaração paradoxal mexe com os diferentes significados bíblicos do termo
“Israel”:
(1) Israel, significando os descendentes de Jacó (Gn 32.22-32);
(2) Israel, significando o povo
eleito de Deus;
(3) Israel como povo espiritual, significando a Igreja (Gl 6.16; 1 Pe 2.8,9; Ap 1.6), em comparação ao Israel natural (vv. 3-6). Nem mesmo os judeus se mantiveram justos diante de Deus com base apenas na sua linhagem (v. 7), mas sim baseados na sua fé (2.28-29; 4.1 segs.; Jo 8.31-59; Gl 3.7-9; 4.23). Foi o remanescente crente que recebeu as promessas de Deus e andou nelas pela fé (9.27; 11.5).
O verso 6 começa uma série de supostas objeções (9.14,19,30; 11.1), continuando o formato paulino das diatribes, que transmitem a verdade por meio de um suposto opositor:
(Ml 1.2,6,7 [duas vezes],
12,13;2.14,17 [duas vezes];
3.7,13,14).
VERSO 7. Nem por serem descendência de Abraão são todos filhos; mas: Em Isaque será chamada a tua descendência.

A segunda metade deste versículo é a citação de Gn 21.12. Nem todos os filhos de Abraão eram filhos do pacto e da promessa de Deus (Gn 12.1-3; 15.1-11; 17.1-21; 18.1-15; Gl 4.23). Isto mostra a distinção entre Ismael e Isaque, nos vv. 8-9, e entre Jacó e Esaú, nos vv. 10-11.
VERSO 8. Isto é, não são os filhos da carne que são filhos de Deus, mas os filhos da promessa são contados como descendência.

Aqui Paulo está usando o termo “carne” para referir-se à descendência nacional (1.3; 4.1; 9.3,5). Está contrastando os filhos naturais de Abraão (os judeus de 9.3) com os filhos espirituais de Abraão (filhos da promessa; aqueles que confiariam pela fé no Messias prometido de Deus). Este não é o mesmo contraste de 8.4-11, a humanidade caída contra a humanidade remida.
VERSO 9. Porque a palavra da promessa é esta: Por este tempo virei, e Sara terá um filho.

Esta é uma citação de Gênesis 18.10,14. A criança prometida (“a semente”) viria de Sara, por iniciativa de Deus e no futuro resultaria no nascimento do Messias. Isaque foi o cumprimento especial da promessa de Deus a Abraão em Gn 12.1-3, treze anos antes.
VERSO 10. E não somente esta, mas também Rebeca, quando concebeu de um, de Isaque, nosso pai;

As esposas de Abraão, Isaque e Jacó eram estéreis. Não podiam engravidar. A incapacidade delas de ter filhos era um dos meios para Deus mostrar que Ele estava no controle do pacto e das promessas para a linhagem messiânica.
A outra forma é que a verdadeira linhagem messiânica nunca procede do filho mais velho dos patriarcas (como era esperado naquela cultura). A chave é a escolha de Deus (vv. 11-12).
VERSO 11-12. Porque, não tendo eles ainda nascido, nem tendo feito bem ou mal (para que o propósito de Deus, segundo a eleição, ficasse firme, não por causa das obras, mas por aquele que chama),12. Foi-lhe dito a ela: O maior servirá ao menor.

Os versículos 11 e 12 formam uma sentença em grego e são um relato tirado de Gn 25.19-34.
Este exemplo é usado para provar que foi escolha de Deus (v. 16), E não:
(1) linhagem humana,
(2)mérito ou realizações humanas (v. 16).
Este é o coração do evangelho, o novo pacto (Jr 31.31-34; Ez 36.22-36). Contudo, precisa ser lembrado que a escolha de Deus não significou exclusão, mas inclusão!
O Messias viria de uma semente seleta, mas viria para todos (que exercessem fé, cf. capítulo 10 vai nos ensinar).
9.11 “propósito” – Este é um termo composto de pro mais tithēmi, que tem diversos sentidos.
1. Em Rm 3.25:
a. Estabelecido publicamente;
b. Dom propiciatório.
2. Planejado de antemão:
a. Por Paulo (Rm 1.13);
b. Por Deus (Ef 1.9).
A forma SUBSTANTIVA (prothesis), usada neste texto, significa “pré-estabelecer”:
1.Referindo-se ao pão da proposição no Templo (Mt 12.4; Mc 2.26; Lc 6.4);
2.Referindo-se ao propósito redentor predeterminado de Deus (Rm 8.28; 9.11; Ef 1.5,11; 3.10; 2Tm 1.9; 3.10).
Paulo usa diversos termos compostos com a preposição pro (antes), nos capítulos 8 e 9 de Romanos e em Efésios capítulo 1: OBSERVE:
1. proginōskō – conhecido previamente (Rm 8.29);
2. proorizō – designado de antemão (Rm 8.29; Ef 1.5,11,30; Ef 1.9);
3. prothesis – propósito predeterminado (Rm 9.11);
4. proetoimazō – prefaciado antecipadamente (Rm 9.23);
5. prolegō – dito previamente (Rm 9.29);
6. proelpizō – esperado antecipadamente (Ef 1.12).
O Verso 12 é uma citação da profecia de Gn 25.23 relativa a Esaú e Jacó e mostra que Rebeca e Jacó atuaram de acordo com a profecia, não por ganância pessoal, em enganar Isaque a respeito da bênção!
VERSO 13. Como está escrito: Amei a Jacó, e odiei a Esaú.

“mas aborreci a Esaú” – Esta é uma citação de Ml 1.2-3. “Aborrecer” é uma expressão idiomática hebraica comparativa. Ela soa dura em nossa língua, mas compare Gn 29.31-33; Dt 21.15; Mt 10.37-38; Lc 14.26; e Jo 12.25. Os termos antropomórficos “amor” e “ódio” não estão descrevendo as emoções de Deus em relação a esses indivíduos, mas ao Seu comprometimento com a promessa e a linhagem messiânica.
Jacó era o filho da promessa, com base na profecia de Gn 25.23.
Esaú, em Ml 1.2-3, se referia à nação de Edom (os descendentes de Esaú).
VERSO 14. Que diremos pois? que há injustiça da parte de Deus? De maneira nenhuma.

Paulo usa freqüentemente esta forma de diatribe (3.5; 4.1; 6.1; 7.7; 8.31; 9.14,19,30).
“Que há injustiça da parte de Deus?” – Como Deus pode atribuir responsabilidade aos seres humanos, se a soberania de Deus é o fator decisivo (v. 19)?
Esse é o grande mistério da eleição. A chave para compreensão neste contexto é: Deus é livre para fazer o que quer com a humanidade (que é uma humanidade rebelde), CONTUDO a soberania de Deus é expressa em misericórdia (Ver nota no v. 15), não em poder ou brutalidade.
Também pode ser declarado que as escolhas soberanas de Deus não são baseadas no conhecimento prévio das futuras escolhas e ações humanas. Se fosse, as escolhas e ações e méritos individuais seriam a base final para a escolha de Deus (v. 16; 1 Pe 1.2).
Por trás dessa idéia está o tradicional ponto-de-vista dos judeus a respeito da prosperidade do justo (Dt 27-28; Jó e Sl 73). Mas Deus escolhe abençoar mesmo os indignos através da fé (não das obras). Deus sabe todas as coisas, mas escolheu limitar Sua escolha:
(1) em misericórdia e
(2) em promessa.
Há a necessidade de uma resposta humana, mas ela segue e finalmente confirma a escolha eletiva de Deus como transformadora de vida.
“De maneira nenhuma!” – Esta é uma FORMA OPTATIVA rara (em grego e em inglês), mas era
freqüentemente usada por Paulo para uma negação enfática, normalmente negando as objeções do seu oponente diatríbico (3.4,6,31; 6.2,15; 7.7,13; 11.1,11; ver também 1Co 6.15; Gl 2.17; 3.21; 6.14).
VERSO 15. Pois diz a Moisés: Compadecer-me-ei de quem me compadecer, e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia.

Esta é uma citação de Ex 33.19. Deus é livre para agir de acordo com Seus propósitos redentivos.
Mesmo Moisés não mereceu a bênção de Deus (Ex 33.20). A chave é que Suas escolhas são em misericórdia (vv. 16,18-23; 11.30,31,32).
VERSO 16. Assim, pois, isto não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus, que se compadece.
“misericórdia” ainda vs 15 – Esta palavra (eleos) é usada na Septuaginta (LXX) para traduzir o termo especial hebraico hesed, que significava “lealdade firme, de aliança” (vv. 15,16,18,23; 11.30,31,32). A misericórdia e a eleição de Deus são plurais, coletivas (dos judeus [em Isaque], não dos árabes [em Ismael]; de Israel [Jacó], não de Edom [Esaú], mas dos crentes judeus e dos crentes gentios, cf. v. 24), bem como dos indivíduos.
Esta verdade é uma das chaves para descobrir o mistério da doutrina da predestinação (redenção universal). A outra chave no contexto dos capítulos 9 a 11 é o caráter imutável de Deus, a Sua misericórdia (9.15,16,18,23; 11.30,31,32), e não na atuação ou obras humanas. A misericórdia através da eleição terminará alcançando a todos os que crêem em Cristo, aquele que abre a porta da fé para todos (5.18-19).
VERSO 17-18 . Porque diz a Escritura a Faraó: Para isto mesmo te levantei; para em ti mostrar o meu poder, e para que o meu nome seja anunciado em toda a terra.18. Logo, pois, compadece-se de quem quer, e endurece a quem quer.

O versículo 17 é uma citação de Ex 9.16; o versículo 18 é a conclusão obtida da referida citação.
Está registrado que Faraó endureceu o coração (Ex 8.15,32; 9.34). E está registrado também que
Deus endureceu o coração dele (Ex 4.21; 7.3; 9.12; 10.20,27; 11.10). Este exemplo é usado para mostrar a soberania de Deus
Temos no (v. 18) Paulo dizendo que Faraó é responsável por sua escolha. Deus usa a arrogância e obstinação pessoal do Faraó para cumprir a Sua vontade para Israel (v. 18).
Também note que o propósito das ações de Deus com Faraó foram redentivas e inclusivas na sua abrangência. A intenção delas era:
1. Mostrar o poder de Deus (contra os deuses egípcios);
2. Revelar Deus ao Egito e, por implicação, a toda a terra (v. 17).
O pensamento ocidental (americano) magnífica o indivíduo, mas o pensamento oriental focaliza a
necessidade de ver o aspecto coletivo. Deus usou Faraó para revelar a Si mesmo para um mundo necessitado e fará o mesmo com o Israel incrédulo (capítulo 11). Neste contexto, os direitos do indivíduo (ou de grupos pequenos) diminuem, à luz da necessidade coletiva. Vale lembrar os exemplos de tratamento pelo interesse coletivo maior, no VT:
1. Os primeiros filhos de Jó morreram depois da discussão de Deus com Satanás (Jó 1-2);
2. Os soldados de Israel morreram por causa do pecado de Acã (Js 7);
3. O primeiro filho de Davi com Batseba morreu por causa do pecado de Davi (2 Sm 12.15).
Todos somos afetados pelas escolhas e decisões de outros. Este aspecto corporativo pode ser visto no NT, em Rm 5.12-21.

FONTE DE PESQUISA
Biblia sagrada
Comentário biblico popular
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freebiblecommentary