segunda-feira, 21 de março de 2016

Será que sou Salvo?

1ª João 3:19 a 24
INTRODUÇÃO
Existe uma música infantil que diz: "Se o seu coração parar de bater agora, se você for embora, pra onde você vai?" É comum encontrar nas igrejas evangélicas pessoas que professaram a fé em Cristo, que foram batizadas e que participam da ceia, mas que duvidam ou não têm certeza da própria salvação. Diante dessa situação, surgem as seguintes perguntas: Como podemos ter certeza de que realmente nascemos de novo? Será que existem provas objetivas que confirmam a nossa salvação? Quais as características dos salvos?
Deus quer que tenhamos a certeza absoluta de nossa salvação. Não podemos viver nossa vida cristã nos perguntando e nos preocupando a
cada dia se realmente somos salvos. É por isso que a Bíblia coloca o plano de salvação de forma tão clara. João nos ensina que os salvos revelam certas características que os identificam como filhos de Deus, e ainda nos ajuda ao declarar que escreveu a sua primeira carta com a finalidade de fortalecer aqueles a quem escrevia sobre a certeza da salvação (Cap 5:13 ler).
A lição proposta aborda exatamente essa questão.
1. O SALVO AMA O PRÓXIMO E TEM PAZ DIANTE DE DEUS (V.19-20)
Na parte anterior do capítulo, especificamente no (vs 18 BV) “filhinhos deixemos de dizer apenas que amamos as pessoas; vamos amá-las realmente e mostrar isto pelas nossas ações”. João concluiu seu raciocínio advertindo seus leitores que o verdadeiro amor não deve ser somente verbalizado e ensinado, mas
praticado por todos que nasceram de novo. E ele prossegue dizendo: “E nisto conhecemos que somos da verdade” (3.19a). Com essas palavras, o apóstolo João confirma que o amor, traduzido em ações, é uma característica dos “salvos” dos que andam na verdade. Andar na “verdade” aqui nesse contexto significa: Andar em todo o fundamento do evangelho de Jesus em contraste com as mentiras procedentes dos falsos ensinadores (Cap 4:6). Ao praticarmos o genuíno amor, damos provas que de fato nascemos de Deus e que estamos trilhando no caminho certo.
O resultado destinado a todos que praticam o verdadeiro amor, diz João: “E diante Dele (Deus) tranqüilizaremos nossos corações” (3:19b). João queria ensinar que pela prática do legítimo amor, os fiéis em Cristo desfrutarão de uma consciência tranqüila diante de Deus, e assim, gozarão da convicção de que realmente
são salvos, de que nasceram de novo.
Por outro lado, sabendo que essa tranqüilidade interior pode ser perturbada por acusações, e que é possível que os cristãos enfrentem incertezas na vida, ele diz: “Sabendo que, se o nosso coração nos condena” (3:20a). João estava ciente que em algum momento a consciência (coração) dos seus leitores poderia acusá-los. Com o objetivo de preparar seus ouvintes para o confronto contra as acusações internas, o autor da carta os encoraja fundamentando-os no seguinte argumento: “maior é Deus do que o nosso coração, e conhece todas as coisas” (3.20b).
Na última parte do versículo 19, João disse que pela prática do amor os fiéis teriam seus corações tranqüilizados. Quando João afirma que Deus é maior e conhece tudo (v.20b), ele estava ensinando um princípio fortalecedor para todos que praticam o amor, isto é, quando a consciência nos acusa e tenta nos condenar,
devemos lembrar que amamos uns aos outros, e que essa atitude é uma marca dos verdadeiros filhos Deus. O Senhor que é maior que o nosso acusador e conhece plenamente as nossas vidas, nos concederá vitória.
2. O SALVO AMA O PRÓXIMO E TEM SUAS ORAÇÕES RESPONDIDAS (V. 21-22).
Uma vez que o coração é tranqüilizado pela prática do amor e pela ação soberana de Deus (v.19-20), o resultado óbvio será o gozo de uma consciência sossegada e não acusadora. É porisso que o apóstolo prossegue com o seguinte argumento: “Amados, se o nosso coração não nos condena” (3:21a). Agora, o coração não mais condena, porque o mesmo já foi acalmado conforme dito antes. João prossegue no texto apresentando outro benefício de um coração pacificado: “temos confiança para com Deus (3.21b)”. A confiança aqui descrita é uma referencia a liberdade para falar com Deus e se relacionar pacificamente com Ele; Ou seja: Oração.
Quando se tem paz e confiança para com o Senhor, os crentes que amam de verdade podem buscar a Deus com a convicção de que terão suas orações respondidas. O próprio João comprova essa verdade dizendo: “E qualquer coisa que lhe pedirmos, dele receberemos” (3.22a). É importante ressaltar que quando o apóstolo usa a expressão "qualquer coisa", ele não está afirmando que Deus fará TUDO conforme desejamos e pedimos. Pelo contrário, é tudo "segundo a sua vontade, ele nos ouve" (5:14). Portanto, um requisito exigido na carta para se ter orações respondidas é guardar os mandamentos de Deus, e fazermos o que é agradável a Deus (3.22b).  
3. O SALVO OBEDECE A CRISTO (V. 23-24).
Já vimos que a obediência aos mandamentos
do Senhor é um requisito para se obter as respostas das orações (3.22b). Quais são, então, esses mandamentos? João diz:
Que creiamos no nome de seu Filho Jesus Cristo, e  amemos uns aos outros, segundo o seu mandamento (3.23).
De acordo com o apóstolo João, crer em Jesus aponta para as seguintes verdades:
(1) afirmar a plena divindade do Filho de Deus em contraste com as heresias (2:22-23);
(2) confessar a completa humanidade de Jesus Cristo em oposição aos falsos mestres (4:2-3).
Crer no Filho aqui é uma postura de confiança e obediência aos ensinos da palavra de Deus, que nesse caso, refere-se tanto a divindade como a humanidade do nosso Salvador.
O outro lado do mandamento ensina o amor ao próximo conforme o próprio Cristo ordenou. {cf. Jo 13.34; 1ª Jo 3.11).
Todo aquele que confia plenamente na pessoa de Jesus Cristo, também deve amar ao próximo conforme Ele amou.
João continua dizendo que estar em Deus é a certeza de que Ele está em nós, e isso passa
indiscutivelmente pela nossa obediência aos
seus mandamentos: “E aquele que guarda os seus mandamentos nele está, e ele nele” (3.24a). O que o apóstolo pretende mostrar aqui, é que o novo nascimento não acontece apenas no âmbito espiritual, de forma invisível, mas que se manifesta objetivamente no mundo por meio de atitudes, entre elas, a plena confiança na pessoa de Cristo e o amor ao próximo.
O apóstolo conclui seu raciocínio, enfatizando que a presença do Espírito Santo nos crentes é uma evidência que Deus habita neles. O texto diz: “E nisto conhecemos que ele está em nós, pelo Espírito que nos tem dado” (3.24b).
Por que João encerra seu pensamento falando do Espírito e não da obediência aos mandamentos conforme vinha abordando?
A razão é:
Que é o Espírito Santo que HABILITA o crente para que ele creia e viva conforme os ensinamentos das Escrituras (4:2,12-13). Portanto, deixar o Espírito Santo atuar em nós é fundamental para vivermos em obediência aos mandamentos de Cristo.
Será que temos características que  evidenciam que somos verdadeiramente filhos de Deus? Amamos realmente o nosso próximo? Gozamos de uma consciência tranqüila diante do Senhor? As nossas orações são respondidas segundo a vontade de Deus? Obedecemos aos mandamentos de Cristo? Cremos em Jesus como Filho de Deus conforme a Bíblia o apresenta? Somos guiados pelo Espírito Santo? Será que podemos responder positivamente a essas questões?
Para João, o cristianismo autêntico não é apenas uma profissão de fé ou uma suposta transformação que ocorre somente no mundo espiritual. Os verdadeiros filhos de Deus são aqueles que depois de regenerados pelo Espírito Santo agem em conformidade com os princípios do Reino de Cristo. De acordo o apóstolo, todos aqueles que professam um novo nascimento deverão evidenciar essa realidade por meio de certas ações que estão em harmonia com os ensinos das Escrituras.
Quando vivermos em submissão a vontade do Senhor, evidenciamos uma nova vida e a certeza da nossa salvação em Jesus Cristo.
MdC





segunda-feira, 7 de março de 2016

O que prevalece em nosso coração: Amor ou Ódio?

1ª João 3:11-18

11 Porque a mensagem que ouvistes desde o princípio é esta: que nos amemos uns aos outros;
12 não segundo Caim, que era do Maligno e assassinou a seu irmão; e por que o assassinou? Porque as suas obras eram más, e as de seu irmão, justas.
13 Irmãos, não vos maravilheis se o mundo vos odeia.
14 Nós sabemos que já passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos; aquele que não ama permanece na morte.
15 Todo aquele que odeia a seu irmão é assassino; ora, vós sabeis que todo assassino não tem a vida eterna permanente em si.
16 Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos dar nossa vida pelos irmãos.
17 Ora, aquele que possuir recursos deste mundo, e vir a seu irmão padecer necessidade, e fechar-lhe o seu coração, como pode permanecer nele o amor de Deus?
18 Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade.
Introdução:
O apóstolo João, aqui nessa parte de sua carta, dá continuidade ao assunto sobre quem de fato pertence a Deus, quem de fato pertence a família de Deus. João se utiliza outra vez, como disse na última lição, de uma espécie de teste para provar quem faz parte da família de Deus; O Teste do Amor. Ele retoma o assunto do cap 2:7-17 (Ler).
Desde o tempo que Jesus andou aqui na terra é ensinado que o amor pelos irmãos é uma obrigação estipulada por Deus.
O que de fato prevalece em nosso coração: Amor ou Ódio? Isso determina a quem de fato pertencemos.
VERSO 11”... Que nos amemos uns aos outros”.
O amor aqui descrito por João não se trata de mera cordialidade, nem afeição humana, mas amor Divino.
Não se tratava de uma novidade, mas algo que ouviam desde o princípio. Ou seja: Desde os ensinos de Jesus e de seus apóstolos. É amar como Cristo nos amou.
É verdade que ninguém é capaz de amar dessa forma com suas próprias forças. Isto só é possível mediante o poder do Espírito Santo que habita em nós.
Aquele que ainda não possui o Espírito Santo habitando seu coração é incapaz de amar como Cristo ensinou e espera de cada um. Daí a razão de João afirmar que o Amor é uma característica de que alguém pertence à família de Deus.
VERSO 12 – “não segundo Caim, que era do Maligno e assassinou a seu irmão;...”
Para falar dessa evidencia de conversão, de regeneração, João volta ao primeiro registro na P.D de um homem que não amou seu irmão.
Caim demonstrou que era do maligno quando assassinou o seu irmão Abel.
O que estava por detrás dessa atitude de Caim? Diz o texto: “porque as suas obras eram más...” Observe que João não diz que as obras de Caim se tornaram más, diz sim que “Eram más”. As obras de Caim faziam parte de uma natureza que nunca havia experimentado uma regeneração.
VERSO 13 – “Não vos admireis se o mundo vos odeia”
Uma boa maneira de compreender o que João está a dizer aqui é traduzir sua exclamação: “Vocês não precisam ficar surpresos se o mundo vos odeia”.
Quanto mais se manifesta amor, mais o mundo reage de forma ingrata e intolerante.
Lembram do que aconteceu com Jesus?
Diz a bíblia: “Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam...”
Disse Pilatos: “Que farei então de Jesus chamado Cristo? Responderam: Crucifica-o, crucifica-o!”
O Ódio é tão presente na natureza humana que tudo que vem da parte de Deus ou dos que são seus é razão para o mundo odiar.
Temos nas palavras de João aqui no verso 13 um principio básico da existência humana que é: A perversidade odeia a justiça, daí a razão de o mundo odiar os crentes. Basta voltarmos nossos olhos para os países islâmicos. Quantos crentes que por sua vida piedosa e justa estão sendo mortos?
A vida justa de um crente lança luz à perversidade de um incrédulo.
VERSO 14 – “Nós sabemos que já passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos;...”
Percebam a força contida nessas palavras do apóstolo:
Nós sabemos que passamos da morte para vida por quê?
Porque amamos os irmãos!
Olha aí João aplicando o que chamamos no início de “teste”.
O que indica que somos salvos? Que passamos da morte para a vida? Amor aos irmãos.
Irmãos! É impressionante como um cristão verdadeiro desenvolve uma atitude completamente diferente em relação aos cristãos. Essa é uma das maneiras pelas quais a pessoa pode ter certeza da salvação. Frutos, marcas, evidências das características de Jesus em nós.
VERSO 15 – “Todo aquele que odeia a seu irmão é assassino;...” O mundo não considera o ódio algo abominável, mas Deus o chama de assassino.
Aqui, uma reflexão mais rebuscada, mostra que o ódio é o germe do assassinato.
Veja esse verso na NTLH “Quem odeia o seu irmão é assassino, e vocês sabem que nenhum assassino tem em si a vida eterna.”
Nenhum assassino tem em si a vida eterna – Observe que a idéia aqui não é de ter perdido a salvação, mas um indicativo de que não tem vida eterna em si. Outra versão diz: “Não tem vida eterna permanente”
Quando o ódio não prevalece em nossos corações é indicativo de qual passamos da morte para vida. Ou seja: Tivemos uma real experiência com o Salvador.
VERSO 16 – “Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos dar nossa vida pelos irmãos.”
O Sr. Jesus nos deu o exemplo supremo de amor ao entregar sua vida por nós.
O amor apesar de ser invisível, pode ser sentido, pode-se ver as suas manifestações.
A cruz do calvário é a mais alta manifestação de amor verdadeiro.
João usa o exemplo de cristo pra nos dar uma lição: “Devemos dar a nossa vida pelos nossos irmãos”.
VERSO 17 – “Ora, aquele que possuir recursos deste mundo, e vir a seu irmão padecer necessidade, e fechar-lhe o seu coração, como pode permanecer nele o amor de Deus?”
Enquanto o verso 16 sugere o Maximo que podemos fazer para nosso irmão (dar a vida) o verso 17 sugere o mínimo.  João deixa dúvidas: “Quem vir seu irmão padecer necessidades e fechar-lhe o coração, não é cristão.”
VERSO 18 – “Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade.”
O amor não deve ser restrito a termos afetuosos, nem expresso com hipocrisia, mas com atitudes, com atos de bondades e genuínos. Vejamos o que diz Paulo sobre as características do amor que Deus espera de nós em 1ª Co 13
CONCLUSÃO: Sem que merecêssemos Deus nos amou e esse amor continua sendo derramado sobre nossas vidas até a consumação dos séculos.
Sabedores dessas verdades o que prevalece em nossos corações? Amor? Ódio?
A P.D nos ensinou hoje que o amor verdadeiro demonstrado, não com palavras, mas com ações, atitudes é prova que fato pertencemos a Deus, que somos verdadeiramente filhos.
MdC