sábado, 29 de maio de 2021

EIS QUE ESTOU A PORTA E BATO

 EIS QUE ESTOU A PORTA!


Em Apocalipse 2–3, João narra que o Sr Jesus dirigiu uma carta a cada uma  das sete igrejas na Ásia Menor.

Eram cartas individualizadas contendo instrução, repreensão e encorajamento às igrejas locais. 

Para a última igreja de Laodiceia, que era uma igreja morna, Jesus apelou urgentemente: "Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo" (Ap 3:20).


A figura de Jesus parado à porta e batendo é usada, não raras as vezes, como uma ilustração da oferta de salvação de Jesus para as pessoas: se apenas "abrisse a porta do coração" e deixasse Jesus entrar em na vida, tudo haveria de ficar bem. Mas em (Ap 3:20), Jesus não está pedindo que um indivíduo seja salvo; Ele está buscando um lugar na igreja! 

É triste pensar em Jesus parado do lado de fora da igreja, batendo e querendo um lugar, mas  é o que Jesus estava a fazer. 

Na igreja de Laodiceia não havia lugar para o Cabeça da igreja; estavam convencidos em sua prosperidade e ativismo religioso.

Jesus foi deixado do lado de fora; Ele era um estranho para o coração de toda a igreja.


A maioria das sete cartas continha um elogio, uma reclamação ou crítica, uma ordem e um compromisso de Jesus. Mas a igreja de Laodiceia, assim como a igreja-irmã espiritualmente morta em Sardes, não merecia palavras de aprovação de Jesus. 

Os crentes de Laudicéia eram autoconfiantes, cheios de justiça própria e indiferença espiritual. Pior ainda, a igreja desconhecia a sua condição miserável.


Jesus fez uma crítica contundente à igreja de Laodicéia: "Conheço as obras que você realiza, que você não é nem frio nem quente. Quem dera você fosse frio ou quente! Assim, porque você é morno, e não é nem quente nem frio, estou a ponto de vomitá-lo da minha boca. 

Mas você  diz: 'Sou rico, estou bem de vida e não preciso de nada.' Mas você não sabe que é infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu'" (Ap 3:15-17).


Em seu estado orgulhoso, satisfeito de si e espiritualmente cego, a igreja de Laodiceia era inútil no reino de Deus. Figuradamente, Jesus emitiu Seu mandamento, chamando os membros da igreja a trocarem a sua justiça falsificada pela verdadeira (Ap 3:18). Ele conclama a igreja a ser zelosa e se arrepender (vs 19).


O apelo de Cristo foi sincero e urgente: "Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo" (Ap 3:20). O apelo do Senhor também foi pessoal. Ele falou ao crente  indivídualmente e  usou palavras singulares como alguém, sua e ele. Cristo estava convidando todos na igreja a experimentarem uma comunhão íntima com Ele. E mesmo que Seu desejo fosse que toda a igreja respondesse e abrisse-lhe a porta, em última análise, cabia ao crente, individualmente decidir.


Jesus sabe que nem todos responderão a Seu convite e abrirão a porta para um relacionamento com Ele. Muitos, como aqueles que viviam em Laodiceia, escolherão rejeitar o Seu chamado. Mornos e com o coração endurecido, permanecerão cegos ao fato de terem aceito uma justiça falsa (Hb 3:7–8). Para eles, Jesus dirá: "Eu nunca conheci vocês. Afastem-se de mim" (Mt 7:21–23). Infelizmente, não entrarão no reino dos céus.


Durante o Seu ministério na Terra, Jesus fez um grande esforço para demonstrar que a justiça chega até nós como um dom somente pela fé. Ter a justiça de Cristo, pela graça através da fé, é a única maneira de entrar no reino dos céus (Rm 3:24–25; 2a Co 5:21; Ef 2:4-8).


Ao dizer "Eis que estou à porta e bato", Jesus estava convidando os crentes da igreja de Laodiceia a reconhecer sua miserável condição espiritual e receber Seu autêntico dom de salvação. Como o apóstolo Paulo, os laodiceianos precisavam perceber sua absoluta dependência de Cristo: "Na verdade, considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor. Por causa dele perdi todas as coisas e as considero como lixo, para ganhar a Cristo e ser achado nele, não tendo justiça própria, que procede de lei, mas aquela que é mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus, baseada na fé" (Fp 3:8–9).


Para aqueles que abrem a porta, Jesus promete uma comunhão íntima, representada como desfrutando de uma refeição juntos. E também oferece esta grande recompensa: "Ao vencedor, darei o direito de sentar-se comigo no meu trono, assim como também eu venci e me sentei com o meu Pai no seu trono" (Ap 3:21). Essas palavras foram o compromisso de Cristo com a igreja de Laodiceia.


Jesus continua a dizer a cada um de nós hoje: "Eis que estou à porta e bato!". 

Para igrejas cheias de cristãos nominais, Ele envia Seu convite sincero à plena comunhão. Aquele que possui as chaves do reino dos céus (Mt 16:19; Ap 1:18; 3:7) chama todos a ouvirem a Sua voz e abrirem a porta para que Ele possa entrar e compartilhar uma união íntima conosco. 

Todos quantos respondem só apelo de Jesus Cristo, garante a porta aberta da vida eterna e a recompensa de governar com Ele no céu.

A Deus somente seja a glória!

Missionários do Cerrado

quarta-feira, 21 de abril de 2021

 

APRENDENDO A LIDAR COM AS INCERTEZAS

 

Eu sei que tudo que fazes é bom, porque Tu és bom; por isso eu Te peço: ensina-me a conhecer e obedecer às tuas ordens escritas. Salmos 119:68


Ter equilíbrio emocional e fé em tempos difíceis os quais vivemos é primordial. Ajuda-nos a lidar com as dificuldades do caminho, com maior paz, serenidade e confiança.
Conviver com os medos, incertezas, solidão e até a raiva é uma maneira de cuidar de nós mesmos. Pra isso basta nos voltarmos para as palavras do salmista dita ao próprio Deus: “Eu sei que tudo que fazes é bom, porque Tu és bom...” Não precisamos - e não podemos nos sentirmos bem o tempo todo, mas é necessário, como crentes, ter ciência de que tudo que Deus faz é bom e de que ELE é bom.

Não há duvidas que seja importante investigar e identificar quais situações nos desperta incertezas e ansiedades e fornecer a calma necessária para superá-las. Embora o tempo que estamos vivendo seja difícil, é possível seguir em frente. Nem tudo está perdido, sempre há luz no fim do túnel quando se tem certeza, como o salmista, de que Deus é bom.

Como o sabor do chocolate, os dias podem ser amargos ou doces. Um monge francês do século XVII, certa vez escreveu: "Se soubéssemos o quanto Deus nos ama, estaríamos sempre prontos a receber de sua mão, igualmente, o doce e o amargo".

Daí você pergunta: Aceitar igualmente o doce e o amargo? É difícil! Mas sobre o que o monge francês estava a falar? A resposta está nos atributos de Deus. Dentre tantos o salmista destaca “a bondade de Deus”. "Tu és bom e fazes somente o bem; ensina-me teus decretos" (Salmos 119:.68).

Em meio as incerteza dos tempos que vivemos que eu e você possamos lembrar de nos manter no presente, e no que pode ser feito hoje, ainda que o medo e a incerteza tragam qualquer tipo de insegurança.

Mesmo se nada for como era antes, a vida nos convida a seguir. Que nos dias desafiadores e cinzentos não nos esqueçamos do que realmente importa; Cristo Jesus e a preciosidade de sua palavra

Assim como os Maias valorizavam o chocolate amargo por suas propriedades medicinais, que possamos ver nos dias amargos e cinzentos o seu valor. Eles nos tornam cientes de nossas fraquezas e nos ajudam a ser mais dependentes de Deus.

Portanto, abracemos a vida, seja na doçura ou na amargura, certos e seguros da bondade de Deus e presença constante Dele.

Que possamos dizer: "Muitas coisas boas me tens feito, Senhor, como prometeste" (Salmos 119:65).

Quando aceitamos os dias difíceis, incertos com calma, aprendemos a ser confiantes e resilientes. Dessa forma, estamos prontos para transformar a dor em algo bom. Ganhamos uma nova versão.

Estamos preparados para uma versão melhor do que somos hoje e que ainda está por vir?

A Deus somente seja a Glória!

Roney M Carvalho