domingo, 3 de março de 2024

O que a Bíblia diz a respeito de tatuagens brincos e piercings?

                                                                            

2 Coríntios 5.17  –                                                     Gálatas 2.20 - I Coríntios 10: 23 a 31 - I Corintios 3:16-17

Conhecida como “Body Modification“, 
a prática de fazer modificações no corpo tem atraído a muitos,   principalmente jovens e adolescentes. Um pouco menos radical e bem mais comum entre a galera, está o uso de piercings e tattoos.

ORIGEM
De acordo com estudos feito por antropólogos usar a pele para tatuar imagens e introduzir adornos é um costume que vem de civilizações muito antigas. Achados arqueológicos (alguns com mais de 4 mil anos) comprovam seu uso em várias culturas primitivas, como Egito, Índia, Nepal, Malásia, Tailândia, Maia, Asteca, Nova Zelândia, etc…
A popularização de tais práticas nos grandes centros urbanos advém dos anos 70, com os punks e hippes na Inglaterra e o movimento gay nos EUA. No inicio da década de 70 era comum nos EUA os gays usarem o brinco como indicativo de ser o Ativo ou o Passivo, na relação homossexual como por ex: Caso o brinco estivesse na orelha direita era um indicativo de que era o Ativo na relação homosexual, caso na esquerda indicava ser o passivo, caso nas duas orelha era indicativo que o gay agia como ativo e passivo na relação homossexual. A moda chegou ao Brasil com força total na década de 80, primeiramente entre as “tribos” do underground e culturas alternativas, se disseminando entre artistas e roqueiros, espalhando-se depois entre as mais diversas camadas sociais tornando-se um símbolo pop.
SIGNIFICADOS DIVERSOS
A origem dos piercings e tatuagens está ligada a costumes de muitas civilizações antigas, e possuem vários significados de acordo com cada época e cultura.
No Egito, piercings no umbigo eram identificadores de realeza e beleza. Uma forma de cultuar o corpo e a sensualidade.
Os Maias usavam tatuagens e piercings por motivos religiosos, estéticos e também para inibir os inimigos.
No oriente (China, Japão), a tatuagem era uma espécie de homenagem a uma determinada divindade.
No Império Romano, os escravos eram tatuados como sinal de senhorio. Entre os hebreus perfurar a orelha simbolizava um pacto de escravidão (Ex 21.6).
Em várias culturas antigas, a tatuagem era feita por feiticeiros, como parte de rituais de passagem ou de cultos pagãos, crendo que o sangue que saía das feridas levava consigo os espíritos malignos.
Na Europa do séc. XVII, a tatuagem passou a ser usada pelos marujos como um talismã, distinguindo-os dos demais.
No Holocausto, nazistas, tatuavam os prisioneiros judeus para ofenderem sua fé e dignidade.
Em algumas regiões da Europa e também nas Américas, era comum as prostitutas levarem uma marca de seus cafetões, como um atestado de propriedade.
Os membros da máfia japonesa Yakuza, tatuavam grande parte do corpo como prova de coragem e de fidelidade à gangue.
Nas últimas décadas popularizou-se o uso de tatuagens por presidiários, que tatuam o corpo com marcas que revelam sua personalidade, exibem o delito que cometeu, diferenciam a facção à qual pertencem ou ainda servem como uma espécie de código, com alguma mensagem oculta.
Tatuagens e Piercings são frequentemente relacionados à atitude de agressividade e rebeldia, com uma conotação de rompimento com os pais, o núcleo familiar e a sociedade vigente. Uma maneira de externar descontentamento e o desejo de uma vida alternativa, marginal, contrária à ordem estabelecida. Inclusive alguns setores profissionais simplesmente não contratam funcionários que tenham qualquer tipo de modificação em seu corpo, alegando que alguns adereços transgridem a visão de seriedade que a empresa ou instituição deseja transmitir.
A classe médica também tem suas restrições. Inúmeros estudos e pesquisas têm apontado os riscos de tais práticas que, mesmo seguindo todas as prescrições de higiene e realizadas por profissionais devidamente habilitados, podem acarretar infecções das mais severas, abscessos, alergias, quelóides e até hemorragias.
1. O que a Bíblia diz sobre Tatuagem?
O único texto que fala a respeito de tatuagem na Bíblia encontra-se em Levítico 19:28: “Pelos mortos não dareis golpes na vossa carne; nem fareis marca alguma sobre vós. Eu sou o SENHOR.” (Edição Almeida Revista e Corrigida).
28 “Não fareis incisões na vossa carne por um morto, nem fareis figura alguma no vosso corpo. Eu sou o Senhor”. Edição ave Maria.
Este texto faz parte de um conjunto de leis dadas por Deus ao povo de Israel. O contexto desse texto é o mesmo de outros mandamentos tais como a proibição de tocar em algum animal morto (Lv 5:2), de comer carne de porco (Dt 14:8) ou de se sentar na mesma cadeira onde antes se assentara uma mulher que estava “menstruada” (Lv 15:20). Tais práticas são inocentes em si mesmas. Elas foram consideradas erradas no antigo Israel por causa de sua associação com práticas pagãs.
Agora quais leis expressam o caráter e a santidade de Cristo? Quais podem ser identificadas como fruto produzido pelo Espírito Santo na vida de um indivíduo?
Podemos encontrar a resposta verificando quais delas se repetem em outros textos das Escrituras e do Novo Testamento. Com esta regra simples e básica de hermenêutica aplicada às  leis citadas acima, não é difícil concluir que:
a) mesmo desfrutando da Graça de Deus e tendo sido libertos da escravidão da Lei, espera-se que aquele que foi justificado por Cristo não furte mais, não busque vingança e honre os pais e também os anciãos;
b) por outro lado, não há em nenhum outro lugar da Bíblia, além da Lei Mosaica, algo que indique ser pecado  o ato de “fazer marcas no corpo”.
É verdade porém, que existem várias citações bíblicas que condenam quaisquer rituais em favor dos mortos. Não encontramos na Bíblia  condenação ao ato puro e simples de fazer marcas no corpo,
MAS a Bíblia, a Palavra de Deus é explicitamente contra fazer QUALQUER COISA, sejam elas o que for (Tatuagens, pircings, brincos, fumar, beber, dançar, jogar, malhar. Ouvir músicas, etc) se as mesmas tiverem qualquer tipo de relação com:
Homenagem a mortos, Hedonismo, idolatria etc..
O hedonismo (do grego hedonê, “prazer”, “vontade”) é uma teoria ou doutrina filosófico-moral que afirma ser o prazer o supremo bem da vida humana. Surgiu na Grécia, e importantes representantes foram Aristipo de Cirene e Epicuro.
O significado do termo em linguagem comum, surgiu no iluminismo e designa uma atitude de vida voltada para a busca egoísta de prazeres momentâneos. Com esse sentido, “hedonismo” é usado para designar o culto ao corpo, à beleza, à personalidade etc.
2. O que a Bíblia diz sobre Piercing, brincos e ou arrecadas (alargadores)?
Encontramos na Palavra de Deus alguns textos que fazem referência a isso. Gênesis 35:4 e Êxodo 32:2-3 descrevem homens e mulheres que usavam brincos nas orelhas como um tipo de adorno. Em Ezequiel 16:12 o brinco feminino aparece como uma jóia presenteada pelo próprio Deus. Tal adereço aparece também em outros textos, e em nenhum deles é tido como algo que o Senhor não aprova.
O texto usado como base para condenar o uso de brincos (para os homens) e piercings em geral, encontra-se em Êxodo 21:1-6: “Então seu SENHOR o levará aos juízes, e o fará chegar à porta, ou ao umbral da porta, e seu senhor lhe furará a orelha com uma sovela; e ele o servirá para sempre” (Ex 21:6).
Aqui lemos que a prática de perfurar a orelha entre os judeus era símbolo de uma aliança de escravidão voluntária. Todas as pessoas que vissem um homem com orelha furada saberiam que ele escolheu, de livre e espontânea vontade, ser escravo de alguém. Note que não é uma referência ao uso de brincos, mas sim ao ato de furar a orelha.
Tal costume também fazia parte do conjunto de Leis dado ao povo de Israel, e não encontramos nenhuma recomendação ou proibição a esta prática nos Livros Proféticos ou no Novo Testamento, concluindo ser, portanto, algo específico para aquele povo e para aquela época.
Sendo assim, se alguém está convencido de que brincos, piercings e tatuagens eram uma questão moral para o povo de Israel, então tal pessoa deve se abster delas. A Bíblia não declara que existia falhas morais envolvidas no uso de um piercing ou uma tatuagem.
ENTÃO É PECADO OU NÃO USAR TATUAGENS OU PIRCINGS?
O texto de 1 Coríntios 6:12 alerta: “Tudo me é lícito, mas nem tudo me convém”. Nem tudo é conveniente para o cristão, mesmo não sendo pecado. Há que se usar o bom senso em cada situação.
O jovem cristão que pensa em praticar algo ou se utilizar de algum tipo de adorno que transforme permanentemente – ou não – o seu corpo, precisa antes ponderar séria e demoradamente sobre algumas questões:
1. Por que quero fazer isso no meu corpo?  (LER) “…quer vocês comam, bebam, ou façam qualquer outra coisa, façam tudo para glória de Deus.” (I Co 10:31)
2. Isto prejudicará outras pessoas? (LER) “…façamos o bom propósito de não colocar pedra de tropeço ou obstáculo no caminho do irmão.” Rm 14:13
2.1- Visa o Bem estar de nossos semelhantes?  –(LER)  “Não vos torneis causa de tropeço, nem para Judeus, nem para gentios, nem tão pouco, para a igreja de Deus”.
Aqui Paulo divide a humanidade em três classes de pessoas:
> Judeus – Evidentemente a nação de Israel
> Gentios – São todos os não judeus ainda não convertidos a Cristo
> Igreja de Deus – Todos os convertidos a Cristo, sejam eles judeus ou gentios.
A advertência aqui é que não usemos nossos direitos que são legítimos, de modo que sejamos causa de tropeço para outros.
3. Esta decisão viola de alguma maneira a autoridade dos meus pais, dos meus líderes espirituais ou governo? (LER) “Aquele que se rebela contra a autoridade está se colocando contra o que Deus instituiu” (Rm 13.2)
4. Vai causar algum tipo de mal ao meu corpo? (LER)  “O homem bom cuida bem de si mesmo, mas o cruel prejudica o seu corpo.” (Pv 11:27)
5. Vai deformar de alguma forma a minha dignidade humana? (LER) “Vivam de maneira digna da vocação que receberam.” Ef 4:1
6. Apresenta alguma aparência do mal?  (LER) “Fujam da aparência do mal.” (I Ts 5:22)
7. A natureza do que pretendo fazer é para satisfazer desejos carnais ou é para satisfação espiritual?  (LER) “Tudo o que fizerem, seja em palavra ou em ação, façam-no em nome do Senhor Jesus” (Cl 3.17)
8. Trará edificação ou a glória de Deus? (LER) “Vocês foram comprados por alto preço. Portanto, glorifiquem a Deus com o seu próprio corpo.” (1 Co 6.20)
9. Posso testemunhar da minha fé enquanto faço isso? (LER)  “Estejam sempre preparados para responder a qualquer pessoa que lhes pedir a razão da esperança que há em vocês.” (1 Pe 3.15)
10. Minha consciência terá paz se eu fizer assim? (LER) “Combata o bom combate, mantendo a fé e a boa consciência…” (I Tm 1:18-19)
* Uma resposta honesta a cada uma dessas perguntas é o que deverá definir sua escolha. São questões pessoais e diretamente ligadas à consciência, personalidade,  e principalmente ao seu caráter de cristão.
Como agir diante de situações como essas relatadas? É só, com a direção do Espírito Santo em nossas vidas, analisarmos a palavra de Deus como se apresenta abaixo.
É lícito? Ou seja tem amparo na lei de seu pais?
É conveniente? Ou seja é apropriado ou prudente a um crente fazê-lo?
É Edificante? Ou seja Produz alguma edificação ou crescimento a você e aos que lhe cercam?
I Coríntios 10:23
         LÍCITO        CONVÉM        EDIFICA
Legal, Que tem amparo na leiQue é conveniente ou que é apropriado,  ou prudenteEdificante, que produz edificação ou crescimento espiritual.
 Missionários do Cerrado


   

terça-feira, 19 de julho de 2022

O que a Bíblia diz sobre namorados crentes dormirem juntos?

 O que bíblia diz sobre namorados crentes dormirem juntos


Essa é uma pergunta que muitos jovens, dito crente, tem me feito em algumas conversas que tenho com eles.


Digo, dito crente, porque não consigo acreditar que um (a) jovem que teve uma real experiência de salvação e que tem o Espírito Santo de Deus como guia e orientador, tenha dúvidas quanto a esse assunto.


Não existe outra forma de responder a esse questionamento que não buscando respostas na Bíblia, única regra de fé e prática do crente verdadeiro.


Vamos à Palavra de Deus:


Gênesis 2.24 “Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne”. Essa instrução dada por Deus a Moisés é reforçado pelo Senhor Jesus em (Mateus 19.5); (Marcos 10.7). O apostolo Paulo também reforça a mesma ideia em (1ª Coríntios 6.16) quando diz “Ou não sabeis que o homem que se une à prostituta forma um só corpo com ela? Porque, como se diz, serão os dois uma só carne”.                       O que significa isso? Significa que qualquer relacionamento que transpareça, que aparente união conjugal só tem a aprovação de Deus mediante o casamento. E qualquer relacionamento fora do casamento é considerado impuro por Deus, e mais ainda: Vai receber o merecido julgamento, O escritor aos (Hebreus 13.4) registrou que: “Digno de honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula; porque Deus julgará os impuros e adúlteros”.


Portanto a ideia de namorados dormindo juntos em casa um do outro não é ideia de DEUS. Trata-se de ideia humana e diabólica, além de forte aparência do mal. A Bíblia ainda nos diz em (1ª Tessalonicenses 5.22) “abstende-vos de toda forma [aparência] de mal”.


O Jovem Cristão precisa ter extremo cuidado com as ideias, modismos e sugestões provenientes do sistema pecaminoso que governa sobre o mundo. Paulo exorta em (Colossenses 2.8) “Cuidado que ninguém vos venha a enredar [levar cativo] com sua filosofia e vãs sutilezas, conforme a tradição dos homens, conforme os rudimentos do mundo e não segundo Cristo”. Ou seja, qualquer ideia que parta da mente humana e não possui respaldo da Palavra de Deus, é pecado.                                    (Efésios 5:3) nos diz: “Mas a prostituição, e toda a impureza ou avareza, nem ainda se nomeie entre vós, como convém aos santos”.


Qualquer coisa que possa apenas “sugerir” imoralidade sexual, como namorados dormindo juntos, é inadequada para um cristão e afronta a Deus.                               A Bíblia não nos dá uma “lista” do que se qualifica como “sugestão” ou tampouco nos diz especificamente quais são as atividades físicas aprovadas para um casal de namorados. Contudo, o fato de a Bíblia não mencionar especificamente o assunto não significa que Deus aprove atividades “pré-sexuais” fora do casamento. Em essência, as “preliminares” existem para que marido e esposa fiquem “prontos” para o sexo.     Qualquer coisa que possa ser considerada como “preliminar” não convém a namorados crentes e não tem a aprovação de Deus (não há necessidade de entrarmos em detalhes).


Infelizmente em nossos dias existem pais crentes, alguns deles até se denominam pastores, não só apoiam essa ideia do mundo, como preparam um o ambiente que seja propicio para o filho trazer a namorada para dormirem juntos.                      Toda e qualquer atividade sexual deve ser restrita a casais (marido e esposa).


Então; O que pode fazer um casal de namorados antes do casamento? Um casal de namorados, antes do casamento, deve evitar qualquer atividade que os tente em direção ao sexo, que dê a aparência de imoralidade ou que possa ser considerada como parte de “preliminares”.                     Quanto mais um casal (marido e esposa) tiver a compartilhar exclusivamente entre si, mais especial e único será o relacionamento sexual dentro do casamento.


Que Deus ilumine a todos nós e nos dê o discernimento espiritual tão fora de moda nos dias atuais.


A Deus somente seja a glória


MdC

sábado, 29 de maio de 2021

EIS QUE ESTOU A PORTA E BATO

 EIS QUE ESTOU A PORTA!


Em Apocalipse 2–3, João narra que o Sr Jesus dirigiu uma carta a cada uma  das sete igrejas na Ásia Menor.

Eram cartas individualizadas contendo instrução, repreensão e encorajamento às igrejas locais. 

Para a última igreja de Laodiceia, que era uma igreja morna, Jesus apelou urgentemente: "Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo" (Ap 3:20).


A figura de Jesus parado à porta e batendo é usada, não raras as vezes, como uma ilustração da oferta de salvação de Jesus para as pessoas: se apenas "abrisse a porta do coração" e deixasse Jesus entrar em na vida, tudo haveria de ficar bem. Mas em (Ap 3:20), Jesus não está pedindo que um indivíduo seja salvo; Ele está buscando um lugar na igreja! 

É triste pensar em Jesus parado do lado de fora da igreja, batendo e querendo um lugar, mas  é o que Jesus estava a fazer. 

Na igreja de Laodiceia não havia lugar para o Cabeça da igreja; estavam convencidos em sua prosperidade e ativismo religioso.

Jesus foi deixado do lado de fora; Ele era um estranho para o coração de toda a igreja.


A maioria das sete cartas continha um elogio, uma reclamação ou crítica, uma ordem e um compromisso de Jesus. Mas a igreja de Laodiceia, assim como a igreja-irmã espiritualmente morta em Sardes, não merecia palavras de aprovação de Jesus. 

Os crentes de Laudicéia eram autoconfiantes, cheios de justiça própria e indiferença espiritual. Pior ainda, a igreja desconhecia a sua condição miserável.


Jesus fez uma crítica contundente à igreja de Laodicéia: "Conheço as obras que você realiza, que você não é nem frio nem quente. Quem dera você fosse frio ou quente! Assim, porque você é morno, e não é nem quente nem frio, estou a ponto de vomitá-lo da minha boca. 

Mas você  diz: 'Sou rico, estou bem de vida e não preciso de nada.' Mas você não sabe que é infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu'" (Ap 3:15-17).


Em seu estado orgulhoso, satisfeito de si e espiritualmente cego, a igreja de Laodiceia era inútil no reino de Deus. Figuradamente, Jesus emitiu Seu mandamento, chamando os membros da igreja a trocarem a sua justiça falsificada pela verdadeira (Ap 3:18). Ele conclama a igreja a ser zelosa e se arrepender (vs 19).


O apelo de Cristo foi sincero e urgente: "Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo" (Ap 3:20). O apelo do Senhor também foi pessoal. Ele falou ao crente  indivídualmente e  usou palavras singulares como alguém, sua e ele. Cristo estava convidando todos na igreja a experimentarem uma comunhão íntima com Ele. E mesmo que Seu desejo fosse que toda a igreja respondesse e abrisse-lhe a porta, em última análise, cabia ao crente, individualmente decidir.


Jesus sabe que nem todos responderão a Seu convite e abrirão a porta para um relacionamento com Ele. Muitos, como aqueles que viviam em Laodiceia, escolherão rejeitar o Seu chamado. Mornos e com o coração endurecido, permanecerão cegos ao fato de terem aceito uma justiça falsa (Hb 3:7–8). Para eles, Jesus dirá: "Eu nunca conheci vocês. Afastem-se de mim" (Mt 7:21–23). Infelizmente, não entrarão no reino dos céus.


Durante o Seu ministério na Terra, Jesus fez um grande esforço para demonstrar que a justiça chega até nós como um dom somente pela fé. Ter a justiça de Cristo, pela graça através da fé, é a única maneira de entrar no reino dos céus (Rm 3:24–25; 2a Co 5:21; Ef 2:4-8).


Ao dizer "Eis que estou à porta e bato", Jesus estava convidando os crentes da igreja de Laodiceia a reconhecer sua miserável condição espiritual e receber Seu autêntico dom de salvação. Como o apóstolo Paulo, os laodiceianos precisavam perceber sua absoluta dependência de Cristo: "Na verdade, considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor. Por causa dele perdi todas as coisas e as considero como lixo, para ganhar a Cristo e ser achado nele, não tendo justiça própria, que procede de lei, mas aquela que é mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus, baseada na fé" (Fp 3:8–9).


Para aqueles que abrem a porta, Jesus promete uma comunhão íntima, representada como desfrutando de uma refeição juntos. E também oferece esta grande recompensa: "Ao vencedor, darei o direito de sentar-se comigo no meu trono, assim como também eu venci e me sentei com o meu Pai no seu trono" (Ap 3:21). Essas palavras foram o compromisso de Cristo com a igreja de Laodiceia.


Jesus continua a dizer a cada um de nós hoje: "Eis que estou à porta e bato!". 

Para igrejas cheias de cristãos nominais, Ele envia Seu convite sincero à plena comunhão. Aquele que possui as chaves do reino dos céus (Mt 16:19; Ap 1:18; 3:7) chama todos a ouvirem a Sua voz e abrirem a porta para que Ele possa entrar e compartilhar uma união íntima conosco. 

Todos quantos respondem só apelo de Jesus Cristo, garante a porta aberta da vida eterna e a recompensa de governar com Ele no céu.

A Deus somente seja a glória!

Missionários do Cerrado

quarta-feira, 21 de abril de 2021

 

APRENDENDO A LIDAR COM AS INCERTEZAS

 

Eu sei que tudo que fazes é bom, porque Tu és bom; por isso eu Te peço: ensina-me a conhecer e obedecer às tuas ordens escritas. Salmos 119:68


Ter equilíbrio emocional e fé em tempos difíceis os quais vivemos é primordial. Ajuda-nos a lidar com as dificuldades do caminho, com maior paz, serenidade e confiança.
Conviver com os medos, incertezas, solidão e até a raiva é uma maneira de cuidar de nós mesmos. Pra isso basta nos voltarmos para as palavras do salmista dita ao próprio Deus: “Eu sei que tudo que fazes é bom, porque Tu és bom...” Não precisamos - e não podemos nos sentirmos bem o tempo todo, mas é necessário, como crentes, ter ciência de que tudo que Deus faz é bom e de que ELE é bom.

Não há duvidas que seja importante investigar e identificar quais situações nos desperta incertezas e ansiedades e fornecer a calma necessária para superá-las. Embora o tempo que estamos vivendo seja difícil, é possível seguir em frente. Nem tudo está perdido, sempre há luz no fim do túnel quando se tem certeza, como o salmista, de que Deus é bom.

Como o sabor do chocolate, os dias podem ser amargos ou doces. Um monge francês do século XVII, certa vez escreveu: "Se soubéssemos o quanto Deus nos ama, estaríamos sempre prontos a receber de sua mão, igualmente, o doce e o amargo".

Daí você pergunta: Aceitar igualmente o doce e o amargo? É difícil! Mas sobre o que o monge francês estava a falar? A resposta está nos atributos de Deus. Dentre tantos o salmista destaca “a bondade de Deus”. "Tu és bom e fazes somente o bem; ensina-me teus decretos" (Salmos 119:.68).

Em meio as incerteza dos tempos que vivemos que eu e você possamos lembrar de nos manter no presente, e no que pode ser feito hoje, ainda que o medo e a incerteza tragam qualquer tipo de insegurança.

Mesmo se nada for como era antes, a vida nos convida a seguir. Que nos dias desafiadores e cinzentos não nos esqueçamos do que realmente importa; Cristo Jesus e a preciosidade de sua palavra

Assim como os Maias valorizavam o chocolate amargo por suas propriedades medicinais, que possamos ver nos dias amargos e cinzentos o seu valor. Eles nos tornam cientes de nossas fraquezas e nos ajudam a ser mais dependentes de Deus.

Portanto, abracemos a vida, seja na doçura ou na amargura, certos e seguros da bondade de Deus e presença constante Dele.

Que possamos dizer: "Muitas coisas boas me tens feito, Senhor, como prometeste" (Salmos 119:65).

Quando aceitamos os dias difíceis, incertos com calma, aprendemos a ser confiantes e resilientes. Dessa forma, estamos prontos para transformar a dor em algo bom. Ganhamos uma nova versão.

Estamos preparados para uma versão melhor do que somos hoje e que ainda está por vir?

A Deus somente seja a Glória!

Roney M Carvalho

segunda-feira, 12 de outubro de 2020

A SALUTAR IMPÔRTANCIA DE O CRENTE EM REUNIR-SE

 

“Apeguemo-nos firmemente, sem vacilar, à esperança que professamos, porque Deus é fiel para cumprir sua promessa. Pensemos em como motivar uns aos outros na prática do amor e das boas obras. E não deixemos de nos reunir, como fazem alguns, mas encorajemo-nos mutuamente, sobretudo agora que o dia está próximo” (Hb 10:23-25NVT).


A nossa salvação é gratuita porque não existe preço que pague, e não temos que pagar nada; é de graça porque Jesus já pagou tudo.

Agora, viver a nossa Salvação é algo caríssimo. Significa viver uma vida dedicada a Deus e separada do mundo. Estas duas coisas andam juntas. É impossível haver dedicação da vida a Deus sem separar-se do mundo. Deus e o mundo são incompatíveis. Diz o apóstolo João: “Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele” (1ª Jo 2:15).

O texto de Hebreus traz-nos a exortação que Deus é fiel ao que prometeu. Deus fez promessas na pessoa de Seu Filho Jesus, e cada crente pode colocar sua fé e esperança nEle com a certeza de que Deus cumprirá Suas promessas. O texto nos exorta também que animemos uns aos outros para o amor e para as boas obras. Dessa exortação surge a pergunta: “Como posso animar meus irmãos em Cristo a amarem e fazerem boas obras?” Será que me importa de que modo cada irmão vive? Ou pensamos não ser da nossa conta o que nosso irmão ou irmã faz ou está a viver?

Se esse é o nosso pensamento, vale lembrar que esse é o espírito de Caim que perguntou: “Acaso sou eu o guardador do meu irmão? É evidente que somos todos guardadores do nosso irmão. Dizer que o que acontece com o nosso irmão não nos afeta é ser culpado de um grande pecado.

Ha no texto de Hebreus ainda outra exortação que para concretizar as anteriores mencionadas precisamos obedecê-la de igual modo: “e não deixemos de nos reunir...”

PORQUE É IMPORTANTE NOS REUNIR COMO IGREJA?

1. Porque é ordem de Deus - Não é só um mero conselho. Não é algo optativo; é tão obrigatório quanto qualquer um dos mandamentos feitos por Ele. Não é simplesmente satisfazer o desejo do líder; é uma ordem de Deus a qual não se pode menosprezar.  “Mas ó homem, quem és tu, que a Deus replicas” (Rm 9:20). Uma ordem de Deus não cumprida é tão pecado como outro qualquer.

2. Congregar é um modo de nos encorajarmos uns aos outros - “E não deixemos de nos reunir, como fazem alguns, mas encorajemo-nos mutuamente, sobretudo agora que o dia está próximo”. As pessoas que mais precisam de ajuda e encorajamento são aquelas que amam a igreja de Jesus Cristo e querem vê-la prosperar em sua obra. A igreja é uma fábrica para Cristo, e todos os membros precisam estar em sua área de atuação. A igreja é uma escola de instrução religiosa e todos os seus membros devem ser alunos fiéis.

A igreja é um farol para Cristo e cada membro precisa deixar sua luz brilhar diante dos homens, para que eles vejam suas boas obras e glorifiquem a Deus. É pecado colocar esconder a nossa luz. É claro que não precisamos fazer um desfile de nossas boas obras, a fim de receber o louvor dos homens, mas devemos praticá-las diante dos homens, para que Deus seja glorificado. Se o motivo de nossas obras for mostrá-las para nossa própria glória nisso estaremos pecando, assim como é pecado esconder nossas obras fingindo humildade.

3. Não pode haver igreja sem os crentes reunidos - A palavra “igreja” significa assembléia; e assembléia é uma congregação de pessoas. Se os membros não se reunirem, não poderá haver uma igreja. A única igreja invisível descrita na Bíblia é a igreja universal (não a do Edir Macedo), mas a união de todos os crentes de todas as eras e em todos os lugares a qual o ser humano não pode ver.

CONCLUSÃO

Existem nos ajuntamentos cristãos os que dão ofertas enormes e que por isso parecem mais importantes ou até relevantes, porém o mais importante é a freqüência regular nas reuniões da igreja. Deus precisa em sua igreja de crentes fiéis e que essa fidelidade também seja demonstrada no obedecer à ordem imperativa de Deus “Não deixem de reunir-se...”.

Arrisco em afirmar que entre dar dinheiro e freqüentar as reuniões da igreja, o mais importante para Deus e “Não deixar de congregar-se”.

 Se tiver que deixar de fazer um dos dois, então deixe o dinheiro de lado e congregue, reúna com sua igreja! A Igreja de Jesus é composta por homens e mulheres que um dia tiveram uma real experiência com Deus.

Deus nos abençoe afim de que possamos compreender que Deus quer o seu povo reunido e que o reunir-se não constitua em um peso, mas num prazer em realizar a vontade Daquele que nos salvou.

A Deus somente seja a glória!

 

 

segunda-feira, 28 de setembro de 2020

DEUS PROCURA ADORADORES




JOÃO 4:5-14;19-26


O texto traz a narrativa do encontro do Sr. Jesus Cristo com uma mulher Samaritana, onde numa conversa, ELE mostra que a verdadeira adoração, embora seja uma expressão material, é essencialmente espiritual.

A expressão “adorar” é empregada 10 vezes nesse texto, não sem motivos, mas porque indica o valor não só da palavra, mas o valor que o Senhor Jesus Cristo dá a “adoração”.

Muitas vezes:

Ø Preocupamo-nos com o lugar do culto;

Ø Preocupamo-nos com o processo de como vai transcorrer o culto.

Ø A verdadeira e principal preocupação do crente deve ser “o espírito do culto”.

Ou seja:

Ø O que podemos oferecer a Deus no culto, ou

Ø O que temos para oferecer a Deus em nossos cultos.

Ø A Adoração precisa e deve ser a primordial ocupação da igreja e do crente individual.

Aprendemos com o Sr. Jesus aqui, nesse diálogo com a Samaritana, que Deus não procura evangelista, Ele não procura pastores ou mestres, Ele não procura professores, Ele não procura colaboradores etc para sua igreja. Estes ele os dá. (1º Cor 12:28-31).

Diz o texto: “DEUS PROCURA ADORADORES”. Para todos os demais serviços da igreja, ele os tem ou dá à igreja, PORÉM tratando-se de Adoradores, ELE PROCURA.                                                              

O que é Adoração? 

É um ato de tão elevada expressão que por maior esforço que façamos, teremos dificuldades em defini-la. É um ato de contemplação de Deus.  Adoração é uma alma piedosa, aproximando-se do criador e pela fé contemplando a beleza, a glória, a majestade a perfeição infinita do Supremo Criador. Adoração de Deus e não de mim mesmo.                                                                                          

Seres humanos não nascem adoradores, não nascem prontos para servir a Deus de modo aceitável. 

PENSEMOS SOBRE

AS CONDIÇÕES PRA QUE HAJA ADORAÇÃO

1º É necessário que haja regeneração - O homem natural não tem capacidade para adorar a Deus, nem tem o direito aos privilégios do Reino de Deus. O Senhor não aceita a adoração de quem não se submete aos termos de sua aliança. (Sl 50:16-17) ”Mas ao ímpio diz Deus: De que serves repetires os meus estatutos, e teres nos lábios a minha aliança, uma vez que aborreces a disciplina e rejeitas as minhas palavras?”

O pecador não regenerado não pode ver o Reino de Deus. (Jo 3:3) “... se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus”.  E também não pode compreender as coisas espirituais; (I Co 2:12-16)

2º É necessário que seja em espírito (Verso 24). Significa estar de conformidade com a natureza de Deus. “Deus é espírito e importa que seus adoradores o adorem em Espírito e em verdade.”

Deus quer ser adorado em espírito, e para que isso seja possível, Deus por meio de Jesus Cristo nos conferiu uma natureza espiritual, mediante o nascer de novo.

3º É necessário que seja em verdade (Jo 4:24) Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade”.

Isto diz respeito aos motivos e a vida do adorador.

Se é verdade que a natureza do culto, exige uma adoração em espírito, também é verdade que os motivos em adorá-lo têm que ser em verdade.

Temos que trazer a presença do Senhor:

Ø  Um espírito cheio de sinceridade, honestidade e verdade.

Ø A vida de um adorador deve ser coerente com sua profissão de fé.

OS BENEFICIOS DA ADORAÇÃO

Embora o objetivo do adorador seja sempre dar e nunca receber, mesmo assim, temos a grata satisfação de sermos beneficiados quando adoramos.

Os benefícios:

a) Visão do Senhor – “Eu vi o Senhor” disse Isaías. De fato adoramos o Senhor, quando o vemos com os olhos da fé. Vemos DEUS por meio de seu filho o Senhor Jesus Cristo.

b) Consciência da nossa própria indignidade-Esse é outro beneficio da adoração. Consciência de própria indignidade!  “Ai de mim! Estou perdido! Sou homem de lábios impuros” disse Isaias.

É isto que precisamos reconhecer na presença do Senhor. A NOSSA PRÓPRIA INDIGNIDADE.

Lembram dos servos no passado? “Eu não sou digno que entres na minha casa!” “Eu não sou digno de desatar-lhe as sandálias!” Eu não sou digno...

Como tem sido as adorações hoje em dia? Entra na minha casa, entra na minha vida etc, etc...

c) A Adoração nos habilita pra o serviço – Depois de contemplar o Senhor, “Eu vi o Senhor”, Depois de reconhecer sua própria indignidade “Sou homem de lábios impuros” o profeta pôde então dizer: “Eis me aqui Senhor, Envia-me a mim!”

A RESPONSABILIDADE DE ADORAR A DEUS

 

Cada crente precisa Ter a consciência de ser um adorador, “a quem Deus procura” (Jo 4:23).

Muitos crentes tem a idéia errada de que só podemos adorar a Deus num culto público. Sem dúvida a adoração coletiva é um privilégio que nem um crente sincero deveria desprezar ou até mesmo ignorar. É uma grande benção podermos compartilhar dos ajuntamentos onde podemos oferecer sacrifícios vivos que são agradáveis a Deus.

A adoração que o crente presta individualmente a Deus no dia a dia é um excelente exercício espiritual.

 

CONCLUSÃO: Somente um cristão verdadeiro pode oferecer um culto espiritual e inteligente em contraste com o culto formal, que é cheio de ritualismo pomposo, onde os adoradores sequer sabem a quem estão adorando (Jo 4:22).

Ø Qual tem sido sua real e verdadeira preocupação quando se reúne para adorar?

Ø O que você tem pra oferecer quando se reúne para adorar?

Ø Sua adoração parte de um coração regenerado?

Ø Sabemos de fato a quem estamos adorando?

Ø Quando se reúne para adoração, você tem consciência de sua própria indignadade?

Que o Sr. Jesus nos dê a graça de compreendermos essas verdades sobre a adoração que Deus espera de cada um de nós. Que tenhamos a real consciência de que Deus procura adoradores, que o adorem em espírito e em verdade.

MdC

 

sexta-feira, 7 de agosto de 2020

SOCIEDADE SEM PAIS?

 


Certa feita uma criança descreveu o dia dos pais da seguinte maneira: “O Dia dos Pais é como o Dia das Mães, a diferença é que não gasto muito dinheiro com presente”. Não deixa de ser uma grande verdade né?

Muito mais pais vão à igreja no Dia das Mães do que no próprio Dia dos Pais. O Dia das Mães é, sem duvida, um dia em que a igreja é mais freqüentada pelos pais do que propriamente no dia dos pais. Infelizmente o Dia dos Pais é um dos que os pais menos freqüentam a igreja.
As mães, no seu dia, querem ir à igreja com suas famílias e depois sair para almoçar ou celebrar. Mas no Dia dos Pais, muitos pais preferem ficar em casa e tirar um cochilo.
Para tristeza e vergonha nossa, os homens não estão se destacando como as mães costumam se destacar, claro com suas exceções. Também em menor proporção existem mães que são terrivelmente negligentes.

Em linhas gerais, as mães são mais presentes na vida dos filhos, enquanto que, muitos pais estão desaparecidos do verdadeiro exercício da paternidade e do exercício do sacerdócio.
Moisés foi um retrato dessa afirmação anterior. A Bíblia diz que Moisés havia negligenciado suas responsabilidades no lar não circuncidando seu filho. Assim, sua esposa, Zípora, fez isso sozinha e ficou muito chateada com Moisés. (Êx 4:24–26).
Esse é o caso em muitos lares cristãos nos dia atuais. A esposa não apenas está fazendo o trabalho dela, mas também o trabalho do marido. Isso porque grande parte dos pais não tem exercido o sacerdócio no lar.
Geralmente tem sido a esposa que diz: “Devemos orar”. É a esposa que tem dito: “Ei, você vai ler uma história da Bíblia para as crianças e orar com elas antes de irem para a cama?” É a esposa que diz: “Precisamos nos arrumar para irmos ao templo cultuar a Deus”.
Cada vez mais, menos pais, tem tomado a iniciativa no lar, transferindo assim essa responsabilidade para as suas esposas.
Note o que a Bíblia diz aos pais: “Pais, não irritem seus filhos; antes criem-nos segundo a instrução e o conselho do Senhor” (Ef 6:4). Esta afirmação pressupõe que o pai está presente na vida do lar.

Na cultura do primeiro século era quase impossível um pai abandonar suas responsabilidades no lar. No entanto, hoje em dia, o que deveria ser regra tem se tornado uma exceção.
Os pais e seus exemplos de vida são de suma importância na vida dos filhos, porque eles baseiam seus pontos de vista com relação a Deus, em seus pais. Os pais são um representante de Deus para os filhos aqui na esfera terrena.
Geralmente os filhos transferem seu relacionamento com seus pais terrenos para o Pai celestial. Se seu pai terreno é mau, severo ou até abusivo, os filhos tendem a ver Deus também dessa forma. Se o pai terreno é um pai distante, ausente e pouco comunicativo, os filhos costumam considerar que Deus também o é.

Sabe por quê? Porque nós “pais” somos para os filhos como que um espelho.
Precisamos saber que Deus não é assim. Deus é amor, carinho, afeto. É benigno, misericordioso e compassivo. Ao mesmo tempo, Deus é justo e santo. Os pais, se não são, precisam ser um representante de Deus para seus filhos. É por isso que o papel deles é tão vital no lar, dentro de suas casas.

O trabalho dos pais é treinar os filhos, educá-los no caminho do Senhor. Não preciso lhe dizer que seu filho é um pecador, assim como você é um pecador, e como todos somos pecadores.
Nenhum pai teve que ensinar seus filhos a pecar. Nunca precisaram dizer: “Filho, hoje eu vou te ensinar como pecar. Ao contrário, o pecado veio naturalmente para eles, assim como veio para mim – assim como vem para todos. Portanto, precisamos cuidar para que nossos filhos venham a Jesus e desenvolvam seu próprio relacionamento com Deus.
Nada, em absoluto pode acontecer através de nós, se primeiro não tiver acontecido conosco. Paulo escreveu: Continuem a pôr em prática tudo quanto aprenderam de mim e me viram fazer, e o Deus de paz será com vocês.            (Fp 4: 9 B.V).
Algumas coisas DE NÓS E EM NÓS são capturadas pelos nossos filhos e outras são ensinadas. Moisés deixou-nos ensinos sobre isso; observe: E você deve meditar sempre nestes mandamentos que hoje estou ordenando os quais você deve ensinar aos seus filhos. É preciso que você converse sobre estas leis quando estiver em casa, quando estiver andando por algum caminho, na hora de dormir e logo ao despertar! (Dt 6: 6–7 B.V).
Ter momentos de ensino com os filhos deve ser uma coisa diária, um estilo de vida, porque os filhos precisam ver nossa fé em ação.
Na cultura em que estamos inseridos, estamos a perder pais em um ritmo jamais visto. Um especialista afirmou que corremos o risco de nos tornarmos uma sociedade sem pai.
Praticamente todos os males sociais de hoje se devem ao fato de pais terem abandonado suas responsabilidades, pais que se afastaram e não estão fazendo o que Deus os chamou a fazer.
Existem estudos que mostram que pessoas vindas de lares sem pai têm maiores taxas de suicídio, de prisões e uso de drogas e álcool, entre outras coisas. Se nós pais fizéssemos o que somos chamados a fazer e tomássemos a iniciativa de liderar em nossas casas, isso mudaria toda a sociedade. Faria toda a diferença se fossemos, de fato, homens de Deus.
Precisamos estar em nossos lares. Já passou da hora de nos tornarmos homens de Deus. Nosso papel é de suma importância. Sejamos fieis!

Missionários do Cerrado