quarta-feira, 28 de março de 2018

A CEIA DO SENHOR


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Propósito Principal
As igrejas dos tempos apostólicos celebravam a Ceia do Senhor no primeiro dia da semana (At 20.7), acompanhando-a com louvores, adoração e outras atividades espirituais (1ª Co 14).
Com o passar do tempo e com a influência romanista trazida da reforma protestante, a observação da ceia se degenerou e a significação dela se perdeu.
O Senhor Jesus, através da Ceia, deu ao Seu povo uma recordação simbólica, pela qual temos o privilégio de refrescar a memória, ter comunhão com Ele e mostrar confiança na Sua volta.
A Palavra de Deus, especialmente na dispensação da igreja, não estabelece ritual nem procedimento para esta reunião. Em (1ª Co 11.23-29) temos que, o essencial, é que se recorde do Senhor, cada um participando do pão e do cálice como Ele mesmo ordenou.
O motivo pelo qual o Sr. Jesus instituiu a Ceia é para recordação do Senhor, porém muitas vezes Ele é o ultimo a ser lembrado. Infelizmente durante as reuniões para a Ceia do Senhor há discursos sobre a gloriosa posição dos crentes, e longas "ações de graças" por bênçãos materiais recebidas tais como: saúde, emprego, promoções, aquisições etc; mas a recordação devia ser de Cristo na Sua perfeição – a maravilha da Sua encarnação e da Sua vida imaculada, o valor da sua morte expiatória, para Deus e para os homens, a glória da Sua ressurreição e exaltação, a suficiência do Seu ministério sacerdotal, e a esperança da Sua volta e do Seu reino eterno.
É Cristo mesmo e não nós e as nossas bênçãos que devem encher os nossos pensamentos e ser o centro da nossa adoração no momento da Ceia do Senhor. A Ceia deveria oferecer a oportunidade para adoração coletiva como fruto da meditação espiritual que nos conduz à verdadeira adoração ao Pai e ao Filho, o que infelizmente não acontece, em razão da herança romanista, onde apenas um realiza tudo.
Não é prudente no momento da Ceia do Senhor, ocupar muito tempo contemplando "nosso passado negro e triste"; o adorador, purificado pelo sangue, deixou pra trás os seus pecados, sabendo que Deus "Se esqueceu deles" (Is 44.22).
Deus procura adoradores, e o nosso privilégio é exatamente esse: Adorar! Sem dúvida, a Ceia não é a única ocasião em que adoramos "em espírito e em verdade", ou "entramos no santuário", pois estas expressões da Palavra de Deus não se referem primariamente a reuniões e, sim, à atitude constante de adoração e comunhão que deve caracterizar a vida do crente. Contudo, na Ceia a adoração e o ministério sacerdotal do Povo de Deus podem e devem ser amplamente exercitados.
Quando na Ceia, somos dirigidos pelo Espírito Santo (como devíamos ser em qualquer outra reunião e em tudo em nossa vida), nela reinam a ordem e a decência: ordem espiritual nos louvores, nas orações e nas exposições (ou simples leitura) das Escrituras.
O momento da Ceia do Senhor não é para ensinar, exortar, apresentar, promover etc, e sim o momento onde toda a atenção do crente deve se voltar para Cristo, quem Ele é e o que Ele fez.
Existe um hino de J.I. Freire, que traz a seguinte expressão: "Tu és o imã que nos atrai" uma referência sem dúvida às palavras do Senhor Jesus Cristo quando, falando aos judeus com respeito à Sua morte, Ele disse: "Eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a Mim" (Jo 13.32).
A figura do imã, empregada pelo autor do hino, aparentemente descreve a poderosa atração que o Senhor Jesus exerce para com o coração do crente, ou melhor, dizendo, para com os corações dos crentes unidos como o Seu rebanho, com referência especial à Ceia do Senhor. Ali, atraídos e comovidos pela recordação do Seu amor, sentimo-nos impelidos ao louvor e a adoração.
Mas afinal o que é um imã? Um pedaço de metal, geralmente ferro ou aço, que tem propriedade magnética, que atrai para si outros objetos metálicos.
Jesus disse: "Eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a Mim".
Mesmo depois de mais de dois mil anos, os crentes atraídos como que pelo imã, não cessam de meditar, falar, discutir e escrever sobre o grande feito de Cristo como prova do grande amor de Deus para com eles (Rm 5.8).
Na Ceia, os dois símbolos sagrados nos falam da Sua morte por nós, da nossa comunhão com Ele na Sua morte, e da Sua presença conosco "todos os dias até a consumação do século". Será que o amor do Senhor verdadeiramente nos atrai nessa ocasião, fazendo os nossos corações "arder em nós" (Lc 243.32) para louvor e adoração?
Será que como crentes verdadeiros, ficamos cada vez mais atraídos pelas constantes provas do Seu amor e da Sua fidelidade para conosco?  
Quanto mais O conhecemos, tanto mais Ele Se mostra o verdadeiro IMÃ que nos atrai.
"Até que Ele venha" (1ª Co 11.26) – assim a igreja deve se lembrar Dele na Ceia. E então?... Naquele último dia da igreja na terra, "O Senhor descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois nós, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles... para o encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor" (1ª Ts 4.16-17). O nosso IMÃ atrair-nos-á para Si, levando-nos para  os céus, para estarmos eternamente com o Senhor.
CONCLUINDO, Que possamos ter sempre como motivo principal da Ceia  a recordação do Senhor, pois assim a Igreja "anuncia a morte do Senhor, até que Ele venha". "FAZEI isto, em memória de Mim".
Fonte de Pesquisa:
Bíblia Sagrada ERA
Comentários de Richard Jhones
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