sábado, 27 de abril de 2019

Como tem sido o seu linguajar?


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"O que contamina o homem não é o que entra na boca, mas o que sai da boca, isso é o que contamina o homem" (Mt 15:11).
A Bíblia, a palavra de Deus que é a única regra de fé e pratica do cristão nos diz que, todo aquele que com a boca confessa a Jesus como seu Salvador, e com o coração crê para a salvação, é feito nova criatura, passando por uma transformação total em seu ser.
Há uma transformação na mente, e as coisas antigas dão lugar a coisas novas. Afinal, vinho novo não pode ser colocado em odres velhos, muito menos remendo de pano novo em veste velha (Mc 2:21-22). É aqui que entra o assunto em epigrafe. Como tem sido o meu linguajar? Como tem sido o seu linguajar? Como tem sido o nosso linguajar? Todos sabemos que hábitos ruins e modos de conversação não cabem mais em uma nova vida, em alguém que se diz “nova criatura em Cristo”.
Significa dizer que também há mudança no nosso falar. Alguém que nasceu de Deus não pode estar ainda preso à uma linguagem que antes cultivava e sim ser um canal no qual Deus manifesta a Sua Graça aos que ainda não foram alcançados.
Às vezes nosso modo de expressar é uma manifestação de nosso temperamento natural, de quando ainda não éramos  salvos. Não deveria ser assim nossa conduta como Servos do Altíssimo. Pessoas de pavio curto são as que mais se metem em encrenca por abrirem a boca quando não deveriam.
Embora já crentes no Senhor Jesus e habitados pelo Espírito Santo, ainda está presente em nós o “pavio curto” que é a natureza velha que precisamos fazer morrer a todo instante. Mas não podemos pensar que o poder de controlar nossa boca venha de nós mesmos. Precisamos a todo tempo depender do Senhor, e estar em comunhão com ele, para que "sejam agradáveis as palavras da nossa boca e a meditação do nosso coração" (Sl 19:14).
"Põe, ó Senhor, uma guarda à minha boca; guarda a porta dos meus lábios", diz o salmista no capítulo 141:3 reconhecendo sua fraqueza neste sentido.
Nossas palavras são o resultado de nossa vida de comunhão com Deus. Se o que mais alimenta a minha alma e ocupa o meu coração são coisas que dizem respeito ao Reino Eterno, então será isso o que minha boca produzirá. Agora se o que mais alimenta a minha alma e ocupa o centro do meu ser, são coisas mundanas, chocarrices, palavras, ações e imagens torpes então será isso que produzirá os meus lábios. Por isso precisamos atentar sempre para os ensinos que o Senhor nos traz por meio de sua palavra.  Salomão em toda sua sabedoria disse: "O que guarda a sua boca e a sua língua guarda a sua alma das angústias" (Pv 2:23), e o apostolo Tiago acrescenta: "se alguém entre vós cuida ser religioso, e não refreia a sua língua, antes engana o seu coração, a religião desse é vã." (Tg 1:26).
Quero agora deixar por um pouco de tempo “as palavras reprováveis” que porventura venhamos a utilizar em nossa comunicação, para dizer que Deus espera dos que lhe são fieis, que transmitamos sempre em nosso linguajar algo que vá agregar aos nossos ouvintes coisas saudáveis e edificantes. Observe a exortação de Paulo: "A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para que saibais como vos convém responder a cada um" (Cl 4:6). O apóstolo também aconselhou Timóteo a ser "o exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, no amor, no espírito, na fé, na pureza" (1 Tm 4:12).
Você logo identifica como está a comunhão de alguém com o Senhor só pelo seu falar, pois "do que há em abundância no coração, disso fala a boca." (Mt 12:34). Você também irá identificar o grau de santidade que essa pessoa atribui a Deus quando ela vier com alguma piada, palavras e conversas.
A voluntariedade excessiva  pode também se refletir no falar, daí o conselho de Paulo a Tito, não apenas para os jovens que deveria aconselhar, mas para o próprio Tito: "Exorta semelhantemente os jovens a que sejam moderados. Em tudo [Tito] te dá por exemplo de boas obras; na doutrina mostra incorrupção, gravidade, sinceridade, linguagem sã e irrepreensível, para que o adversário se envergonhe, não tendo nenhum mal que dizer de nós." (Tt 2:6-8).
Às vezes precisamos, ao responder a alguém,  parar e perguntar: O que é que estou defendendo aqui, minha reputação ou a reputação do Senhor? Claro, Estou falando para salvos! Para isso me volto para o que Paulo escreve e serve para quando o sangue sobe à cabeça, o coração dispara e a boca fica seca porque por uma ofensa recebida. Se no passado éramos mais criteriosos em escolher as palavras, dependendo do tamanho de quem nos ofendia, em tempos de redes sociais a musculatura dos dedos de quem nos escreve não nos intimida e aí partimos para o ataque. Porém a Palavra de Deus nos exorta:
"A ninguém torneis mal por mal; procurai as coisas honestas, perante todos os homens. Se for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os homens. Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira, porque está escrito: Minha é a vingança; eu recompensarei, diz o Senhor. Portanto, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas de fogo sobre a sua cabeça. Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem." (Rm 12:17-21).  Darby definiu este último versículo assim: "Se o meu mau temperamento produzir em você um mau temperamento, então você foi vencido pelo meu mal".
Sigamos o que diz Salomão: “Na multidão de palavras não falta pecado, mas o que modera os seus lábios é sábio.” (Pv 10:19)
“As palavras suaves são favos de mel, doces para a alma, e saúde para os ossos.” (Pv 16:24)
Deus permita que sejamos legítimos canais de bênçãos e da Graça de Dele ao nosso próximo, através das palavras que saem de nossos lábios.
A Deus somente seja toda glória!
MdC

quarta-feira, 17 de abril de 2019

Você tem escolhido AMAR?


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Se nos relacionamos com pessoas, eventualmente ficaremos chateados, reprovaremos alguma atitude ou discordaremos de alguém. Faz parte! Somos imperfeitos. O que precisamos entender é que em vez de reagirmos a estas situações de desacordo com o nosso instinto pecaminoso. Ou seja, em vez de perdermos a razão, nos irarmos ou guardarmos rancor, devemos escolher amar. Precisamos responder às circunstâncias de forma sábia e equilibrada, como pessoas curadas e bem resolvidas no Pai.
Amar é uma escolha

João 15:9 – Como o Pai me amou, assim eu os amei; permaneçam no meu amor.
João 15:16 – Vocês não me escolheram, mas eu os escolhi para irem e darem fruto, fruto que permaneça, a fim de que o Pai lhes conceda o que pedirem em meu nome.
Jesus, ao longo de todo o capítulo 15 do livro de João, faz um convite a nós para que permaneçamos em seu amor. O que isso significa? Significa que o amor dele não muda, será sempre o mesmo. É como se ele dissesse: “o meu amor está aqui disponível, eu já amei vocês. Agora cabe a vocês permanecerem neste amor.”
No verso 16 ele afirma “Vocês não me escolheram, mas eu os escolhi”. Isso indica que Jesus ESCOLHEU nos amar. Na Bíblia, a ação de “ESCOLHER” é o que viabiliza o amor. DEUS, através de Jesus, escolheu nos amar. E nós, validamos o sacrifício e amor de Jesus por nós, quando O escolhemos como Senhor das nossas vidas.
Escolha AMAR

Quando escolhemos viver o amor de Deus para nós, apesar de imperfeitos, somos convidados a viver o perfeito amor em todas as áreas da nossa vida (com nossa família, cônjuge, amigos e irmãos na fé). E isso é possível, pois como está escrito em 1 João 4:19, nós amamos porque Ele nos amou primeiro.
Quanto mais experimentamos o amor de Deus e nos relacionamos com o Pai, mais nos tornamos capazes de escolher amar as pessoas. Apesar delas serem diferentes de nós, pensarem diferente de nós. Apesar delas nos magoarem, falharem conosco ou nos desapontarem.
O perfeito amor lança fora o medo

Quando nós escolhemos amar, apesar das diferenças, nós criamos um ambiente de relacionamentos seguros. Onde as pessoas podem ser elas mesmas. Elas não terão medo de serem reprovadas. Saberão que não deixarão de ser amadas por expressarem quem realmente são, por abrirem seus corações ou exporem suas fraquezas. Nós, como igreja de Cristo, precisamos promover este ambiente seguro de amor e liberdade.
1 João 4:18 – No amor não há medo; pelo contrário o perfeito amor expulsa o medo, porque o medo supõe castigo. Aquele que tem medo não está aperfeiçoado no amor.
Este verso tem várias aplicações: no contexto do capítulo ele pode ser entendido como nós não tendo mais medo do Juízo e da condenação porque quando permanecemos no perfeito amor de Cristo temos a certeza da salvação. E este verso refere-se também ao ambiente de amor entre as pessoas. O verso diz que o medo supõe castigo. Num ambiente inseguro, onde há julgamento, as pessoas sentem medo de serem reprovadas, de deixarem de ser amadas, de serem excluídas.
Mas onde há o amor que Deus espera de nós, que é perfeito, o medo é lançado fora. As pessoas sentem-se livres para abrirem seus corações de forma autêntica e sincera. E quem é que não gosta de caminhar perto de pessoas honestas e verdadeiras?
Concluindo

Seja um agente que promove a liberdade. Nossos ministérios, nossas igrejas e nossos pequenos grupos precisam ser um lugar de confiança. Deixe de apenas reagir, condenar e jugar. Troque as reações de julgamento e condenação pelo PERFEITO AMOR, que sempre escolhe amar, independente do que aconteceu.
Texto baseado no livro “Mantenha o seu amor aceso”

Danny Silk