sábado, 17 de maio de 2014

AMAMOS A DEUS OU AMAMOS OS EVENTOS DO COTIDIANO? João 19:31-37



A morte de Jesus já havia se consumado.
Alguns que ali assistiam a Sua crucificação, com certeza, o reconheceram como o Messias, o Filho de Deus. Outros, em particular os judeus, mais precisamente os sacerdotes, preocupavam-se em guardar cuidadosamente a lei, os rituais, não preocupados em agradar a Deus, mas sim em fortalecer seus egos, querendo se justificar e apresentar-se como zelosos diante dos homens. Agindo assim, não conseguiam enxergar a realidade, a veracidade daquele momento, apesar de conhecerem detalhadamente as Escrituras.
No meu entender, vejo que conheciam as Escrituras apenas como acadêmicos, como teólogos, expressão que traz a sua posição para os nossos dias, mas não tinham a revelação, o conhecimento que nos é concedido por Deus, tão claro por tudo que se cumpriu na vida, morte e ressurreição de Cristo e pela atuação do Espírito Santo em nossas vidas, em nossos corações.
Queriam eles que os corpos fossem logo retirados devido a chegada do sábado e o início da Festa dos Pães Asmos, por isso mais uma vez apelaram para os homens e não a Deus. Com os mesmos argumentos e estratégias que utilizaram para injustamente condenarem a Jesus, rogaram a Pilatos por mais um ato de crueldade, quebrar as pernas dos crucificados. Não fizeram tal pedido, com certeza, para abreviar o tempo de sofrimento deles, mas sim para que não atrapalhassem a agenda daquela hipócrita sociedade, que dizia cumprir a Lei de Moisés, mas não conseguia reconhecer o próprio Deus encarnado.
Será que preocupados com compromissos sociais, eventos, agendas a cumprir, cargos a resguardar, temos nos esquecido de amar. Temos nos esquecido ao que nosso Mestre resumiu toda a lei: “Amar a Deus sobre todas as coisas e a teu próximo como a ti mesmo”?
Pensando em manter seus corpos limpos do sangue dos condenados à cruz, passaram tal responsabilidade a incrédulos. Até mesmo porque naquele tempo como escravos de Roma não possuiam qualquer autoridade.
Muitas vezes, com nosso comportamento cotidiano, induzimos os incrédulos a erros graves, a um distanciamento de Deus. Tornamo-nos pedras de tropeço, quando na verdade a real razão de nossa existência e permanência neste mundo é para glorificar a Deus e pregar as Boas Novas, anunciando a salvação que somente está em Cristo.
Portanto, não olho para a cruz e a vejo como um símbolo, a representação de um mártir. Vejo aquilo que Deus, em sua misericórdia me revela na Sua Palavra e me dá entendimento pela atuação do Espírito Santo em minha vida, qual seja, que Deus em Seu amor infinito e incondicional, deu Seu único filho em remissão pelos meus, pelos nossos pecados, sendo nós, eu e você, ainda pecadores, para que assim pudessemos ter a salvação, a vida eterna.
A Deus, somente, seja toda a glória!

M. d. C

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