1ª João 4:7-12
7 Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor procede
de Deus; e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus.
8 Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor.
9 Nisto se manifestou o amor de Deus em nós: em haver Deus
enviado o seu Filho unigênito ao mundo, para vivermos por meio dele.
10 Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a
Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos
nossos pecados.
11 Amados, se Deus de tal maneira nos amou, devemos nós
também amar uns aos outros.
12 Ninguém jamais viu a Deus; se amarmos uns aos outros,
Deus permanece em nós, e o seu amor é, em nós, aperfeiçoado.
O amor existe sob vários aspectos: Existe o amor de Deus, o
amor a Deus, o amor ao próximo, o amor entre cônjuges, o amor ao inimigo etc.
Mas o tema que nos interessa hoje é o amor fraternal, isto é: o amor entre
irmãos, por ser uma característica ou uma marca do verdadeiro crente.
O Senhor Jesus disse
que o que sobressairia na comunidade dos seus seguidores seria o amor que teriam entre si. “Nisto
conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns pelos outros”. (Jo
13:35). Este é o mandamento principal e fundamental entre irmãos.
O contrário de amor não é necessariamente o ódio, mas o
egoísmo que leva ao individualismo. O egoísmo se manifesta por um cuidado
excessivo por mim mesmo e conseqüentemente um desinteresse pelos demais. Nós
percebemos isto quando todos os afetos e esforços convergem para si mesmo. Por
outro lado, amar é: dar-se, é entregar-se; e é o que nos leva a vida em
comunidade.
Vejamos alguns aspectos do amor fraternal (fhileos) como
marca de um verdadeiro crente:
I
- O que ama está cumprindo a lei – Certa ocasião perguntaram a Jesus em (Mat
22:38-40): “Mestre, qual é o grande mandamento na lei? Ele respondeu resumindo
todos os mandamentos em somente dois: AMAR A DEUS E AMAR AO PRÓXIMO. O fato é
que os dez mandamentos se dividem da seguinte forma: os primeiro quatro se
referem a deveres para com Deus e os seis restantes dizem respeito aos seus
semelhantes. Em relação a Deus o mais importante é AMÁ-LO com todo o nosso Ser,
e em relação ao nosso próximo o mandamento maior é também AMÁ-LO. Isto não quer
dizer que os demais mandamentos não sejam importantes, mas se verdadeiramente
amamos o nosso próximo, não furtaremos, não desonraremos, não mentiremos, não cobiçaremos,
não mataremos, não cometermos adultérios, etc.
Paulo declara: “Porque toda lei se cumpre em um só
preceito, a saber: “amaras
o teu próximo como a ti mesmo”. (Gl 5:14). Também diz em
(Rom 13:8b) “... pois quem ama o próximo tem cumprido a lei”.
De acordo com o que lemos na palavra de Deus, aquele que
ama a seu irmão, não vai lhe fazer mal, pelo contrário vai lhe fazer bem. Desse
conceito surgiu a afirmação de santo Agostinho: “Ama teu irmão, e faze o que quiseres”.
II
– Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor (vs 8) – É interessante observar
que João não diz que Deus ama, mas sim que Deus é Amor, apesar de ser verdade
que Deus ama. Tanto que Jesus é a perfeita encarnação do
amor. Deus amou tanto que deu o que tinha de melhor no céu (seu filho único)
pra salvar o que havia de pior na terra (nós os pecadores). Ninguém mais
poderia dizer; “Ama assim como eu te amo”. O Senhor Jesus é a expressão
concreta, prática e visível do amor. Seus discípulos puderam apreciar o amor em
uma dimensão prática e não em definições teóricas.
O Sr Jesus nos atinge e transforma nossas vidas com este
mandamento.
É interessante que o propósito de Deus é que sejamos iguais
a Jesus em tudo, e a característica principal que sobressai na vida e caráter
de Jesus é o seu amor para conosco.
III
– O verdadeiro crente ama como Deus amou e Deus permanece nele – (Vs 11-12)
O amor ao nosso irmão é a prova de nossa permanência em
Cristo.
Vejamos o que nos diz João nessa 1a epístola que
estamos estudando:
2:9-11”Aquele porém, que odeia a seu irmão está nas
trevas”.
3:10-11 “O que não ama seu irmão não é de Deus”;
3:14 “Aquele que não ama, permanece na morte”.
3:15 “Todo aquele que odeia a seu irmão é assassino”.
4:7-8 “Todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus”.
4:12 “Se nós amamos uns aos outros, Deus permanece em nós”.
4:20-21 “Se alguém disser: amo a Deus, e odiar a seu irmão,
é mentiroso”.
Resumindo: É impossível seguir a Cristo e não amar o nosso
irmão.
IV - amor é a única motivação legítima para a prática da vida cristã – Outra coisa importante que não está no texto básico é que
IV - amor é a única motivação legítima para a prática da vida cristã – Outra coisa importante que não está no texto básico é que
Se tivermos todos os dons e a maior consagração e
sacrifício e não tivermos amor, nada seremos e isso de nada nos servirá. (1ª Cor
13:1-3). Ou seja: O verdadeiro e genuíno
amor deve ser a nossa mais íntima motivação em cada coisa, em cada ação. Deus
não nos mede por ações exteriores, nem pela operosidade dos dons, até porque,
os dons nos são dados para benefício alheio. Ele não olha unicamente para a
intensidade dos nossos esforços e sacrifícios. Ele olha para os nossos corações
a fim de ver se o que nos move em nossas ações é o amor de Deus.
V
- O amor é fruto do Espírito (Gl 5:22) - Outra marca ou característica do
verdadeiro
crente é que ele ama porque o amor é um fruto do Espírito
Santo que passou habitar em nós.
Se o amor não fosse uma qualidade do fruto do Espírito em
nós, seria um mandamento humanamente impossível, pois somos por natureza
egoístas; amamo-nos a nós mesmo demasiadamente.
O impossível tornou-se possível – Cristo é a encarnação do
amor. Ele trouxe o verdadeiro amor ao mundo. (Vs11) “ Amados, se Deus de tal maneira nos amou, devemos nós também amar uns
aos outros.”
Aqui está um homem que habitou entre nós sem a herança
adâmica pecaminosa, mas que pelo contrário, é o próprio Deus feito homem, e
Deus é amor. O amor de Deus habitou em sua plenitude em um homem: Jesus.
VI
- O amor deve desenvolver-se e abundar cada vez mais em nós
Tudo que tem vida cresce, desenvolve-se-. O amor de Deus
tem que crescer em nós. Na medida em que conhecemos a verdade de
Deus e à medida que conhecemos os nossos irmãos e suas
necessidades, iremos crescendo em amor. Também iremos desenvolver maneiras
práticas de amar. Fp 1:9. 1 Ts 3:12;4:9 -10).
ILUSTRAÇÃO: Consta-se que um pará-quedista após saltar do
avião caiu sobre uma árvore onde ficou preso. Quando preso ainda, passava pela
rua em baixo da arvore um homem levando uma bíblia em baixo do braço. O pára-quedista
então grita:
- moço! Você pode me ajudar a sair daqui de cima? Ao que
responde o moço da bíblia:
- O Senhor é pára-quedista né! Vejo pelo seu para quedas.
- Sim sou pára-quedista!
- Vejo também que saltou de um avião! Acabei de vê-lo passando
e até ouvi o barulho do motor,
- Sim! Respondeu o pára-quedista, eu estava nele e fiz o
salto e caí aqui!
- Ah, o senhor é da aeronáutica, diz o moço da bíblia. Vejo
pelo uniforme que usa.
- Sim eu sou da aeronáutica, responde o pára-quedista.
- O senhor é um major não é verdade! Vejo pela patente em
seu uniforme.
- Sim sou um major!
O pára-quedista já indignado então afirma:
- Vejo que o senhor é um crente!
- Como percebeu? Pergunta o moço, transeunte, foi pela
bíblia que levo nas mãos?
- Não! Responde o pára-quedista. É porque faz meia hora que
você está aí em baixo falando verdades, mas nada faz.
APLICAÇÃO: Existem muitos crentes como aquele transeunte
que levava a bíblia debaixo do braço quando da queda do Pará-quedista. Passa o
tempo dizendo verdades que não servem de nada, porque conhece a verdade, mas
não pratica as verdades que conhecem.
APLICAÇÃO
PRÁTICA: Como é que
podemos aplicar esses ensinos às nossas vidas? Servindo uns aos outros. Vivendo
aquilo que aprendemos de Deus e não somente repetindo verdades como o
transeunte da ilustração. O estar juntos é a forma que Deus nos dá de praticar amor.
Servindo uns aos outros.
MdC
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