domingo, 14 de janeiro de 2018

SACERDÓCIO UNIVERSAL DO CRENTE


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SACERDÓCIO UNIVERSAL DO CRENTE

Lemos que no AT a Lei de Moisés separou a tribo de Levi e a família de Arão para serem os sacerdotes da Nação. Estes homens usavam vestes diferentes, tinham privilégios especiais e constituíam uma casta a parte, entre Deus e a congregação de Israel. Só eles podiam entrar no lugar santo e oferecer os sacrifícios prescritos pela Lei.
Quando voltamos nossa atenção para o Novo testamento descobrimos que no Cristianismo é tudo diferente. Lemos sobre o apóstolo Pedro ensinando que todos os crentes são sacerdotes do Deus altíssimo. Observe:
"Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo para oferecer sacrifícios espirituais, agradáveis a Deus por Jesus Cristo" (1ª Pedro 2:5).
"Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz" (1ª Pedro 2:9).
Temos também João fazendo menção ao mesmo fato em (Ap 1:5-6)
"Àquele que nos ama, e em Seu sangue nos lavou dos nossos pecados, e nos fez reis e sacerdotes para Deus e Seu Pai; a Ele glória e poder para todo o sempre. Amém".
Afirmar que existe outro tipo de sacerdócio ou defender uma classe distinta dentro da igreja do Senhor como sendo uma casta diferenciada para o sacerdócio, não tem base alguma na Palavra de Deus; Essa afirmação seria meramente humana e ou em tradições humanas.
O dever do sacerdote desde o tempo do A.T é oferecer sacrifícios. No Velho Testamento os sacrifícios consistiam em animais imolados, enquanto que na dispensação da igreja, os sacrifícios dos sacerdotes, que são todos os crentes em Cristo Jesus são:
* O sacrifício do seu corpo - (Rm. 12:1); não um sacrifício morto, mas "vivo, santo e agradável", oferecido exclusivamente a Deus.
* O sacrifício de seus bens materiais - "Não vos esqueçais da beneficência e comunicação, porque, com tais sacrifícios, Deus se agrada". (Hb. 13:16).
* O sacrifício de louvor - "Portanto, ofereçamos sempre por Ele, a Deus, sacrifícios de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o Seu Nome". (Hb. 13:15).
Estes sacrifícios podem ser oferecidos, individualmente ou coletivamente.
Quando olhamos para o modelo de sacerdócio praticado no meio cristão hoje em dia, parodiando um linguajar do meio futebolístico, o que vemos em sua maioria, é o mesmo jogador cobrando o escanteio e correndo pra dentro da área pra fazer o gol. Vemos cristãos sendo privados de liberdade na participação da adoração pública, privados da liberdade que a palavra de Deus dá para o exercício do sacerdócio universal.
Recentemente em visita a um ajuntamento cristão vi um denominado “pastor” fazendo a abertura do culto, tocando instrumento, dando avisos, fazendo orações, pregando, cantando e ainda correndo pra chegar a porta do templo pra saudar a todos pessoalmente; ou seja: cobrando o escanteio e correndo para fazer o gol.
Infelizmente o SACERDÓCIO UNIVERSAL DE TODO CRENTE foi eliminado e substituído pelos monótonos serviços regulamentados e orientados dos nossos dias, prática herdada do romanismo ou judaísmo, que resulta numa multidão de sacerdotes mudos, apenas ouvintes.
Os deveres e privilégios dos sacerdotes à luz da bíblia, incluem oração pública, o testemunho para glória de Deus, o cuidado do povo de Deus, a pregação pública da palavra de Deus, o ensino público etc. A palavra de Deus em (Rom. 8:14; Gál. 5:18; João 16:13), revela com muita clareza que todos esses deveres devem ser postos em prática o tempo todo, e não apenas aos domingos. Não se limitam aos ajuntamentos da Igreja, sejam reuniões de adoração, de estudo bíblico ou de oração, mas abrangem toda a vida do crente, tanto dentro como fora dos lugares das reuniões, sejam eles salões, capelas, templos como queiram denominar. De acordo com o Novo Testamento, todo o povo de Deus é: "um reino sacerdotal e uma nação santa", (Êxodo 19:6; 1 Pedro 2:5-9).
Embora todos sejamos sacerdotes, não podemos esquecer que cada crente precisa dum Sacerdote diante de Deus, MAS não um líder religioso ou eclesiástico que detém todo o poder e autoridade na condução do culto a Deus. Esta necessidade é plenamente suprida na pessoa de nosso Senhor Jesus Cristo. O escritor aos Hebreus apresenta JESUS CRISTO como o nosso grande Sumo-Sacerdote, que se compadece das nossas fraquezas, porque em tudo foi tentado como nós, mas sem pecado. (Hb. 4:15).
Se de fato somos apegados a fiel palavra de Deus precisamos reconhecer o Senhor Jesus como nosso Grande Sumo-Sacerdote, um sacerdote santo e real. Será isto que encontramos na cristandade hoje em dia? Pelo contrário, a igreja, na sua maioria, voltou ao sistema romano-judaico de sacerdotes. Embora os crentes confessem crer no sacerdócio de todos os crentes, muitas “igrejas” criam um sacerdócio todo seu, fundamentados, não na palavra de Deus, mas nos seus regimentos, códigos de condutas, estatutos humanos etc, tornando assim:
a) Um grupo de homens escolhidos para o Serviço Divino; já há lugares em que nesse grupo de escolhidos tenha mulheres.
b) Uma hierarquia eclesiástica com títulos honoríficos que os distingue dos leigos. Títulos, muitas vezes, emprestados dos dons.
c) Vestes especiais para indicar que eles pertencem a uma casta diferenciada.
Deus ainda hoje conclama o Seu povo a separar-se destas práticas e se unirem simplesmente no Nome do Senhor Jesus em quem encontramos toda a suficiência.
Quando num ajuntamento verdadeiramente cristão todos atuam segundo o ensino bíblico do Novo Testamento, em relação ao sacerdócio universal, essa igreja será:
·                 Uma igreja cheia do Espírito, onde os seus membros participam regularmente das reuniões de oração;
·                 Uma igreja em que todos os membros são auxiliares práticos e colaboradores dos servos do Senhor na Sua Seara através do mundo;
·                 Haverá atitude e não ativismo na disseminação do Evangelho.
·                 Os membros de tal igreja serão constrangidos a viver num ambiente de amor, e não de disputas, no qual cada crente procura ajudar os outros em amor e num espírito de devotada consagração, estimulando-se uns aos outros ao amor e às boas obras.
Igrejas que se esforçam por agir de modo bíblico e escriturístico, no que tange ao sacerdócio universal, seus cultos, reuniões e serviços são dirigidos pelo Espírito Santo; e os dons distribuídos pelo próprio Senhor, desenvolvidos conforme a variedade da mesma, em comunhão fraternal e na dependência e liberdade de Cristo (1ª Cor. 12:4-l1; 14:26); a adoração sacerdotal subirá até ao Santuário celestial, que é o mais alto privilégio do sacerdócio da Igreja.

Fonte de pesquisa:
Bíblia sagrada,
Comentários de
William MacDonald
MdC

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