Neemias 6:3 “Por isso enviei-lhes mensageiros
com esta resposta: "Estou executando um grande projeto e não posso descer.
Por que parar a obra para ir encontrar-me com vocês? "
Esse verso nos sugere a possibilidade de refletirmos de forma profunda e
ao mesmo tempo oportuna sobre o momento eclesiástico da Igreja na
atualidade. O contexto histórico em que
está inserido as palavras de Neemias apresenta elementos suficientes para perceber
a grandeza do caráter dele como líder do povo de Deus, em razão das
circunstâncias humilhantes que o povo estava a passar.
Havia da parte de Neemias algumas características que pretendo destacar:
1ª EMPENHO – Havia por parte desse Líder uma grande disposição; um extremo
interesse pela obra do Senhor. Ele compreendia o tamanho da responsabilidade
que era liderar. Daí a razão de seu empenho.
2ª SACRIFICIO PESSOAL – A palavra de Deus afirma que naquele tempo
Neemias era copeiro do Rei (Ne 1:11). Ele não era qualquer empregado, ele era o
copeiro, o homem que experimentava a bebida do rei para protegê-lo de ser
envenenado. Para ter tal posição, ele deve ter trabalhado muito.
Neemias se dispôs a abrir mão de tão elevada posição e por que não dizer
abrir mão do status, de copeiro do rei, para se empenhar na realização do
propósito de Deus,
Assim era um líder do povo de Deus no passado e sem dúvida é o que Deus
espera daqueles que se dizem vocacionados à liderança: Empenho e Sacrifício Pessoal.
Neemias agiu assim na restauração moral, material e espiritual do Seu povo.
Deixou seu emprego,deixou tudo e se empenhou com dedicação exclusiva.
CIRCUNSTÂNCIAS EM QUE NEEMIAS DEIXOU TUDO
Neemias fez tudo isto em meio a muitas adversidades:
1º A oposição era ferrenha e vinha de todos os lados, não só dos
inimigos declarados (porém intentavam fazer-me mal, (Ne.6:2),
2º A oposição vinha também de seus compatriotas, que não compreendiam os
propósitos de Deus para o seu próprio benefício, nem o modo como Deus estava a
atuar por meio do fiel instrumento chamado Neemias.
Neemias fez uma solene declaração: “Estou
fazendo grande obra, de modo que não poderei descer”. Essa declaração foi
feita quando de maneira ardilosa foi instigado a abandonar o projeto de Deus,
em que estava envolvido, com os seus poucos, PORÉM, fiéis companheiros, e que visava à restauração material,
moral e espiritual do Seu povo.
O diabólico trio Gesém, Sambalá e Tobias destilavam seus ardis! Achavam
que o grupo liderado por Neemias era fraco, não tinham recursos para levar a
bom termo um empreendimento de tamanha envergadura.
Os argumentos pareciam lógicos e razoáveis, mas não tinham qualquer
fundamento e não deveriam prevalecer. O critério de avaliação que faziam
baseava-se, apenas, na perspectiva do homem. Não consideravam as possibilidades
divinas com que Neemias e o seu grupo contavam.
A P.D ensina que o critério de Deus foge a lógica humana: “Deus escolheu as coisas loucas de mundo
para envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para
envergonhar as fortes" (1Co.1:27). Paulo, ainda, ensina, com a força
da sua experiência de dor e sofrimento:
"Mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de
Cristo... Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte” (2Co.12:9-10).
Deus não muda os Seus projetos, ainda que nos pareçam inviáveis. Não é
razoável querer “dar uma ajudinha” a instrumentalidade que Deus estabeleceu
para realizar o que se propôs fazer.
Neemias manifestou essa certeza em três aspectos. Veja o que ele disse:
·
“ESTOU FAZENDO”. Estava envolvido
por Deus no que fazia e fazendo da maneira como Deus queria. Neemias não era um
líder que comparecia somente aos domingos pela manhã e a noite ou simplesmente
mandava ordens, ELE ESTAVA FAZENDO.
É isso o que importava.
·
“GRANDE OBRA”. Ele tinha
convicção da grandeza da obra em que estava envolvido. Não grande no sentido quantitativo,
mas grandeza no caráter da obra, apesar do conceito diferente que os seus
opositores tinham.
·
“NÃO DESCEREI”. Neemias tinha
convicção de que não devia aceitar alternativa para chegar ao bom resultado, em
razão das opiniões negativas dos seus opositores a respeito do que fazia e do
modo como fazia. Nada podia dissuadi-lo.
Manteve a identificação necessária com DEUS e com o MODELO de trabalho.
Recusou o que chamavam de “auxilio” ou “ajuda” externa.
Devemos, assim como o líder Neemias, sermos cuidadosos para não aceitar propostas
para a realização da obra do Senhor que não o MODELO por ELE deixado em sua
palavra. Não devemos descer, nunca, saindo do MODELO do Senhor. Devemos
valorizar a igreja, que é o meio deixado pelo Senhor para a Sua grande obra,
desde o seu início. Esse aspecto da convicção de Neemias PRESERVAVA A SUA
IDENTIDADE DE LIDER SEGUNDO A PERSPECTIVA DIVINA.
O versículo em questão ilustra a realidade da Igreja dos nossos dias!
Podemos perceber que a Igreja, que é o único projeto de Deus para a realização
do Seu propósito no mundo, está se afastando de Deus e da bíblia, está perdendo
a perspectiva correta do MODELO deixado por Deus em sua palavra e, conseqüentemente,
a sua IDENTIDADE.
A igreja e sua liderança, assim como Neemias, não precisam de outros
meios e formatos, como alternativas de “auxílio” ao sublime e eficaz ministério
designado por Deus.
A Igreja não é uma organização humana, mas um organismo espiritual. Não
é uma formulação societária burocrática secular, mesmo que denominada “sociedade
religiosa sem fins lucrativos”, mas é uma instituição de Deus!
Desde que as alternativas humanas começaram a infiltrar-se no seio da
igreja, o trabalho espiritual foi deturpado, tendo como conseqüência sérios desvios
da Verdade e a Obra do Senhor extremamente prejudicada.
O MODELO de Deus para o
exercício de seu ministério aqui na terra continua sendo a Igreja. Deus não tem
alternativo, não porque que ELE seja limitado, mas porque assim determinou que
fosse:
■ Jesus afirmou que as portas do inferno não prevalecerão contra a igreja (Mt.16:18).
■ É o senhor quem edifica e usa a igreja.
■ O Espírito Santo continua sendo o Vigário da igreja, atuando, com poder, através dos seus membros, suprindo-os, com os dons para o exercício do seu ministério.
■ Cristo é o Cabeça da Igreja.
■ A Palavra de Deus é a sua “regra de fé e prática”, que orienta e capacita.
■ O governo da igreja ainda é através do Presbitério, pluralista, constituído pelo Espírito Santo e reconhecido pela própria Igreja (At.20:28; 1Tm.3:1-7; Tt.1:5-9; 1Pe.5:1-4).
De que mais a Igreja e os lideres constituídos por Deus precisa para cumprir a sua vocação celestial?
■ Jesus afirmou que as portas do inferno não prevalecerão contra a igreja (Mt.16:18).
■ É o senhor quem edifica e usa a igreja.
■ O Espírito Santo continua sendo o Vigário da igreja, atuando, com poder, através dos seus membros, suprindo-os, com os dons para o exercício do seu ministério.
■ Cristo é o Cabeça da Igreja.
■ A Palavra de Deus é a sua “regra de fé e prática”, que orienta e capacita.
■ O governo da igreja ainda é através do Presbitério, pluralista, constituído pelo Espírito Santo e reconhecido pela própria Igreja (At.20:28; 1Tm.3:1-7; Tt.1:5-9; 1Pe.5:1-4).
De que mais a Igreja e os lideres constituídos por Deus precisa para cumprir a sua vocação celestial?
De FIDELIDADE! Que a igreja de nossos dias, bem como o
verdadeiro líder possa como Neemias apresentar as alternativas: “Não poderei descer”. Sim, que não desçam
um degrau sequer, da posição e atuação validadas pelo Senhor Jesus que não se
distraiam nem se desviem dos alvos do Senhor.
A Deus somente seja a glória.
Adaptado por Roney Miguel
MdC
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