domingo, 21 de fevereiro de 2016

“Cristão” não praticante é Cristão?


1ª João 3:7-10
INTRODUÇÃO:
O número dos chamados “evangélicos” tem crescido como nunca nos últimos dias no Brasil e junto com esse crescimento, uma diversidade de comportamentos e práticas pecaminosas. Como você e eu podemos avaliar se esse crescimento é saudável? Como é que podemos concluir que nossos lideres, nossos irmãos e até nós mesmos somos cristãos verdadeiros?
É disso que o apóstolo João trata, ele se ocupa nessa carta em apresentar dois grupos de pessoas:
- Aqueles que praticam a Justiça (2:29) e
- Aqueles que permanecem no pecado (3:4-5)
Um fato interessante e importante nessa carta é que João procura mostrar as características que identificam os filhos de Deus e as características que identificam os filhos do diabo. Essa atitude do apóstolo trazia consigo um aspecto de teste e servia para desmascarar os falsos mestres que
possuíam aparência de cristãos, porém viviam aespalhar doutrinas que comprometiam a pureza doutrinária da igreja. Nessa parte da carta, o apóstolo divide a humanidade em dois grupos:
> Os que são filhos de Deus e
> Os que são filhos do diabo.
Ambos se revelam pelas suas obras. João se propõe a informar algumas características dos filhos de Deus que contrastam com as dos filhos do diabo. São elas:
I - Os verdadeiros cristãos são imitadores do Senhor (v.7,8). “Filhinhos, não vos deixeis enganar por ninguém; aquele que pratica a justiça é justo, assim como ele é justo. Aquele que pratica o pecado procede do diabo, porque o diabo vive pecando desde o princípio. Para isto se manifestou o Filho de Deus: para destruir as obras do diabo”.
O verdadeiro cristão é Justo assim como Deus é Justo. Essa é uma característica do verdadeiro filho de Deus; Justiça!
Na época em que João escreveu essa carta, havia
falsos mestres que afirmavam que a salvação era mediante um conhecimento secreto. Além disso, esses falsos mestres afirmavam que a vida moral não fazia nenhuma diferença para Deus e chegavam ao ponto de negar a existência do pecado. Os crentes, para os quais João escrevia, foram exortados para não serem enganados por essas pessoas.
O apóstolo estabelece um contraste marcante entre os filhos de Deus e os filhos do Diabo:
 Quem vive na prática do pecado procede do Diabo. O Diabo peca porque o pecado faz parte de sua natureza. Ele peca desde o princípio, logo, as pessoas que pecam como se isso fosse uma coisa natural, são como o Diabo, sendo assim, são como seus filhos.
Os filhos de Deus, imitam a Deus. Eles são guiados pela verdade e pelo Espírito Santo, e, embora sejam tentados e caiam isso não é rotina (não é habitual) em suas vidas.
Reflexâo: Quem tem sido o nosso referencial de
vida? Jesus Cristo ou o nosso “eu”? João adverte:
 Quando alguém segue os próprios impulsos, está seguindo o caminho do pecado.  
Quando alguém segue apenas as inclinações da carne, está imitando a Satanás, uma vez que o ato de pecar para o Diabo é algo natural; Ou seja: faz parte de sua essência. Seguir as inclinações da carne, da natureza humana, indica quem é o nosso verdadeiro pai.
II -  Os filhos de Deus herdam a natureza do Pai (v.9). “Todo aquele que é nascido de Deus não vive na prática de pecado; pois o que permanece nele é a divina semente; ora, esse não pode viver pecando, porque é nascido de Deus”.
O que permanece nele é a Divina semente. João justifica porque o filho de Deus não vive na prática do pecado.
1º Porque ele é nascido de Deus, conf. (1 Jo 2:29).
2º Porque como nascido de Deus, o filho herda a natureza do Senhor. João mostra com absoluta clareza quando usa as seguintes palavras: “o que
permanece nele é a divina semente”. A palavra semente no grego é “sêmem”, a raíz da palavra espermatozóide.
Quando uma criança é concebida, as características de seu pai são transmitidas através do sêmen. Logo, aqueles que foram gerados por Deus herdam suas características Santas. É por isso que o cristão verdadeiro não mais tolera o pecado, se entristece quando comete o pecado. É por isso que o autêntico filho de Deus vive numa luta diária pra não obedecer as suas inclinações. Porque ele herdou do Senhor a repulsa pelo pecado.
Reflexão: Diante disso, temos que constantemente nos perguntar: Com quem eu pareço? Para isso, tenho que avaliar minhas ações. Elas têm revelado alguma semelhança com Cristo? Não há possibilidade de ser uma coisa e produzir outra. Ninguém pode ser filho de Deus, mas agir como se fosse filho do Diabo. Tiago escreveu: “Acaso, meus irmãos, pode a
figueira produzir azeitonas ou a videira, figos? Tampouco fonte de água salgada pode dar água doce” (Tg 3.12).
III -Os filhos de Deus amam aos seus irmãos (v.10). “Nisto são manifestos os filhos de Deus e os filhos do diabo: todo aquele que não pratica justiça não procede de Deus, nem aquele que não ama a seu irmão.
João, finalmente, retoma um assunto que ele já havia colocado anteriormente lá em (1ª Jo 2:7-11) e que será exposto nos próximos versículos - a prática do amor. De fato, o amor é o resumo dos mandamentos. Paulo escreveu: “Pois estes mandamentos: “Não adulterarás”, “Não matarás”, “Não furtarás”, “Não cobiçarás”, e qualquer outro mandamento, todos se resumem neste preceito: “Ame o seu próximo como a si mesmo”. O amor não pratica o mal contra o próximo. Portanto, o amor é cumprimento da Lei” (Rm 13.9-10)”.
Reflexão: O nosso amor tem sido sincero ou temos apenas falado de amor. O amor não é
sentimento, amor é atitude. Quem ama, faz! Quem ama, cuida! O amor não é apenas discurso, amemos de fato e de verdade.
Conclusão:
O verdadeiro filho de Deus tem descrições muito patentes na Palavra de Deus. João nos fornece algumas delas:
Os filhos de Deus são imitadores do Senhor,
Herdam a natureza do Pai, e
Amam aos seus irmãos (v.10).
Que Deus ajude cada um a refletir sobre essas verdades e que sejamos não meros religiosos, pelo contrário, que sejamos autênticos filhos de Deus e que essa condição seja demonstrada por meio de frutos.
Conforme o texto estudado, não existe cristão que não seja praticante. O que existe são pessoas enganando a si mesmas. Seja um cristão praticante e não um mero professo, enganando se a si mesmo.
MdC


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