1ª
João 3:1-6
1.Vede
que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de
Deus; e, de fato, somos filhos de Deus. Por essa razão, o mundo não nos
conhece, porquanto não o conheceu a ele mesmo.
2.Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que
haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a
ele, porque haveremos de vê-lo como ele é.
3.E a si mesmo se purifica todo o que nele tem esta esperança, assim
como ele é puro. 4.Todo aquele que
pratica o pecado também transgride a lei, porque o pecado é a transgressão da
lei. 5.Sabeis também que ele se
manifestou para tirar os pecados, e nele não existe pecado. 6.Todo aquele que permanece nele não vive
pecando; todo aquele que vive pecando não o viu, nem o conheceu.
INTRODUÇÃO:
O
que te motiva a ser quem você é? O profissional que você é?
Certamente
encontraríamos “N” respostas para essas perguntas, como por exemplo: O Salário
que
recebo
é que motiva a ser o profissional que sou, o amor que tenho pela profissão, o
desejo de ajudar os outros ou tenho uma família que depende
de meu profissionalismo etc.
Todas
essas motivações são válidas e interessantes na vida secular de qualquer um de
nós; MAS O que te motiva a ser o Cristão que você é? O Cristão que Deus espera que seja? Por que você se dedica a
glorificar, adorar o nome de Jesus? Por que você investe tempo, energia no
testemunho do que Cristo fez? O que te motiva a crescer na vida cristã? Você já parou pra pensar nisso?
O
apóstolo nos ajuda a responder a esses questionamentos.
Verso 1: (Ler o verso)
I
- O GRANDE AMOR DE DEUS – “Vede que grande amor nos tem concedido o Pai...”
João começa sua fala usando a expressão no grego “Vejam!”. Essa expressão não
significa apenas “olhem!”
Significa:
Contemplem, avaliem, tentem visualizar, percebam a extensão do amor que Deus
nos tem concedido.
A
idéia de nascer de Deus enche o apóstolo de admiração e isso o motiva a exortar
seus leitores a
atentarem
para esse amor que nos inclui na família de Deus.
A
contemplação do amor de Deus para conosco deve nos motivar a crescer na vida
cristã.
II
- A NOSSA FILIAÇÃO - “...ao ponto de sermos chamados filhos de Deus...”
Que
Maravilha poder ser chamado “filho de Deus”!
Um
direito outorgado pela fé a todos quantos recebem Jesus Cristo como Senhor e Salvador
(Jo 1:12).
O
mundo não nos conhece como filhos de Deus, as pessoas do mundo não nos entendem
e estranham nosso comportamento.
Foi
exatamente assim com o Senhor Jesus. Veja: (João 1:10-11) “...O mundo foi feito
por intermédio dEle, mas o mundo não o conheceu. Veio para o que era seu, e os
seus não O receberam.”
Uma
vez que possuímos “as marcas” do Senhor Jesus, não podemos esperar que o mundo
nos compreenda, MAS sermos chamados “filhos de Deus” é motivação suficiente
para sermos o cristão que precisamos ser.
Verso 2: (Ler o versículo)
Compreendidos
ou não, rejeitados ou não “agora
somos
filhos de Deus”. E isto faz toda diferença.
Essas
verdades devem nos motivar a crescer na vida cristã.
Não
precisamos do reconhecimento do mundo para sermos filhos de Deus e João ainda
acrescenta: “Quando Ele se manifestar seremos semelhantes a Ele; porque
haveremos de vê-lo como Ele é.”
Isso
não quer dizer que seremos fisicamente semelhantes a Jesus no céu. O Senhor
terá sua própria aparência. Ele levará em seu corpo as marcas do calvário por
toda eternidade. Aqui nessa vida o processo de nos tornarmos semelhantes a
Cristo está em andamento à medida que o contemplamos pela fé na palavra de
Deus. Na glória o processo se completará ao vermos como Ele é.
III
- UMA CORRETA COMPREENSÃO DE NOSSO CHAMADO –
Verso 3 “E a si mesmo se purifica todo o que nEle tem
esta esperança, assim como ele é puro”. A esperança do verdadeiro cristão é
colocada sobre
Cristo,
e não apenas sobre, mas inteiramente nEle. Todo aquele que tem esperança de um
dia ver Cristo e ser como Ele é, a si mesmo se purifica. A
volta
iminente de Jesus Cristo exerce uma influência purificadora sobre a vida do
verdadeiro filho.
Observe a expressão: “... se
purifica...” Percebam que o verbo está no presente e indica um purificar
constante e não casual. Ou seja: Como Ele é puro.
Em
termos de pureza, o que para nós é um processo, para o Sr. Jesus é um fato.
Quando
temos uma correta compreensão de nosso chamado e de nossa esperança, somos
levados a sermos de fato o crente que Deus espera que sejamos.
IV
- UM CORRETO ENTENDIMENTO ACERCA DO PECADO (Versos 4-6)
Verso 4 – “Todo aquele que
pratica o pecado também transgride a lei, porque o pecado é a transgressão da
lei”. Aqui temos o oposto de
purificar-se.
A
expressão [pratica(r)] pode ser literalmente traduzido como “viver
habitualmente”. Isto define
um
comportamento contínuo. O Pecado já estava presente no tempo entre Adão e
Moisés, antes de Deus ter dado suas leis por intermédio de Moisés.
O
pecado em essência é colocar a nossa vontade acima da vontade de Deus e de suas
leis. É possível pecar, mesmo quando não há lei.
Verso 5 – “Sabeis também que
ele se manifestou para tirar os pecados, e nele não existe pecado”.
Tanto
no V.T {Isaias 53} quanto no N.T {2ª Co 5:21} {2ª Pd 2:24} Deus nos ensina que
ELE “tira os nossos pecados”, como um fato definitivo. ELE tira os pecados de
uma vez por todas.
O
crente não pode continuar pecando. Se assim ele vive, ele nega completamente, o
propósito para o qual Jesus Cristo veio ao mundo.
Verso 6 – “Todo aquele que
permanece nEle não vive pecando; todo aquele que vive pecando não o viu, nem o
conheceu”.
Temos
nesse versículo um contraste entre o verdadeiro e o falso, entre o crente e o
professo, entre o nascido de novo e aquele que ainda não nasceu de novo.
João
usa as expressões “permanece” e “não vive
pecando”
para indicar o contraste.
Com
essas palavras do apóstolo é possível afirmar que:
-
Um Cristão verdadeiro não vive pecando, não peca habitualmente, não faz do
pecado um estilo de vida.
Essa
afirmação de João levanta uma pergunta como: Quando o pecado se torna habitual? Com
que freqüência é preciso praticá-lo para tornar-se um estilo de vida?
É
interessante que João não responde a essa pergunta, mas adverte a cada membro
da família de Deus a permanecer atento e deixa o ônus da prova com cada um
individualmente. Ou seja: Se digo que sou crente, mas Vivo pecando é uma prova
de que nunca vi nem conheci a Jesus. Se digo que sou crente e permaneço firme
em Jesus Cristo e sua palavra é uma prova de que de fato nasci de Deus.
“Ninguém
perde o que nunca teve”
CONCLUSÃO:
Nós
como crentes no Sr. Jesus precisamos saber que para se ter uma vida de pureza,
a motivação deve partir da contemplação do amor de Deus
para
conosco.
Em
sabendo disso, precisamos desenvolver um espírito de gratidão, pelo fato de
termos sido
feitos
“Filhos de Deus” e assim buscarmos uma vida de purificação por meio da obra de
cristo, tendo um correto entendimento acerca de nossa filiação e acerca do
pecado, esperando sempre a volta de Jesus.
Nossa
real motivação para sermos o cristão que Deus espera que sejamos deve estar em:
Ø
O Grande Amor de
Deus revelado a nós,
Ø
Nossa filiação,
Ø
Uma correta
compreensão acerca de nosso chamado, e
Ø
Um correto
entendimento acerca do pecado.
MdC
MdC
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