domingo, 2 de março de 2014

ADMOESTO-TE


ADMOESTO-TE, pois, antes de tudo, que se façam deprecações, orações, intercessões e ações de graças, por todos os homens; Pelos reis e por todos os que estão em eminência, para que tenhamos uma vida quieta e sossegada, em toda a piedade e honestidade; (1 Timóteo 2:1, 2 ARC)

Vivemos um momento crítico de nosso pais, aonde vislumbramos a corrupção se espalhando por todos os setores da administração pública, em toda e qualquer instância, qual seja a nível municipal, estadual e federal.
Vemos um estado aonde aqueles que deveriam lutar pelo direito do povo, pela nação como um todo, por uma sociedade justa e igualitária, olham somente para seus próprios interesses, esquecendo-se ou talvez ignorando aqueles que os elegeram, dando-lhes voto de confiança, que na verdade, tem gerado revolta e decepção.
O que mais me constrange é que tal fato tem ultrapassado o mundo político e entrado em nossas igrejas, até mesmo em nossos lares, destruindo completamente a estrutura da sociedade, a sua célula mater, a família.
Mas então o que fazer? Como agir diante de uma situação tão caótica, tão deseperadora?
Lendo as Sagradas Escrituras, vemos que esse contexto não é algo restrito a nossa época, a tão falada pôs- modernidade, pois no Velho Testamento, no livro do profeta Malaquias, em especial nos capítulos 2 e 3, vemos aqueles que deveriam cuidar da Casa de Deus e dos órfãos e viúvas, se desviando completamente da sua missão, se corrompendo e assim todos colhendo frutos amargos pela falta de comunhão com o Pai.
Voltando para o texto, que está na primeira carta de Paulo a Timóteo, vemos Paulo dando a seu discípulo, instrução sobre deprecação, oração, intercessão, comportamento na igreja, especificando até mesmo o comportamento de homens e mulheres como Corpo de Cristo.
Mas principalmente nos versículos em questão, vemos Paulo, inspirado pelo Espírito Santo, admoestar Timóteo, isto é, repreende-lo de forma branda e benévola, mostrando-lhe que havia o mal mas havia também o bem a fazer. Aqui o bem a fazer é a deprecação, (insistência, empenho, veemência no pedir),a oração, a intercessão e ações de graças por todos os seres humanos, independente de seu comportamento, etnia, posição social, formação acadêmica. Deus nos mostra aqui algo primordial para exercermos o verdadeiro amor, que é, separarmos cada pessoa de seu comportamento e intercedermos por todos junto a Ele em nome de Jesus Cristo, pois é desejo de nosso Pai Celeste que todos se salvem, (1Tm2:4).
Tais palavras, ao meu ver, não querem dizer que não devemos nos opor ao erro e assim consequentemente aprova-lo, mas defendendo a verdade não sejamos negligentes, pois se o formos, seremos tão pecadores quanto aqueles que incentivam o erro. Tenho em meu coração que a paz, sempre que possível, deverá ser nosso objetivo, mas a verdade deve ser defendida e apresentada a qualquer preço. E como cristão, a verdade se apresenta na Palavra de Deus e em Cristo Jesus.
Portanto, devemos nos manifestar, de forma pacífica, sempre apresentando a verdade, através de nosso comportamento cotidiano, de nosso falar, enfim de todo o nosso viver, mas de modo algum devemos deixar de orar  por aqueles que estão à nossa volta e como no texto em questão, até mesmo pelas autoridades, intercedendo por eles junto a Deus, para termos então uma vida quieta e sossegada, baseada na piedade, (compaixão, misericórdia), e honestidade. Façamos a nossa parte.
A Deus somente seja toda a glória!

M. do C.

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