No capítulo 8, do Evangelho de João, vemos o contexto de que após a Festa dos Tabernáculos, Jesus havia se retirado para o monte para orar e na madrugada retornara ao templo. Ali, naquele local de tremendo significado espiritual no Velho Testamento e entre o povo judeu, Jesus defende a sua autoridade e apresenta sua missão frente os fariseus e saduceus, que a todo o tempo o confrontavam, tendo como principal objetivo matá-lo. Após declarar-se como a Luz do mundo, Filho do Homem, Eu Sou, enviado por Deus Pai, o texto nos relata, mais precisamente no versículo 30, que muitos creram n'Ele. Jesus então lhes que declara que, se permanecessem em sua palavra verdadeiramente seriam seus discípulos, e, portanto conheceriam a verdade e a verdade lhes proporcionaria a liberdade. Tais palavras de Cristo criaram uma indignação naquele povo e um embate maior se iniciou, culminando com aqueles que ali estavam tentando apedrejá-lo, mas Ele se ocultou e saiu do templo.
Trazendo esse trecho
das Sagradas Letras para nossos dias, vemos que a reação do ser humano
pós-moderno, não é muito diferente da do povo judeu.
Muitas vezes quando apresentamos
a alguém, Cristo como sendo a verdade, revelada de forma clara nas Escrituras,
somos questionados: “como uma pessoa pode ser a verdade?”; “como um livro
escrito por homens pode conter toda a verdade?”; “liberdade? Eu sou livre, vivo
em uma democracia! Vou aonde quero, com quem quero e faço o que tenho vontade!”.
Se falarmos a um
presidiário ou a um grave enfermo, talvez ouçamos: “sairei agora da prisão”;
“ficarei curado da minha doença?”
Como, nós, seres
humanos, somos limitados! Assim como ali no templo, aqueles que ouviam a Jesus
não conseguiram compreender, muitos de nós, presos à carne e às coisas desse
mundo, não vislumbramos o Salvador.
Quando reflito
pontualmente no versículo 32, algumas ideias e vivências veem à minha mente.
Conhecer a verdade, em
primeira instância, foi quando da minha conversão pude compreender que havia,
ou melhor, há algo muito maior. Pude ver que estava preso como que em pequeno
mundo aonde a meu ver era imenso e quase completo, mas que na realidade era
como um pequeno claustro que exigia de mim um comportamento pré-determinado
pela sociedade, sendo a verdadeira liberdade apenas uma ilusão, mascarada pela
aceitação social e a satisfação do meu ego.
Em Cristo pude me
perceber como realmente sou, criatura, sustentada pela graça e misericórdia do
meu Criador, que a cada dia demonstra Seu amor por mim, em todo e qualquer
situação de minha vida. Em Cristo, tenho a liberdade de segui-lO para um
caminho eterno, não limitado e este mundo, tendo a certeza da vida eterna ao
Seu lado. Como estou em seu caminho, estou n’Ele, pois Ele mesmo declarou ser o
caminho, a verdade e a vida. Tenho agora uma paz que nada neste mundo pode me
proporcionar, pois deste mundo nada espero, apenas a oportunidade de falar às
outras pessoas sobre quem é Jesus e o que Ele preparou
para cada um de nós.
Por tudo isso posso dizer:
“Eu conheci a verdade e a verdade me libertou!”
A Deus, somente, seja
toda a glória!
M do C
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