João 20:1-19
Lendo esta passagem das
Sagradas Escrituras, vemos o dia de domingo que Jesus havia ressuscitado.
Inicialmente, pela manhã, Maria Madalena foi ao sepulcro e vê a pedra que o
fechava retirada. Corre então a pedir ajuda a Simão Pedro e João, que indo até
a tumba, encontram-na vazia. Não compreendem o que estava acontecendo e voltam
para casa. Maria permanece ali, chorando e acaba encontrando-se com o Mestre, que pede que anuncie aos discípulos
que havia ressuscitado. Obedecendo a Jesus, Maria vai aos discípulos e anuncia
que vira ao Senhor.
Então,
o que acontece? Apesar de andarem ao lado de Jesus por 3 anos e todos esses
fatos lhes terem sido anunciados, os discípulos enchem-se de medo dos judeus e
trancam as portas e janelas da casa onde estavam. Ali ficam submersos na
escuridão do medo do mundo.
Trazendo
tal situação para os nossos dias, vejo como as pessoas trancam as suas portas,
não querendo receber e exercer a mensagem do Evangelho.
Podemos
vislumbrar tal fato em três contextos principais:
>
o primeiro, ocorrendo quando envolve a
pessoa que não conhece a Cristo e, portanto por medo, ignorância ou até mesmo
desprezo, rejeitam aqueles que são usados pelo Senhor para a evangelização.
>
o segundo, ocorrendo dentro da comunidade da igreja, no meio do povo de Deus.
Sim! No meio do povo de Deus! Que por medo, por jactância, querendo preservar
sua auto-imagem, não querendo se expor e até mesmo não querendo ajudar o irmão
na fé; trancam-se, como fizeram os discípulos, transformando seus lares em
clautros, esconderijos, onde retiram suas pesadas máscaras e mergulham na
solidão da soberba e altivez.
>
O terceiro é quando nós na condição de visitador trancamos a porta do nosso
coração para os que necessitam de nossa visita, de nosso abraço, de nosso
choro, de nosso sorriso, do nosso ombro e numa altivez de espírito, escolhemos
aqueles a quem visitar. Excluímos de nossa lista de visitados aqueles os quais
não temos afinidade, aqueles que já estão com a idade avançada (acamados),
outros que julgamos ser trabalhosos e, portanto (em nosso julgamento) não vale
a pena investir nosso tempo, nossa vida nessas pessoas.
Esse
comportamento é grave pedra de tropeço, pois impede que exerçamos a comunhão, o
amor ao próximo, que compartilhemos nossos fardos e bênçãos, que conheçamos e
usemos os nossos dons, que estudemos a Palavra de Deus. Enfim, que
glorifiquemos a Deus em nossa cotidiana e comunitária vida.
Ao
trancarmos as portas de nossas casas aos irmãos em Cristo, enquanto em eventos
públicos dizemos que os amamos, nos fazemos mentirosos e nos afastamos de Deus.
Como
cristãos autênticos e verdadeiros adoradores, devemos andar como Jesus andou,
sem fazer qualquer tipo de acepção, buscando amar a Deus sobre todas as coisas
e ao nosso próximo como a nós mesmos.
Em
muitas ocasiões, ou até mesmo na maioria das vezes, só podemos entender nossos
sofrimentos, tribulações e angústias, se estivermos em comunidade, abrindo as
portas de nossos lares bem como os nossos corações, em um diálogo construtivo e
santificador.
Agindo
dessa forma, compreenderemos nossas semelhanças e diferenças, e como
consequência entenderemos, em um culto racional a vontade de Deus para nossas
vidas.
Este
é o caminho do verdadeiro amor, que afasta todo o medo, permitindo a ação do
Espírito Santo, a nossa santificação e o alcance de nossa herança eterna em Cristo Jesus.
Enfim,
não tenhamos medo ou vergonha do mundo e uns dos outros. Sejamos , verdadeiramente,
templos do Espírito Santo, tendo em nossas
ações o Seu fruto, batendo a porta do nosso irmão e abrindo a porta de nossos
lares, e assim vivamos em verdadeira comunhão.
A
Deus somente toda a glória!
M do C
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