domingo, 28 de dezembro de 2014

Liberdade ou Libertinagem?


         
         

Se pois o filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” Jo 8:36

Este versículo faz parte do contexto onde Jesus falava com os judeus que haviam crido nêle.  Os judeus pareciam entender que Jesus falava da liberdade de uma escravidão imposta por algum Senhor daquela época. No verso 33 eles dizem: “jamais fomos escravos de alguém; como dizes Tu: Sereis livres?”  Os judeus estavam pensando neste tipo de liberdade, mas Jesus falava doutra liberdade: A liberdade do jugo do pecado, da escravidão de satanás. Eu quero pensar num aspecto mais abrangente da liberdade, que as vezes crentes tem confundido com libertinagem. Muitos lêem este versículo e saem por ai dizendo: Agora que Jesus me libertou não preciso mais ficar sujeito a ninguém e também a nenhuma igreja ou sistema de doutrinas.
O que é liberdade?  De acordo com o dicionário liberdade é a faculdade de uma pessoa fazer ou deixar de fazer, por seu livre arbítrio, qualquer coisa; o direito de cada um decidir pelo que entende ou pelo que lhe convém. 
Infelizmente este conceito tem levado muitos crentes ao exercício da libertinagem .         
O que é libertinagem? É devassidão, licenciosidade, desregramento de costumes. Hoje em dia a uma ideia sendo disseminada nas igrejas, que costumes e princípios que nortearam a igreja no passado, não servem mais para nova geração. Será que a palavra de Deus mudou? Os valores ensinados por Jesus durante o seu ministério ficaram ultrapassados? Gente! Não podemos esquecer que a palavra de Deus é eterna.
Do ponto de vista de Deus as coisas não são assim. Jesus Cristo abordou o assunto da  Liberdade  como  um conceito bem diferente de liberdade que vemos hoje em dia. 
Vejamos:
1- Liberdade que o crente passa a ter quando crê, é a experiência que resulta do conhecimento da palavra de Deus e não  o direito de fazer o que bem entende. Isso implica em praticar as determinações da palavra de Deus que é a única regra de fé e conduta. A verdade bíblica precisa ser obedecida em todas as áreas do nosso comportamento, como padrão exclusivo da vida cristã. O conhecimento da palavra só se alcança quando praticamos os ensinos contidos na palavra de Deus. Veja o que o Senhor Jesus disse: “Se vocês permanecerem firmes na minha palavra, verdadeiramente serão meus discípulos” (Verso 31).
2- Religiosidade formal ou aparente espiritualidade não significa exercício de verdadeira liberdade. Muitas vezes a petulância  e o orgulho de muitos crentes contradiz a experiência correta de liberdade. O apóstolo Paulo nos ensina em (II Cor 5:17)  que: “Se alguém está em Cristo é nova Criatura, as coisas velhas já passaram, eis que tudo se fêz novo.” Ou seja: Quando aceitamos a Jesus para que sejamos verdadeiramente livres  temos que deixar as coisas velhas, as antigas práticas, os antigos ambientes, antigos costumes etc.  Regras que antes nos valiam já não valem mais.
3- Só uma submissão total ao Senhor  nos dará uma experiência de liberdade. Irmãos! É importante vivermos como Paulo: “Não vivo mais eu, mais Cristo vive em mim” (Gl 2:20) Essa atitude de deixar Cristo viver em nós só será alcançada quando:
a) Reconhecermos que só o Senhor pode, (Lucas 4:18); isso implica no exercício de nossa fé. Precisamos  ter fé  suficiente para reconhecermos o que é de Deus  e o que não é de Deus.
b) Rendermos integralmente nosso ser a Ele  (Rom 12:1-2)
c) Submetermos  ao Senhor  o controle total de nossa  experiência de vida, em todas as áreas. Precisamos ter cuidado para que em nome de uma falsa liberdade, não sejamos libertinos.

CONCLUSÃO: Concluo estes pensamentos com o precioso ensino de Pedro quando sob a inspiração de Deus disse: “Vivam como pessoas livres, mas não usem a liberdade, como desculpa para fazer o mal; vivam como servos de Deus” ( I Ped 2:16) nvi
A Deus somente seja toda a glória
M.d.C

Nenhum comentário:

Postar um comentário