“Se pois o filho vos libertar,
verdadeiramente sereis livres” Jo 8:36
Este versículo faz parte do contexto onde Jesus falava
com os judeus que haviam crido nêle. Os
judeus pareciam entender que Jesus falava da liberdade de uma escravidão
imposta por algum Senhor daquela época. No verso 33 eles dizem: “jamais fomos
escravos de alguém; como dizes Tu: Sereis livres?” Os judeus estavam pensando neste tipo de
liberdade, mas Jesus falava doutra liberdade: A liberdade do jugo do pecado, da
escravidão de satanás. Eu quero pensar num aspecto mais abrangente da liberdade,
que as vezes crentes tem confundido com libertinagem. Muitos lêem este
versículo e saem por ai dizendo: Agora que Jesus me libertou não preciso mais ficar
sujeito a ninguém e também a nenhuma igreja ou sistema de doutrinas.
O que é liberdade?
De acordo com o dicionário liberdade é a faculdade de uma pessoa fazer
ou deixar de fazer, por seu livre arbítrio, qualquer coisa; o direito de cada
um decidir pelo que entende ou pelo que lhe convém.
Infelizmente este conceito
tem levado muitos crentes ao exercício da libertinagem .
O que é libertinagem? É
devassidão, licenciosidade, desregramento de costumes. Hoje em dia a uma ideia
sendo disseminada nas igrejas, que costumes e princípios que nortearam a igreja no
passado, não servem mais para nova geração. Será que a palavra de Deus mudou?
Os valores ensinados por Jesus durante o seu ministério ficaram ultrapassados?
Gente! Não podemos esquecer que a palavra de Deus é eterna.
Do ponto de vista de Deus as coisas não são assim. Jesus
Cristo abordou o assunto da
Liberdade como um conceito bem diferente de liberdade que
vemos hoje em dia.
Vejamos:
1- Liberdade que o crente passa a ter
quando crê, é a experiência que resulta do conhecimento da palavra de Deus e
não o direito de fazer o que bem
entende. Isso implica em praticar as determinações da palavra de Deus que é a única regra de fé e conduta. A verdade bíblica precisa ser obedecida em todas as áreas do nosso comportamento,
como padrão exclusivo da vida cristã. O conhecimento da palavra só se alcança
quando praticamos os ensinos contidos na palavra de Deus. Veja o que o Senhor
Jesus disse: “Se vocês permanecerem firmes na minha palavra, verdadeiramente
serão meus discípulos” (Verso 31).
2- Religiosidade formal ou aparente
espiritualidade não significa exercício de verdadeira liberdade. Muitas vezes a
petulância e o orgulho de muitos crentes
contradiz a experiência correta de liberdade. O apóstolo Paulo nos ensina em (II
Cor 5:17) que: “Se alguém está em Cristo
é nova Criatura, as coisas velhas já passaram, eis que tudo se fêz novo.” Ou
seja: Quando aceitamos a Jesus para que sejamos verdadeiramente livres temos que deixar as coisas velhas, as antigas
práticas, os antigos ambientes, antigos costumes etc.
Regras que antes nos valiam já não valem mais.
3- Só uma submissão total ao Senhor nos dará uma experiência de liberdade.
Irmãos! É importante vivermos como Paulo: “Não vivo mais eu, mais Cristo vive
em mim” (Gl 2:20) Essa atitude de deixar Cristo viver em nós só será alcançada
quando:
a) Reconhecermos que só o Senhor pode, (Lucas 4:18); isso implica no exercício de nossa fé. Precisamos ter fé
suficiente para reconhecermos o que é de Deus e o que não é de Deus.
b) Rendermos integralmente nosso ser a
Ele (Rom 12:1-2)
c) Submetermos ao Senhor
o controle total de nossa
experiência de vida, em todas as áreas. Precisamos ter cuidado para que
em nome de uma falsa liberdade, não sejamos libertinos.
CONCLUSÃO: Concluo estes pensamentos com o
precioso ensino de Pedro quando sob a inspiração de Deus disse: “Vivam como pessoas livres, mas não usem a liberdade,
como desculpa para fazer o mal; vivam como servos de Deus” ( I Ped 2:16) nvi
A Deus somente seja toda a glória
M.d.C
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