segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Com Cristo no barco tudo vai muito bem







Mt 8.23-27 ;  Lc 8.22-25
35 Naquele dia, sendo já tarde, disse-lhes Jesus: Passemos para a outra margem. 36 E eles, despedindo a multidão, o levaram assim como estava, no barco; e outros barcos o seguiam. 37 Ora, levantou-se grande temporal de vento, e as ondas se arremessavam contra o barco, de modo que o mesmo já estava a encher-se de água. 38 E Jesus estava na popa, dormindo sobre o travesseiro; eles o despertaram e lhe disseram: Mestre, não te importa que pereçamos? 39 E ele, despertando, repreendeu o vento e disse ao mar: Acalma-te, emudece! O vento se aquietou, e fez-se grande bonança. 40 Então, lhes disse: Por que sois assim tímidos?! Como é que não tendes fé? 41 E eles, possuídos de grande temor, diziam uns aos outros: Quem é este que até o vento e o mar lhe obedecem?
Após um período intenso de trabalho Jesus vendo que já era tarde, provavelmente cansado, despede-se da multidão que o cercava e orienta seus discípulos a irem para a outra margem do mar da Galiléia. Não me parece algo planejado pelo grupo de discípulos, mas creio ter sido fácil se organizar para tal situação pois provavelmente fazia parte do cotidiano de muitos deles, assim como daqueles que compunham a multidão pois muitos barcos o seguiram.
O mar da Galiléia é conhecido por suas repentinas e violentas tempestades devido à composição geográfica da região. E naquela viagem tal realidade não foi diferente, um grande temporal se levantou, sendo o barco açoitado e invadido pelo mar, quase indo a pique. No meio daquela tremenda aflição Jesus dormia na popa, a parte traseira do barco, confortavelmente sobre um travesseiro. Tal fato chama minha atenção para a humanidade de Jesus, pois estava cansado, teve sono e adormeceu profundamente. Isto me leva a refletir que nosso Redentor, realmente viveu como um ser humano sentindo tudo que sentimos em nossas vidas, em nossos corpos, mas não pecou manteve-se puro e limpo.
Diante daquela situação os discípulos correram até Jesus, desesperados, O acordaram e ainda O repreenderam, diante de Sua possível indiferença àquele caos. Então Jesus vai para o outro extremo de quem realmente é. Demonstra toda a Sua divindade repreendendo o mar e o vento apenas com palavras. Nosso Deus é maravilhoso e demonstra seu domínio sobre toda a criação. Aqui vejo algo que me pesa o coração: toda a natureza obedece a Deus e nós, seres humanos, O rejeitamos a ponto de assassiná-lO! E mais ainda fico maravilhado diante de Seu amor, de Sua graça, que mesmo diante deste horrendo comportamento humano ainda nos oferta com a vida eterna derramando o Seu sangue, dando por cada um de nós, pecadores, a Sua própria vida. Não há como logicamente entender, mas apenas crer.
Após acalmar o mar e o vento, Jesus chama a atenção de seus discípulos, chamando-os de tímidos e arguindo sobre a fé. Quando pensamos na palavra tímido, creio que o vêm à nossa mente em primeiro lugar, é um comportamento de vergonha, recusa do convívio social, mas devemos ampliar esta definição para entendermos porque Jesus chamou assim seus discípulos. A palavra tímido, ou timidez, se liga à vergonha, ao medo do inesperado, do imprevisto, bem como à falta de confiança em si mesmo e nos outros. Vejo que esta definição mais ampla se encaixa melhor em nosso contexto, no comportamento dos discípulos em relação à possibilidade de naufrágio, da morte, esquecendo-se de quem estava com eles no barco. Quantas vezes em nossas vidas, nas tribulações, em nossas tempestades, sofrimentos, nos esquecemos de quem está ao nosso lado, que prometeu estar conosco até fim dos tempos. Aquele que tem o controle, o poder sobre tudo e todos, nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Quantas vezes em meio às tempestades da vida tentamos por nós mesmos manter o barco estabilizado e não vamos a Deus, e quando vamos, vamos revoltados, fazendo cobranças, verdadeiras negociatas, entristecendo o Espírito, envergonhando nosso Mestre.
Estamos terminando mais um ano, e outro se inicia pela graça de Deus. Que possamos, em nossos barcos, no mar da vida, descansar no Senhor, confiar em Seu amor, Seu cuidado por cada um de nós, lembrando que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, que buscam viver segundo o Seu propósito.
A Deus somente seja toda a glória, e
FELIZ ANO NOVO, FELIZ 2015!
M.d.C.

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