quinta-feira, 15 de setembro de 2016

É pecado ter curiosidade?


A curiosidade é uma condição inerente ao ser humano, que nos leva a buscar conhecimento, informações sobre tudo que nos atrai que vemos como interessante e relevante.
As curiosidades são, e sempre serão muitas, não há como escapar. Desde sempre foi assim, e são perfeitamente compreensiveis para todas as idades, afinal ninguém nasce sabendo tudo, muito pelo contrário, tudo o que sabemos hoje foi graça às dúvidas que já tivemos um dia; e não se acanhe em perguntar, (nunca experimentar) mas procure sempre lançar luz sobre sua(s) curiosidade(s) perguntando a pessoas confiáveis e dignas. Na maioria das vezes as pessoas as quais devemos confiar nossas duvidas, conflitos e curiosidades são os nossos pais, aqueles que de fato mais nos amam. 
Também digna de consideração é a questão de qual é o foco de nossa curiosidade, ou ainda melhor, qual sua intenção. Para o verdadeiro crente em Jesus Cristo a intenção é algo a ser sempre avaliado. No âmbito da curiosidade o que determina se é ou não pecado, sempre será o foco de nossa curiosidade.
O pecado original, de acordo com a bíblia, aquele cometido por Adão e Eva, no Jardim do Éden, sem dúvida, foi um pecado de curiosidade; eles se viram curiosos, podiam falar com Deus, podiam comer de todas as árvores do jardim, mas não podiam comer da árvore do conhecimento do bem e do mal. É perfeitamente admissível que Adão e Eva podiam alimentar-se de todo o conhecimento disponível naquele universo, entretanto jamais do fruto da árvore da ciência do bem e do mal, que fruto será esse? A palavra de Deus não clarifica que fruto era esse, o que era bastante, para ser objeto de curiosidade de muitos.
Mas então o que fazer? Como podemos vencer esta luta contra nossa curiosidade? Existe um dito proferido por um erudito no passado que nos ajuda: “Quando a bíblia fala, falo eu também e quando a bíblia cala, calo eu também”.
Esse dito nos remete as palavras de Deus em (Dt 29:29) “As coisas encobertas pertencem ao Senhor nosso Deus, mas as reveladas nos pertencem a nós e a nossos filhos para sempre, para que observemos todas as palavras desta lei”.
Deus nos deixou os parâmetros definidos para nossas vidas, que é sua palavra e a orientação do Espírito Santo. 
Paulo escrevendo aos Coríntios em (1ª Co 10:23) diz que todas as coisas nos são lícitas, mas adverte que nem todas as coisas são convenientes, e que não devemos nos deixar dominar por nenhuma delas e ainda na continuação das palavras de Paulo nos adverte que não devemos nos deixar dominar por nenhuma delas e ainda não estarmos centrados apenas em nosso próprio interesse mas no do próximo. 
Lembremos que aqui Paulo escreve a cristãos, portanto as coisas licitas que menciona, não são coisas sem parâmetros, mas aquelas que não cabem aos que declaram ser servos de Cristo.
Portanto devemos avaliar com zelo as nossas curiosidades, os nossos sonhos e desejos em todos os nossos círculos sociais. Outro relato no NT sobre curiosidade é a atitude de Zaqueu, que querendo conhecer a Jesus subiu em uma árvore para que pudesse vê-lo. Nesse caso a curiosidade de Zaqueu em lugar de leva-lo ao pecado, o levou a salvação, tornando assim num discípulo de Cristo.
Que pensemos bem sobre o que nos causa curiosidade, nossos desejos. Que nossa curiosidade seja para conhecermos mais e mais de Deus, sua vontade, o que fez, faz e fará por nós, através do estudo de sua palavra, da oração, dia após dia. 
MdC

Nenhum comentário:

Postar um comentário