quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Finanças na Igreja

financas
Deus em sua palavra não autoriza sua igreja ou o seu povo, buscar auxílio no mundo para seus problemas  e ou dificuldades financeiras. Quando o Senhor Jesus enviou seus discípulos a pregar o evangelho, Ele disse: “De graça recebestes, de graça dai.” Mateus 10:8. O apóstolo Paulo aceitou auxílio das igrejas, mas nunca do povo descrente a quem ele pregava o evangelho. Filp 4:10-19; III João v 7.
O estudo proposto visa exclusivamente apresentar o que a palavra de Deus ensina a respeito das finanças na igreja do senhor Jesus Cristo. Para isto faz-se necessário começarmos analisando o que a bíblia fala sobre o dízimo.
  1. O que a bíblia fala sobre o dízimo?  Dízimo significa a décima parte  de um todo. Em Gênesis 14:20 Temos Abraão  apresentando o dízimo de tudo a Melquisedeque, o sacerdote do Deus altíssimo, antes da existência da lei Mosaica e como forma de gratidão a Deus.  Jacó, depois de Ter a visão do anjo, sem nenhuma exigência da lei que ainda nem existia, prometeu ao Senhor o dízimo, se de novo voltasse em paz para casa de seu pai. Gênesis 28:22  a lei de Moisés declarava que a décima parte dos produtos da terra, dos rebanhos e manadas pertencia ao Senhor e devia ser a Ele oferecido. Deviam ser pagos na mesma espécie e havendo resgate deles tinha de fazer o aumento de um quinto de seu valor, Lev 27:30-33.  Este dízimo era recebido pelos levitas que tinham a obrigação  de dedicar a décima parte ao sustento do sumo sacerdote, Num 18:21-28.  Com o passar dos tempos esta lei foi modificada ou aumentada, Deut 12:5-18; 14:22-27;26:12,13. Além deste dízimo havia um segundo dízimo que era aplicado para fins festivos. De três em três anos os levitas guardavam o dízimo para as festas. Em I Sam 8:15-17 vemos no tempo dos reis um dízimo sendo cobrado para fins seculares. No tempo dos profetas a prática de dizimar era feita no reino do norte, com o fim de socorrer os pobres, Amós 4:4.  O profeta Malaquias cap 3:8-10, se queixa de que a prática estava sendo colocada de lado.  Estes são relatos das finanças na dispensação da lei, onde tudo visava obrigatoriamente o cumprimento da lei.  O Senhor Jesus Cristo  “veio para abolir a lei,”  Ef 2:15. Observemos então o que a bíblia tem a nos dizer sobre finanças a partir da instituição da igreja em um novo período, também chamado "Neotestamentário"..  OBSERVE que a partir deste período a palavra de Deus não fala mais em dízimo, não estabelece percentuais. Ou seja: Deus em sua infinita sabedoria e graça, muda o princípio que é  “O mover de um coração voluntário” II Cor 9:17. No N.T. o privilégio de contribuir é bastante mais elevado do que no A.T, quando da existência e vigor da lei Mosaica ou seja: antes da existência da Igreja, Em Atos 2:41-45 Temos os primeiros cristãos, não amarrados  a um percentual, mas doando inclusive suas próprias vidas. Eles davam-se a si mesmos. A atitude desses crentes é chamado “graça” como sendo aquilo que no coração do cristão corresponde a imensa graça que o Senhor nos tem revelado.
    1. Quem deve contribuir?   I Cor 16:2 “No primeiro dia da semana cada um de vós, ponha de parte, em casa, conforme a sua prosperidade, e vá juntando…” Observe a expressão: “cada um de vós”. Não precisamos muito esforço para percebermos  que o privilégio é de cada um, de cada crente, cada remido.  Considerando que Paulo se dirigia a igreja, concluímos que a contribuição é um privilégio reservado estritamente a igreja, a salvos.
    2. Quanto deve ser a contribuição?  I Cor 16:2 “…conforme a sua prosperidade”. Note que Paulo não diz: “ponha de parte a décima parte” nem outro percentual qualquer, mas “conforme a sua prosperidade”. Percebe-se claramente que na dispensação da igreja Deus altera o princípio: Não mais décima parte, mas conforme a prosperidade. Fica claro que aqueles que possuem mais, contribuirão mais, enquanto que os que menos possuem, contribuirão com menos, pois deve ser "De acordo com a prosperidade" de cada crente..Em II Cor 8:11-12; Atos 11:29, novamente não encontramos nos textos nenhuma sugestão de percentual e sim que deve ser conforme as nossas posses,isso mais uma vêz indica que o princípio não corresponde mais ao do A.T e sim conforme o que o homem tem e não conforme aquilo que o homem não tem. A regra para os dias da igreja do senhor Jesus aqui na terra é: liberalidade, regularidade, voluntariedade e proporcionalidade, Exemplos: Marcos 12:41-44 e Lucas 6:38.
    3. Qual deve ser o motivo da contribuição?  O cristão não deve contribuir com o fim de obter o aplauso dos homens, MATEUS 6;1-4. Não deve sequer aceitar constar o nome em listas, relatórios e envelopes como forma de desafios. O Cristão deve achar motivos para sua contribuição no seu amor para com Deus, na sua gratidão e no desejo pela salvação de almas, I Cor 13:3; II Cor 8:8. Deve ser constrangido unicamente pelo amor divino, II Cor 5:14 e deve visar unicamente  a glória de Deus I Cor 10:31.
    4. Qual deve ser a maneira da nossa contribuição?
a)     espontâneamente  ou voluntariamente II Cor 8:3
b)    com alegria e nunca por tristeza II Cor 9:7
c)     como expressão de generosidade II Cor 9:5
  1. Qual deve ser o método para se contribuir? A palavra de Deus nos ensina que a contribuição deve ser sistemática, com regularidade e nunca casualmente.Em I Cor 16:1-2 a expressão: “No primeiro dia da semana…” sugere-nos a regularidade (todo primeiro dia da semana).
  2. Como deve ser administrado as finanças na igreja? Atos 6:3-6; I Cor 16:3-4; II Cor 8:18-21. Note as expressões: “Enviarei com cartas…aqueles”;   “Com ele enviamos o irmão”;   “Pois o que nos preocupa e procedermos honestamente “.  As duas primeiras expressões aponta para a pluralidade com relação àqueles que administram as finanças e a outra expressão nos mostra a razão da pluralidade:    “…o que nos preocupa é procedermos honestamente”. É de fundamental importância que os que tem responsabilidade com as finanças da igreja, prestem relatórios com regularidade  e transparência , pois o Senhor Deus é Deus de ordem, I Cor 14:40. É direito daqueles que contribuem saber o fim que tiveram suas contribuições.
  3. A distribuição das finanças na igreja -  A palavra de Deus nos aponta pelo menos quatro áreas para o uso das finanças:
a)     as viúvas Atos 6:1-6; I Tim 5:4-6. Nem todas as viúvas estão qualificadas para receber tal auxílio.
b)    Os crentes necessitados Rom 12:13; Gal 2:9-10; Atos 11:29. Os realmente necessitados.
c)     Os obreiros de tempo integral na obra Filp 4:15-19; I Cor 9:4-14; Gal 6:6;  "Devem ser considerados merecedores de dobrados honorários os presbíteros que PRESIDEM BEM, especialmente os que se AFADIGAM na Palavra e no ensino".I Tim 5:17-18.
d)    Filantropia ou ação social Gal 6:10; tendo prioridade os da família da fé. I Tess 5:15.
9 -A recompensa ou galardão para os que contribuem – Como podemos observar, o padrão ou princípio de Deus para os que contribuíam na dispensação da lei foi um, enquanto que o padrão ou princípio para a dispensação da igreja é outro muito diferente. A palavra de Deus não despreza nem um, nem outro. O que ela nos ensina é que o período em que estamos vivendo não mais consiste de obrigatoriedade como a imposição de percentuais e sim de voluntariedade, podendo ser a décima parte ou outro percentual qualquer, conquanto que seja pôr o “mover de um coração voluntário”. Se observarmos com atenção os exemplos da nossa dispensação vamos logo perceber que o dízimo seria o mínimo que um cristão que ama seu Senhor poderia dar. Os crentes da igreja primitiva não se contentavam com apenas o dizimo mas sim davam voluntariamente, não só  suas posses mas as suas vidas.Os que contribuem segundo o padrão de Deus recebem aqui na terra o prêmio do feliz conhecimento de estarmos fazendo a vontade do Senhor. Prov 11:24-25; Luc 6:38 e por fim o glorioso galardão no céu. Lugar elevado na estima do nosso Senhor Mat 6:19-2l; Luc 16:9-13; II Cor 9:6.
Fonte de informações:  
Bíblia Sagra ERA
Clark, Artur G
Dicionário bíblico: Boyer, O.S
Por MdC
A Deus somente seja toda a glória

Um comentário:

  1. Artigo Excelente! Explicando com clareza assuntos dentro da perspectiva de cada dispensação.

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