domingo, 5 de janeiro de 2014

Vida diária


Hoje pela manhã em conversa com uma pessoa, após fazer um comentário, fui inquerido se estava participando de algum concurso de coices, pois a pessoa percebeu muita dureza em minha resposta e disse ainda que eu me comportava como um jumento. Naquele momento, calei-me para não transformar uma pequena divergência de ponto de vista, em um embate abrasado que poderia deixar cicatrizes. Mas passado algum tempo, senti-me extremamente feliz e elogiado com a comparação que foi feita de minha pessoa a um jumento. Mas por quê? Será que estou enlouquecido? Desorientado?
Como cristão confesso, tenho como diretriz para minha vida, a Palavra de Deus, que busco ler e estudar todos os dias e aplicá-la ao meu cotidiano, que é a parte mais difícil. Devido a tal fato, passagens das Sagradas Escrituras ficam guardadas em minha memória e pensando sobre o que narrei de ter sido comparado a um jumento lembrei-me de como este foi usado pelo nosso Pai Celeste, em ocasiões significativas.
O primeiro relato bíblico que vem à mente, é a história de Balaão e sua jumenta, descrita em Números, capítulo 22. Balaão era profeta, que foi chamado por Balaque, rei de Moabe, para almadiçoar a nação de Israel. Balaão foi convocado pelo rei moabita várias vezes, mas em nenhumas delas conseguiu realizar o objetivo de Balaque, mas sempre se cumpria através dele a vontade de Deus, qual foi, abençoar o povo israelita. Mas em uma de suas viagens aos moabitas, Deus refreou a insensatez de Balaão, usando a sua jumenta que o desviava do seu errado caminho orientada pelo Anjo do Senhor. Ao ser castigada pelo profeta, Deus permitiu que a jumenta falasse a Balaão, (Nm22:30). Algo realmente fantástico, uma prova inefável da graça e misericórdia de Deus para com o homem, utilizando um animal.
Mas realmente fico extasiado quando vejo o texto do livro de Zacarias, capítulo 9, versículo, que anuncia a entrada de Jesus Cristo em Jerusalém, fato que se cumpriu no Novo Testamento, e descrito está nos quatro evangelhos.(Mt 21:1-11; Mc 11:1-11; Lc 19:28-40; Jo 12:12-15). As referências bíblicas que citei se referem à entrada de Jesus em Jerusalém, sendo reconhecido como o Messias, o Senhor dos Senhores, o Filho de Deus, o Rei Justo, o Salvador. Mostra- nos de forma clara a humildade de Cristo, que se utilizou de um animal de carga, utilizando também para puxar carroças ou montar, mas que não era visto como o cavalo, que era próprio para os reis, monarcas, os guerreiros. Jesus poderia ter se utilizado de qualquer criatura magnífica, mas preferiu a simplicidade de um jumento.
Enfim, concluo pensando que poderia ter evitado de ser chamado de jumento se tivesse controlado mais a minha língua, como nos adverte o capítulo 3 da carta de Tiago, mas por outro lado tenho minha consciência tranquila de que falei apenas a verdade, não me utilizando de hipocrisia, ou melhor não sendo um sepulcro caiado. Portanto, não deixemos de proclamar a Palavra da Verdade, de cumprir o Ide, independente de como seremos tratados ou entitulados.
A Deus somente seja toda a glória.
MdC

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